segunda-feira, dezembro 29, 2014

Não lhes estraguem o negócio, pá!

No jornal i de hoje, um advogado da firma PLMJ, versado em humor inglês, toca a rebate por causa do perigo que se anuncia: parece que Autoridade da Concorrência pretende fiscalizar a repartição do "bolo" da parecerística em que o Estado paga e as firmas de advogados cobram à hora lautos pareceres imprescindíveis ao funcionamento do Estado de Direito ( "como é difícil governar"...dizia Brecht e provavelmente os Monty Python também numa qualquer rábula de paráfrase).

O artigo é este:


Como vai longe o tempo em que o principal sócio da mesma firma, José Miguel Júdice, ex-bastonário da ordem, pro bono,  se dava à displicência de afirmar em entrevistas que "o Estado devia consultar sempre as três maiores sociedades de advogados, onde se inclui a sua" e a Ordem lhe instaurar, illico,   um processo disciplinar...

A questão de sempre, porém, é esta:  
 
"A proposta de Orçamento do Estado para 2015 (OE15) prevê que uma despesa de 765,9 milhões de euros em "estudos, pareceres e outros trabalhos especializados" no próximo ano, valor que representa uma subida de 32% face à projecção de gastos nesta rubrica para este ano (580,7 milhões) e mais 82% que em 2013 (421,5 milhões). Esta é a rubrica que mais inflacciona os consumos intermédios da Administração Central que em 2015 vão exigir 1,3 mil milhões, contra os mil milhões deste ano e os 799 milhões de 2013."

É muita massa. Muita mesmo...e a firma de Júdice, tal como outras, tem muitas bocas a alimentar. Lá fora, na Alemanha, França, Inglaterra e principalmente países nórdicos também é assim, não é?

2 comentários:

lusitânea disse...

Os advogados criaram o seu regime perfeito.Tudo a derrocar e a falir mas eles nunca tiveram tanto trabalho e lucro...

Floribundus disse...

'vale mais parecer que ser, porque significa ter'

a carteira dos contribuintes é a vaca leiteira de 5 escritórios de advogados

os outros elegem os últimos batonários

O Público activista e relapso