O Temível Dragão flamejou umas frases desconexas à guisa de investida tonitruante e devastadora sobre um dos meus pobres postais.
Glosou ditos que não leu e frases que obliterou, cego pela incapacidade em ler textos scaneados.
Perante tal espectáculo de inconsequência e impotência destruidora, não vou dar pontapés em texto morto.
Vou antes republicar a frase de Kaúlza de Arriaga, escrita mais de uma dúzia de anos após os acontecimentos e que resume o que é preciso dizer sobre o 25 de Abril de 1974.
A vexata quaestio que aqui nos traz nesta luta de palavras até agora algo vãs mas que poderão um dia encher o alqueire da razão e da verdade, se a tal ajudar o engenho e arte, encontra-se condensada nesta reflexão que o tempo positivou e sedimentou:
"O golpe revolucionário do "25 de Abril" era uma fatalidade nacional que tinha que acontecer e aconteceu. Tudo o que se tentou ou que pelo menos eu tentei, para o evitar ou substituir por mudanças positivas e fecundas, falhou".
Esta frase é digna de figurar no epitáfio daquele postalzito temível, com o texto morto publicado e já decomposto, porque lhe define a essência da dita e da contradita, ferindo-o com a morte da irrelevância argumentativa.
Quanto ao mais, a luta continua...com esta imagem de uma revista que assinei mais ou menos desde este número de Setembro de 1982. Era de banda desenhada de ficção, científica e afins. E aos dragões de opereta, tratava-os assim: lança em riste e escudo a postos. "C´mon! Make my day..."