segunda-feira, dezembro 22, 2014

Recluso 44: um caso de polícia que alguns teimam em passar a político.

No caso do "Marquês" o advogado do recluso 44 e outros advogados, mormente o vice-presidente da Ordem, Rui Silva Leal, andam a falar pelos cotovelos sobre um processo cujo dever de reserva em prestar declarações se lhes impõe e que obviamente não respeitam peranto o silêncio da Ordem dos Advogados.

Hoje, o Correio da Manhã titula na primeira página:

A questão do motorista do recluso 44 assume agora importância porque já foi proclamado pelo advogado de defesa do mesmo algo diverso do que o advogado de defesa do motorista agora vem dizer, segundo o CM. "Não é verdade que o carro só tenha saído uma vez de Portugal. Saiu várias vezes".

Perante este desmentido o que faz o advogado do recluso? Fala outra vez para reafirmar o que dissera antes:

O advogado de José Sócrates, João Araújo, reafirmou esta segunda-feira, em Évora, que o carro do ex-primeiro-ministro “nunca passou de Espanha” e considerou que “tudo o que têm contra” o antigo líder socialista “são aldrabices”.
“Reitero que o carro do engenheiro José Sócrates nunca passou de Espanha. É uma mentira. Tudo o que têm contra ele são aldrabices. Provas nenhumas, factos nenhuns”, afirmou.

Ou seja, temos  advogados a actuar como se estivessem no Brasil onde este tipo de comportamentos é de alguma forma normal na medida em que não há reserva de segredo de justiça.

A Ordem dos Advogados nada diz e nada faz.

A este comportamento de advogados soma-se a de políticos e  apaniguados do partido do recluso, enquanto governante. O CM de hoje enumera os que já passaram pelas visitas ao EP de Évora.


 Todos asseguram a inocência do recluso e alguns ainda vão mais longe.Um tal Campos de triste memória até diz que a prisão foi uma "bomba atómica sobre a democracia" e agora um tal Perestrelo diz coisas do arco da velha socialista.


De tudo isto há uma conclusão óbvia: as figuras gradas do recluso 44, todas de grande proeminência no partido Socialista apostam numa politização deste caso de polícia e não tem qualquer rebuço nisso.
Porque o fazem? É legítimo supor que têm interesse pessoal nisso e razões inconfessáveis para tal. A democracia para estas pessoas não passa de uma palavra. Tal como o outro- Ferro Rodrigues- sobre o segredo de justiça, estão-se a c. para tal.

Questuber! Mais um escândalo!