Um estreito colaborador de Salazar, Armindo Rodrigues de Sttau Monteiro ( pai, além dos demais, de um Luís Sttau Monteiro que fazia redacções da Guidinha, ainda antes de 25A e que esteve preso por ser esquerdista subversivo, apesar do pai que tinha...) foi o co-autor de um Acto Colonial, em 1930 que instaurou a ideia peregrinado nosso Império, à semelhança de outras grandezas europeias, já nessa altura em declínio colonial.
No livro recente de Manuel de Lucena, "Os lugares-tenentes de Salazar", Armindo Monteiro biografa-se em poucas páginas com algum detalhe neste aspecto. O livro recomenda-se vivamente a quem quiser conhecer melhor Salazar, através do velho ditado "diz-me com quem andas..." e a invenção do nosso Império relata-se assim:
Porém, esta ideia fantástica de Império, era uma elaboração mental de Armindo Monteiro.
De facto, como escrevia Marcello Caetano em Dezembro de 1970, desde 1930 que se reconhecia constitucionalmente a autonomia das províncias ultramarinas que passaram a ser assim designadas com a abolição do Acto Colonial em 1951, com a respectiva matéria integrada na Constituição de 1933, então revista.
Conclusão: nunca tivemos um Império, a não ser num papel molhado que perdeu validade antes de se consolidar, na Constituição de 1933, revista em 1951.
Além disso, a ideia estapafúrdia de Império que caira em desuso durante o séc.XX é digna de quem precisa de de tal.
A nós, tal como Marcello Caetano definiu. bastar-nos-ia uma Nação com um território que compreendia também províncias de além-mar, administradas de acordo com critérios objectivos de eficácia e realismo prático e nunca fantástico.
Mais uma vez, era Marcello quem tinha razão...