No jornal i de hoje, um advogado da firma PLMJ, versado em humor inglês, toca a rebate por causa do perigo que se anuncia: parece que Autoridade da Concorrência pretende fiscalizar a repartição do "bolo" da parecerística em que o Estado paga e as firmas de advogados cobram à hora lautos pareceres imprescindíveis ao funcionamento do Estado de Direito ( "como é difícil governar"...dizia Brecht e provavelmente os Monty Python também numa qualquer rábula de paráfrase).
O artigo é este:
Como vai longe o tempo em que o principal sócio da mesma firma, José Miguel Júdice, ex-bastonário da ordem, pro bono, se dava à displicência de afirmar em entrevistas que "o Estado devia consultar sempre as três maiores sociedades de advogados, onde se inclui a sua" e a Ordem lhe instaurar, illico, um processo disciplinar...
A questão de sempre, porém, é esta:
"A proposta de Orçamento do Estado para 2015 (OE15) prevê que uma despesa
de 765,9 milhões de euros em "estudos, pareceres e outros trabalhos
especializados" no próximo ano, valor que representa uma subida de 32%
face à projecção de gastos nesta rubrica para este ano (580,7 milhões) e
mais 82% que em 2013 (421,5 milhões). Esta é a rubrica que mais
inflacciona os consumos intermédios da Administração Central que em 2015
vão exigir 1,3 mil milhões, contra os mil milhões deste ano e os 799
milhões de 2013."
É muita massa. Muita mesmo...e a firma de Júdice, tal como outras, tem muitas bocas a alimentar. Lá fora, na Alemanha, França, Inglaterra e principalmente países nórdicos também é assim, não é?
2 comentários:
Os advogados criaram o seu regime perfeito.Tudo a derrocar e a falir mas eles nunca tiveram tanto trabalho e lucro...
'vale mais parecer que ser, porque significa ter'
a carteira dos contribuintes é a vaca leiteira de 5 escritórios de advogados
os outros elegem os últimos batonários
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