Há 40 anos, por estes dias, vivia-se a euforia das nacionalizações dos sectores-chave da economia portuguesa.
No início de 1974, antes da Revolução, as maiores empresas eram estas, tal como mostradas pelo jornal Sempre Fixe que se tornaria depois um dos bastiões da esquerda comunista:
Em Julho de 1975, por acção da esquerda nacional unida, após a nacionalização de uma boa parte dessas empresas, a que se seguiriam mais nacionalizações ainda durante esse ano, a revista americana Time mostrava o panorama em reportagem da senhora Martha de la Cal. Algumas das "20 famílias" estavam na penúria e o dinheiro fora-se, para fora. E nunca mais voltou. Portugal empobreceu em poucos meses o suficiente para nunca mais poder aspirar a ser rico.
Dez anos depois da Revolução, o Semanário mostrava onde estavam os antigos "donos de Portugal":
E dez anos depois das nacionalizações, o mesmo Semanário fazia um balanço de descalabro, já com duas bancarrotas evitadas in extremis e à custa de grandes sacrifícios, a contar para o nosso passivo:
Soube-se hoje que o PS prepara um programa económico que nos garante nova bancarrota, em dois tempos.
Nada esqueceram e nada aprenderam.