quinta-feira, dezembro 04, 2014

O presidente da ASJP chega tarde...



Mouraz Lopes, juiz que preside ao sindicato, perdão associação sindical dos juízes falou ao Diário Económico. Começa logo por aí: Diário Económico?!  Depois é o jornal que diz ao que vem: " após uma semana de fortes ataques à Justiça e ao juiz Carlos Alexandre por causa da prisão de José Sócrates, Mouraz Lopes sai em defesa dos poderes e da actuação do juiz do "ticão".

Fez bem mas fê-lo tarde demais. Inês é morta porque perdeu a ocasião de dar uma boa primeira impressão. E já não tem segunda oportunidade para a primeira boa impressão.

Tudo o que diz na entrevista é correcto, embora a explicação dos poderes do JIC seja um pouco redundantes e lateral para o que está em jogo. Deveria ter explicado igualmente como é que se colocaram dois juizes num tribunal que só carece de um e não o fez. Explicar como foi aquela coisa da estatística falsificada e etc e tal. Não o fez.
 Porém se o que diz agora tivesse sido dito logo no dia em que o lamentável Soares, penduricalho revelho de uma memória perdida, se pronunciou de modo intolerável em democracia sobre o poder judicial isso teria outro significado.

Rui Cardoso do SMMP fê-lo, sem tergiversar: "o  presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considerou as afirmações de Soares, a propósito da prisão preventiva de José Sócrates, de "absolutamente lamentáveis" e "indignas". E disse ainda mais. "são uma vergonha para o país".

Mouraz Lopes usa agora os punhos de renda de uma camisa já rota. O juiz António Martins,  antecessor no cargo teria desancado merecidamente o dito penduricalho desta democracia...

3 comentários:

José Domingos disse...

Isto faz lembrar a manhã do 25/4. O "povo" só saiu á rua, depois de ver para que lado é que caiam as coisa e se era certo.
Com estes iluminados, foi como se costuma dizer" tarde piaram"

Floribundus disse...

ainda por aí muita gente 'à cavalo em cima do muro' ... da falta de vergonha

hajapachorra disse...

O Mouraz sempre foi um gajo muito demourado.

O Público activista e relapso