sexta-feira, abril 24, 2015

Os marinheiros do neo-realismo fantástico

O jornal Público de hoje traz em anexo os dois volumes fac-similados da revista Orpheu, de 1915.

Um dos textos do primeiro número é "o drama estático em um quadro", O Marinheiro, em onze páginas, escrito por Fernando Pessoa em 1913 e dedicado a João Franco.

Ficam aqui quatro em homenagem aos actuais marinheiros dos sonhos antigos e que surfam diariamente o realismo fantástico da poesia do nosso passado distante.
São uma espécie em vias de extinção e resignam-se à condição,  mas estrebucham quanto podem, mascarando-se de mitologia  para evitarem a realidade circundante.

Tal como Pessoa escreve, "porque é que se morre? Talvez por não sonhar bastante"...
Este marinheiros de agora que sonham os sonhos antigos querem ser imortais, já se vê. E esta singela homenagem é sentida porque não enxergam a ilusão e vivem no sonho perene da poesia distante, tomando-a como lema  e bússola de ideias fixas.




E estes sonhos de agora têm forma de alguma realidade passada? Talvez se reatarmos os símbolos...consigamos vislumbrar a sombra do que sonham.


Questuber! Mais um escândalo!