sábado, abril 25, 2015

25 de Abril de 1975: um ano de revolução

Em Abril de 1975 a revista Flama publicou um número especial dedicado ao ano que tinha passado e que constituiu o ano mais dramático que conhecemos nas últimas décadas do século XX, em Portugal.

O relato em fotos e apontamentos cronológicos permitem ver o desfilar dessa desgraça. Os "estudos" levados a cabo nestes últimos meses, aqui neste blog, permitem concluir que o dia 25 de Abril de 1974 não foi um dia faustoso para Portugal.
A Revolução que outorgou certa liberdade política, com abolição da Censura que se chamava então Exame Prévio, com a extinção da política política, a PIDE/DGS e a possibilidade de reunião e associação em termos mais amplos que dantes, mormente com autorização de criação de partidos políticos e legalização de outros, todos de Esquerda, em vez de trazer prosperidade ao país, trouxe mais miséria e desgraça, como atestam as duas bancarrotas em menos de dez anos, dali a seguir.













 As eleições de há 40 anos foram precedidas de debate político e mediático todo à Esquerda e houve quem defendesse o adiamento das mesmas por falta de preparação do povo para votar.



Essas eleições de há 40 anos trouxeram a vitória do Partido Socialista, então ainda muito esquerdista e propenso ao alinhamento em ideias de Esquerda marcadas e marcantes para o país.

Os resultados eleitorais, no Expresso dessa altura:


Hoje no Público um antigo director de serviços de informação de Marcello Caetano, Feytor Pinto, conta que Marcello queria a mudança de regime, efectivamente.
Mas não é lícito pensar, como alguns ardentemente o fazem e querem fazer crer,  que estivesse conluiado com os revoltosos ou quisesse o 25 de Abril de 1974 tal como ocorreu, nesse dia.

Marcello Caetano merecia ser reabilitado junto da opinião pública corrente e não visto como um "fascista" que oprimia o povo e mantinha no "obscurantismo".



ADITAMENTO à noite:

Nos programas de tv da noite, particularmente na TVI24, com alguns "senadores" refastelados na democracia, incluindo o comunista Jerónimo, anti-democrata escondido, houve apenas uma opinião: o 25 de Abril valeu a pena!
Quem possa pensar o contrário não tem voz audível  neste Portugal democrático. Antes de 25 de Abril de 1974 era o inverso...

14 comentários:

Floribundus disse...

em 74 fomos assaltados à mão armado pelo pior lixo humano que existia dentro e fora do rectângulo

lixaram tudo e todos em nome de mitos socialistas

o pior de tudo é que vai continuar o regabofe dos vários grupos socialistas

'siga o enterro'

Unknown disse...

Uma questão que deixo a eventuais leitores com conhecimento do que se passa no interior das forças armadas.
De que forma é hoje em dia encarado o 25 de Abril pela maioria dos militares? A opinião maioritária continua a ser a veiculada pelas associações sindicais militares e pelos oficiais da Associação 25 de Abril, ou nem por isso?

Mesmo passados 41 anos parece ser mais fácil encontrar uma agulha num palheiro do que um militar disposto a criticar o 25 de Abril e o MFA publicamente, como se constata dando uma vista de olhos pelos vários blogues de militares.


http://blogueoc.blogspot.com/2015/04/25-de-abril-o-dia-da-liberdade.html

https://pt-pt.facebook.com/AOFA.Oficiais.das.Forcas.Armadas

http://onaviodesarmado.blogspot.pt/2015/04/dia-da-liberdade.html

http://luisalvesdefraga.blogs.sapo.pt/

http://www.ans.pt/

luis barreiro disse...

Ao fim de 41 anos, pela 1ª vez vi na televisão, alguém confrontar o líder do pcp com factos do verão quente, honra ao constitucionalista Jorge Miranda no programa de hoje à noite da tvi24.

lidiasantos almeida sousa disse...

https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=UQ0dML_br34

Floribundus disse...

na rua o povo, pleno de felicidade, manifestava-se aos milhões

BELIAL disse...

25 do A: dia do Erro e da Traição.

O PREC seguiu impondo o mundo ao avesso e o avesso do direito

A Nova Era da galopinagem. que ainda hoje existe, metamorfoseada, instalou-se e medra, impante.

Apache disse...

“Do cemitério de Villa Nueva del Fresno, em Espanha, até ao Cemitério dos Prazeres os restos mortais do homem que fez tremer Salazar passaram por entre alas de populares que, juntamente com entidades oficiais, se associaram à última homenagem ao combatente antifascista.”

É curioso o facto de, apenas 9 meses depois do golpe, o general Coca-Cola estar já a ser transformado em herói antifascista. O herói onírico do fascismo imaginário.

Apache disse...

“A ideia era abrir canais de comunicação com o Presidente Léopold Senghor, do Senegal..." [Feytor Pinto, ao Público]

“Canais de comunicação” com o inimigo? O Senegal permitia bases do PAIGC no seu território e, mais que isso, enviava pára-quedistas que combatiam ao lado do PAIGC, contra nós.
Tivéssemos nós a ética dos norte-americanos e homenzinhos como Senghor (e não só) tinham ido mais cedo prestar contas a Nosso Senhor.
Convém recordar que, Léopold Senghor, social-fascista, é um dos ideólogos do conceito de “Negritude” (conceito racista na sua essência) e que foi condecorado, em pleno PREC, com a Ordem Militar de Santiago da Espada.

Apache disse...

“O almirante sairia de Belém, Marcello Caetano assumiria o cargo de Presidente da República. Baltasar Rebelo de Sousa seria o Presidente do Conselho, eu assumiria a pasta dos negócios estrangeiros com o objectivo da descolonização.” [Feytor Pinto, ao Público]

A isto chama-se sonhar acordado. Mas a concretizar-se mudava de nome: traição!
Mas foi pena que não tivessem tentado o sonho. Os “ultras” (como lhe chama o José) tinham-nos poupado ao 25 de Abril.

Apache disse...

“houve apenas uma opinião: o 25 de Abril valeu a pena!
Quem possa pensar o contrário não tem voz audível neste Portugal democrático.” [José]

Há umas semanas, aconteceu na escola onde lecciono um episódio curioso que, mais palavra menos palavra, transcrevo. A professora de História explicava à turma as maravilhas da Revolução. Um aluno levantou o braço e, quando lhe foi permitido questionar, perguntou: - Então o 25 de Abril só trouxe vantagens, não houve desvantagem nenhuma?
Resposta da professora: - Nenhuma. Foi a mais bela revolução da nossa História.
Insiste a aluno: - Então a perda das colónias? Muitas matérias-primas e produtos agrícolas vinham de lá…
Interrompe a professora: - D… Rua! Tem falta disciplinar. Sabe bem que não tolero a insolência.

zazie disse...

Apache:

Como é que v. convive com isso?

Apache disse...

“Como é que v. convive com isso?”

Com a dose certa(?) de cobardia, reconheço.
Não sou professor de História e no trabalho tento passar ao lado das polémicas fora da minha área de leccionação (Matemática e Físico-Química).
Como sou Director de Turma do miúdo, tive de informar o Encarregado de Educação (a mãe) da falta disciplinar, mas disse à senhora que não desse relevo à falta, porque o rapaz é bastante educado e o mais provável é que a professora não tenha interpretado correctamente o que o aluno quis dizer. A professora pensou que o aluno a estava a desacreditar, mas ele, que em termos de aproveitamento escolar é um aluno acima da média, apenas quis complementar a informação da professora e participar mais activamente na aula.
Acho que a mãe não foi na minha “cantiga”, porque respondeu-me: Eu não me vou preocupar com esta falta, até porque não estamos longe do final do ano, mas preocupo-me com o futuro. O D… é um miúdo que gosta muito de História e parece-me que quer seguir estudos na área, mas o avô é oficial do Exercito (na reserva) foi combate na Guerra de África e tem uma grande influência no miúdo e eu receio que as características que agora despontam no meu filho se vinquem com o avanço da adolescência. Não sei se está a ver o problema.

Este diálogo com a mãe obrigou-me a falar com o miúdo sobre a idade o local e o momento mais conveniente para ter intervenções inconvenientes. Mas, dada a idade dele, não sei se foi uma conversa útil.

Não é só na guerra, em algumas situações do dia-a-dia, por vezes fica-nos a dúvida da melhor opção, “fugir” ou “disparar”.

José disse...

Em tudo esta situação assemelha-se ao que se passava antes de 25A quando alguém mijava fora do caco.
Havia sempre um bufo que dizia a quem de direito que tal e tal eram subversivos.E uma ficha aberta.

Agora tudo se passa do modo indicado: a ignorância é a rainha e determina os castigos.

Apache disse...

“Em tudo esta situação assemelha-se ao que se passava antes de 25A quando alguém mijava fora do caco.
Havia sempre um bufo que dizia a quem de direito que tal e tal eram subversivos.”

Concordo. Acho mesmo que, mais que a censura oficial, o que incomodava mesmo era a bufaria, quer pelo tipo de pessoas que se presta a tal quer pela distorção (ao real) que o bufo tende a impor.
Mas nesse tempo a censura era (espero não estar enganado) sobretudo política. Hoje há uma cassete (marxista) que determina o que é politicamente correcto, na Física, na Química, na Biologia, na Religião, nos comportamentos, etc. e quem colocar em causa o conteúdo da cassete é desacreditado e ridicularizado.

A obscenidade do jornalismo televisivo