Aqui fica a segunda parte do opúsculo de Carlos Camposa, publicado em 1976 e um dos poucos escritos contra a corrente esquerdista que tomou conta do pensamento e discurso únicos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974.
Poder ler estes escritos é coisa rara em Portugal porque não são publicados pelas editoras mais significativas. A Censura, em Portugal, continuou viva e actuante depois de 25 de Abril, sob roupagens aprimoradas pelo pensamento politicamente correcto que obriga a que os alunos do ensino público entendam o regime do Estado Novo como um período obscurantista e terrível em que não havia Liberdade e a polícia política prendia todo aquele que se manifestasse contrário ao regime.
Quem assim escreve, diz e propaga, não quer saber o que foi a Polícia Secreta da I República ou a Formiga Branca, antecessoras da PIDE e que deixaram esta polícia a milhas da violência que exerciam sobre os cidadãos sob a égide daquele mesmo Afonso Costa e outros próceres.
A "nota oficiosa" de Salazar demonstra como a mentira jacobina, a aldrabice socialista já vem de muito longe.
E como bónus, meia dúzia de páginas do livro de António Spínola, País sem Rumo, publicado em 1978 pela editorial SCIRE ( as editoras do regime novo não quiseram saber, provavelmente, desta obra fascista) e no mesmo tom daquele preâmbulo.
Spínola, nesta altura de 1978 era já um fassista reaccionário, contra-revolucionário que se tinha aliado ao ELP de Alpoim Calvão. Um facínora, quase, para o Jornal e outros jornais da situação que o 25 de Abril trouxe, isso depois de ter sido um herói nacional durante três ou quatro meses que duraram até ao fim de Agosto de 1974. Spínola não fazia o jogo do MFA cripto-comunista e os soviéticos depressa arranjaram um motivo para o desacreditar: aliado do fascismo. Bastou isso. E assim se reescreveu a História.