sexta-feira, abril 03, 2015

E Salazar, quem é?

Quem foi Salazar? Vale a pena conhecer Salazar? O que nos diria Salazar nos dias de hoje?

Nenhuma destas perguntas tem resposta fácil. Salazar durante os últimos 40 anos foi afastado da História contada nos media,  mas continua lá, onde sempre esteve. E é preciso descobri-lo para nos revermos naquilo que somos como povo.
Não adianta relegar Salazar para o fascismo, palavra mágica que resolve todos os problemas identitários de quem não quer conhecer a verdade histórica.

As biografias de Salazar coincidem num ponto: a sua extracção rural e o seu apego ao campo. A terra de Salazar, Vimieiro, no bairro da Estação, um sítio muito bonito,  ainda hoje,  era "terra saudável e fértil. Duzentos metros de altitude, não prejudicados pelos nevoeiros que por vezes baixam sobre o rio. Boa água. As couves, os feijões, o milho, que dá farinha para a broa e folhelho para o gado, as poucas ovelhas que todas as famílias recolhiam na loja, bem como o bacorito no cortelho, asseguravam a alimentação que bondava, sem falar nos peixes do rio, naqueles tempos em que as águas fluviais não andavam poluídas" ( Apontamentos para um perfil psicológico de Salazar, de Barradas de Oliveira, publicado na revista Resistência, número de verão de 1977).

Coincidem ainda noutro: sendo um miúdo esperto, filho de um feitor local, ou seja, alguém modesto que lidava com terras e propriedades de outros," era pena não seguir os estudos" e seguiu. Fez um curso de Liceu em que repetiu exames do secundário que fizera no seminário e matriculou-se em Direito, em Coimbra, tendo frequentado a Faculdade de Letras para aprender...Inglês, porque gostava do modelo educativo seguido na Inglaterra.  Católico num ambiente de perseguição jacobina, encontrou-se no CADC de Coimbra com Cerejeira, o futuro patriarca de Lisboa,  de quem foi amigo toda a vida. Concluiu o curso com 19 valores e ficou assistente em 1917. Doutorou-se no ano seguinte.
Em Abril de 1932, o presidente Carmona entregou a Salazar a chefia do Governo. Até 1968.

E a História continua...por Barradas de Oliveira, com excertos extraídos obra citada.









Domingo, se Deus quiser,  há mais...

Questuber! Mais um escândalo!