Em Abril de 1975 a revista Flama publicou um número especial dedicado ao ano que tinha passado e que constituiu o ano mais dramático que conhecemos nas últimas décadas do século XX, em Portugal.
O relato em fotos e apontamentos cronológicos permitem ver o desfilar dessa desgraça. Os "estudos" levados a cabo nestes últimos meses, aqui neste blog, permitem concluir que o dia 25 de Abril de 1974 não foi um dia faustoso para Portugal.
A Revolução que outorgou certa liberdade política, com abolição da Censura que se chamava então Exame Prévio, com a extinção da política política, a PIDE/DGS e a possibilidade de reunião e associação em termos mais amplos que dantes, mormente com autorização de criação de partidos políticos e legalização de outros, todos de Esquerda, em vez de trazer prosperidade ao país, trouxe mais miséria e desgraça, como atestam as duas bancarrotas em menos de dez anos, dali a seguir.
As eleições de há 40 anos foram precedidas de debate político e mediático todo à Esquerda e houve quem defendesse o adiamento das mesmas por falta de preparação do povo para votar.
Essas eleições de há 40 anos trouxeram a vitória do Partido Socialista, então ainda muito esquerdista e propenso ao alinhamento em ideias de Esquerda marcadas e marcantes para o país.
Os resultados eleitorais, no Expresso dessa altura:
Hoje no Público um antigo director de serviços de informação de Marcello Caetano, Feytor Pinto, conta que Marcello queria a mudança de regime, efectivamente.
Mas não é lícito pensar, como alguns ardentemente o fazem e querem fazer crer, que estivesse conluiado com os revoltosos ou quisesse o 25 de Abril de 1974 tal como ocorreu, nesse dia.
Marcello Caetano merecia ser reabilitado junto da opinião pública corrente e não visto como um "fascista" que oprimia o povo e mantinha no "obscurantismo".
ADITAMENTO à noite:
Nos programas de tv da noite, particularmente na TVI24, com alguns "senadores" refastelados na democracia, incluindo o comunista Jerónimo, anti-democrata escondido, houve apenas uma opinião: o 25 de Abril valeu a pena!
Quem possa pensar o contrário não tem voz audível neste Portugal democrático. Antes de 25 de Abril de 1974 era o inverso...