domingo, julho 14, 2013

Expresso, 14 Julho 1973: a reposição da História

Faz hoje 40 anos que o Expresso publicou este número:

Como anda a rememorar a efeméride dos 40 anos com memórias adulteradas por jornalistas que não viveram o tempo passado e acreditam nas histórias da carochinha dos Rosas&Pereira talvez seja bom lembrar-lhes como era realmente o Portugal de 1973 através das publicidades do próprio jornal que têm em arquivo mas não consultam porque não lhes dará jeito ou então não querem derrubar os mitos entretanto elevados à categoria de História por aqueles esquecidos e de memória adulterada pela ideologia.

Asim, aqui vai no dia em que se comemoram precisamente 40 anos sobre este número que relata um caso que segundo a lógica daqueles deveria ter sido censurado, o caso Wiriamu. Os americanos, um par de anos antes tinham-no feito ou pelo menos tentado nos casos que envolviam matérias de guerra no Vietnam, como o caso MyLai ou o dos papéis do Pentágono. A democracia americana de então não tinha censura prévia. Aqui, nem sequer uma democracia, tinha. Mas um caso destes que envolvia a responsabilidade do Estado em massacres de civis ( tal como aqueles casos americanos) afinal era noticiada...coisas que os Rosas&Pereira não explicam e o Expresso esquece e prefere repenicar a ideia do "país triste"...que as jornalistas de ocasião repescam para agradar ao patrão...ideológico.





E para terminar a última página do caderno principal do Expresso de há 40 anos e que devia fazer reflectir estas jornalistas de ocasião: como é que um país assim tão triste, como era o Portugal do Verão de 1973 já conseguia entristecer ainda mais os pequenos comerciantes das mercearias de bairro com supermercados em expansão acelerada como se comprova por aqui e se comprova indo ao sítio onde foi instalado e perguntando às pessoas que viveram a época, coisa que as Análias se julgam eximidas de fazer por "isso agora não interessar para nada"?

É esta pergunta singela que deixo a reflexão aos que nos querem fazer passar por parvos, como é o caso notório do Rosas&Pereira mais as Análias deste pobre país que, agora sim, é mais triste do que era. E por causa desta gente. Isto, sim, é mesmo uma tristeza.


Questuber! Mais um escândalo!