quinta-feira, julho 11, 2013

O regime anterior ao 25 de Abril de 1974 visto dez anos depois

Em 18 de Abril de 1984, para comemorar os 10 anos passados sobre o 25 de Abril de 1974, o Semanário, dirigido por Victor Cunha Rego publicou um suplemento de uma dúzia de páginas em que dava a palavra a outros tantos comentadores para escreverem o que pensavam o anterior regime e do que mudou entretanto.

O primeiro a escrever foi o Prof. Soares Martinez, da faculdade de Direito de Lisboa, adepto confesso do salazarismo e que explica tal opção em termos interessantes.

A seguir aparecia Francisco Sousa Tavares, advogado e director de A Capital, cujo filho não lhe chega aos calcanhares em escrita analítica. Esta, mesmo em desprimor de Marcello Cetano, merece ser lida.

Depois aparece um artigo de Manuel José Homem de Mello, sem interesse e outro de Franco Nogueira sobre a política externa de Marcello Caetano que também não tem interesse imediato.
A seguir aparece um artigo de um socialista, Jorge Campinos, onde se nota a clivagem de entendimentos sobre os regimes.

E também António Guterres escreveu um artigo no mesmo tom. O indivíduo que nem sabia quanto era o PIB na altura em que governava, tinha a ideia corrente da Esquerda, mas escrevia sobre economia.  O socialismo, realmente, não entendeu o antigo regime.
Por seu lado, o artigo de José Luís Sapateiro sobre o sistema económico do antigo regime é um pequeno tratado e uma lição que nunca foi tirada por quem governou a seguir. Complementa o artigo de Soares Martinez.

 O general Silvino Silvério Marques escreve sobre o esforço de guerra do antigo regime um artigo que deveria fazer pensar aqueles, como Cunhal e Soares, que diziam que terminado esse esforço financeiro, Portugal entraria na via do progresso económico. Viu-se: dali a dois anos estávamos na bancarrota, mesmo sem esforço de guerra alguma.
Alguém explica isto aos portugueses e pergunta como é que esses dois governaram então o país?

Finalmente, um artigo de um dos intelectuais do MFA. Vítor Alves diz que desde o início do ano de 1974 que o movimento de capitães se dedicava a elaborar um documento programático que depois ficou conhecido como "o programa do MFA". É ler o que este militar, e os demais aliados do socialismo e comunismo cozinharam para os portugueses, nesses meses de 1974.




Questuber! Mais um escândalo!