terça-feira, outubro 24, 2017

Este moralismo ignorante e hipócrita é filho dilecto do jacobinismo

A propósito do acórdão da Relação do Porto sobre um caso de Felgueiras a leitura dos jornais de hoje é exemplar do modo como os jornalistas em geral tratam os assuntos, neste caso judiciários: pela rama, sem lerem as decisões, pelo sentimento de maria vai com as outras se for para onde interessa, etc etc.

O acórdão tem 22 páginas e é fácil de ler e compreender. Pois nem assim adiantou fosse o que fosse para que a opinião pública se confundisse com uma opinião publicada em modo jacobino, num ataque descabelado e eivado de um subjectivismo amplificado em ideias feitas.

Todos os jornais que li- Público, Correio da Manhã, i, Diário de Notícias e Jornal de Notícias- encarreiram  ao som flautista de um panurgo mediático. Carneiros como parecem ser, assim se comportam quando é o caso, e neste caso é assim.

Nem uma voz, uma única se levantou para defender publicamente a decisão dos juizes desembargadores,   ou pelo menos tentar explicar a decisão que aliás foi conforme à de primeira instância e teve o acordo do magistrado do MºPº na Relação. Ou seja, pelo menos cinco magistrados concordaram com a decisão de suspender a execução de pena de prisão aplicada na instância local de Felgueiras.

Nem uma voz se ouviu a explicar em que condições podem e devem ser suspensas as penas de prisão. Nem uma única voz se ouviu a explicar que a generalidade dos tribunais, num caso com estes contornos, aliás expostos factualmente no acórdão e que podem ser lidos, aplicaria decisão idêntica se fossem a decidir.

Todas as vozes, mesmo as dos que não leram nem querem ler, se concentram em aspectos relativamente secundários e que se ligam à exposição de motivos pelos quais se entende que o adultério pode ser um acto que contextualiza a agressão praticada e que antigamente poderia mesmo excluir a punição do agressor.
Aliás, ao contrário do que se diz e escreve agora por aí, a decisão da Relação não despenalizou a agressão ou sequer diminuiu a graduação da penalização aplicada na primeira instância. Apenas tentou explicar, de modo canhestro pelo que agora se pode ler e ver nas reacções ainda mais bisonhas dos komentadores do costume, qual a evolução do entendimento acerca do fenómeno da violência no casal.
O apelo à Bíblia, particularmente ao Antigo Testamento é coisa arcaica, como lamentavelmente diz o CSM, a comentar o que não deveria comentar? Nem por isso se tal for apenas numa explicação de costumes que vêm de muito longe e de muitas latitudes.
Nem tal se afigura atentatório de qualquer princípio de laicidade do Estado, porque não é isso que está em causa.
Se o juiz em causa mencionasse o que acontece noutras religiões, ainda actuais, teria sido mais explícito e evitaria a fatwa que agora lhe lançam estes fariseus e publicanos do jornalismo luso e da komentadoria avulsa que bajula o poder político-ideológico que está. Assim...reina a hipocrisia e a manipulação que aparentemente tem um objectivo: deslegitimar o poder judicial através do ataque a uma decisão judicial polémica porque assim a apresentam, sem perceberem o alcance e  limite da mesma.

Se o juiz em causa, em vez de mencionar o Código Penal de 1886 em modo de exemplo para a pena do uxoricídio, mencionasse os artigos 401 a 404º do mesmo código que esteve em vigor até 1982, talvez fosse menos fustigado. Assim...reina a confusão e ignorância.

Portanto, aqui ficam tais artigos:



Nessa altura, até 1982 o adultério era um crime. E se praticado pela mulher, punido com pena de prisão maior, de dois a oito anos. Se praticado pelo marido, punido apenas com pena de multa e apenas também se tivesse "manceba teúda e manteúda na casa conjugal"...e por outro lado o crime da mulher dependia da vontade do marido enganado. Se este lhe perdoasse, deixava de subsistir o crime punido com prisão maior...

Estes conceitos foram válidos juridicamente até 1982 e não foi assim há tanto tempo. Evidentemente que estes artigos e penalidades foram perdendo o valor simbólico e real ao longo dos anos, mas não deixaram de exemplificar o modo relativizador com que o legislador olhava para o adultério.
No novo Código Penal de 1982, entrado em vigor em Janeiro de 1983, acabou-se com aquele crime mas criminalizou-se a omissão de assistência material à família ou a bigamia.

Os valores morais alteraram-se com o tempo? De algum modo, sim. O divórcio não era permitido facilmente antes de 1974 e depois a legislação foi evoluindo, até em 1977 se estabelecerem regras condizentes com a Constituição de 1976, relativas à igualdade dos cônjuges em matéria de direitos e obrigações. Um dos deveres importantes era o de fidelidade, a par da assistência e coabitação. De ambos os cônjuges.
Mas...quanto ao dever de fidelidade na prática existem diferenças relativamente à exigência que se opera relativamente ao homem ou à mulher, por muito que a lei diga que não existem.
E são essas circunstâncias concretas que se devem apurar sempre que surgem problemas deste teor. A questão é esta: na prática e na sociedade de hoje, em Portugal, o adultério da mulher é encarado pela sociedade em geral do mesmo modo que o adultério do homem? A lei não distingue, mas os comportamentos concretos devem distinguir-se porque a culpa é sempre individual e não é objectiva.

Julgo ter sido este o problema equacionado no caso concreto do acórdão e se a menção aos preceitos da Bíblia e do Código Penal de antanho são discutíveis, a essência não o será assim tanto.

Dizer que a evolução dos costumes não é assim tão rápida quanto a das leis é mero bom senso e fazer depender destas a alteração daqueles é simplesmente estultícia jacobina.

Se o juiz desembargador do Porto tivesse explicado um pouco melhor esta ideia que julgo ser a que transmitiu, talvez evitasse esta maré jacobina que se levantou de repente como um tsunami.

Ora leia-se:

No DN até uma santeira desta ladeira se associa ao jacobinismo:


A direcção do jornal da GlobalMedia do refastelado Proença, expõe assim a ignorância interpretativa:


Até no CM um leitor de livros que costumo ler, escreve asneiras avulsas:


O Público, esse, é o eido preferido desta gente que nos atola na intolerância sob a capa do progressimso:


Que fazer, como diria o comunista fossilizado, Lenine? Ora, uma de duas coisas: ou ignorar citações filosóficas e aterem-se os juízes aos factos e ao mecanismo processual de fundamentação das decisões, como fez a primeira instância de Felgueiras; no fundo fazer isto que aqui se ensina; ou então,  citar os autores preferidos desta jacobinagem ambiente. A Bíblia, nunca! O Corão? Talvez. O Talmude? Ainda melhor...

Habermas! Habermas!  Citem-no e terão excelente e muito bom e até citações destes palermas todos. E se nestas matérias citarem uma abécula como uma tal Maria Clara cujo apelido não digo, ainda melhor. Terão muito bom à primeira inspecção...

Para quem anda por aí a proclamar a laicidade do Estado, para atacar o juiz em causa, vale a pena transcrever o artigo da Constituição que é consagrado a essa matéria para ver se metem a viola no saco:

Artigo 41.º
Liberdade de consciência, de religião e de culto
 1. A liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável.
2. Ninguém pode ser perseguido, privado de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por causa das suas convicções ou prática religiosa.
3. Ninguém pode ser perguntado por qualquer autoridade acerca das suas convicções ou prática religiosa, salvo para recolha de dados estatísticos não individualmente identificáveis, nem ser prejudicado por se recusar a responder.
4. As igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto.
5. É garantida a liberdade de ensino de qualquer religião praticado no âmbito da respectiva confissão, bem como a utilização de meios de comunicação social próprios para o prosseguimento das suas actividades.
6. É garantido o direito à objecção de consciência, nos termos da lei.

ADITAMENTO TRISTE:

Até mesmo os bispos portugueses sentiram necessidade em comentar o acórdão que não leram. Se tivessem lido não fariam estas tristes figuras.

De resto, o efeito jacobino está perfeitamente conseguido: perverter o sentido de uma decisão e virar a discussão para o que lhes interessa. Até a Igreja Católica caiu na ratoeira...

32 comentários:

lusitânea disse...

A Associação das testas sem cornos reclamam que as putas se divorciem antes de dar a facada

Floribundus disse...

manadas de cornudos avançam em tropel
contra o que todos os contribuintes tem direito

« Delito de opinião, vulgarmente, como viés do pensamento democrático, é atribuir ao verbo, falado ou escrito, um ato digno de punição.»

jkt disse...

É uma mentira o "desculpa" em todos os jornais. Irrita.
O juiz apenas inusitadamente fez referencias à bíblia. Não é fundamentação de nada, apenas um reparo.
A pena tinha sido suspensa. A pena ia ser sempre suspensa, lá ou acolá.
1 ano de prisão.
Que tal protestarem junto da AR e governo... do nosso CP - em que é quase praticamente impossível ir preso?
A pena máxima é 5 anos. Muito dificilmente se reúnem os requisitos para uma pena privativa.

jkt disse...

Uma desculpa, se é que isso existe em direito penal, seria uma absolvição na 1ª instância fundamentada na bíblia e em legislação revogada. Isso sim, era desculpa, isso sim ,noticia.
Isto não.

josé disse...

Irrita tanta ignorância, tanta má vontade e tanta má fé, porque é disso que se trata. Da vontade em atacar os juizes, sabe-se lá porquê...

O palerma do Sousa Tavares parece que ontem se pronunciou sobre isto e só disse asneiras, graves e soezes e ninguém lhe fez ver nada.

naoseiquenome usar disse...

boa tarde.
Pode acrescentar esta opinião:

http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/nacional/igrejajustica-secretario-da-conferencia-episcopal-lamenta-recurso-a-biblia-para-fundamento-de-decisao-sobre-violencia-domestica/

Ricciardi disse...

A igreja tem temperança e desautoriza este tipo de juizecos. Claro.
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Porém a mulher teve muita sorte. Ela só foi maltratada por dois homens. O marido e pelo juiz.
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Teve sorte. Se fosse no irão apedrejavam-na. Não faltariam juízes a condena-la. Se fosse mulher do Sudão era violada pela aldeia, para aprender. Se fosse na Índia era fechada numa cela de elefantes e forçada a ter relações com o animal.
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Afinal tem sorte. Só apanhou com um pau com pregos na ponta. Afinal o juiz é um gajo porreiro. Não a condenou por ter cometido adultério.
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Rb

Neo disse...

O José bem se pode desfazer em explicações, que eles estão de má fé.
O Orlando Braga usa um vernáculo mais à medida desta canalha hipócrita e aldrabona.

https://espectivas.wordpress.com/2017/10/24/a-histeria-merditica-acerca-do-caso-da-maria-madalena-que-levou-porrada-do-amante-e-do-ex-marido/

Ricciardi disse...

Cada vez mais me convenço de que ele há por aí e por aqui muitos cristãos com Cristo na boca e o diabo no coração.
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Aliás é exactamente contra esses que mais gosto de manter discordâncias e, sobretudo, chatear.
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O dia em que lhes dão a máscara tarda mas nunca falha. Eu gosto especialmente que se radicalizem e que revelem por fim o que lhes vai nas entranhas.
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Rb

zazie disse...

De onde é que estes imbecis julgam que vem a lei?

A lei vem dos códigos religiosos. O do Antigo Testamento até é mais ou menos cópia do Código de Hamurabi, da Suméria, mil tecentos e tantos aC

Estão nesses códigos tipificadas as leis que ainda hoje mantêm essa tradição moral. Umas tornaram-se mais brandas e outras se inventaram (algumas delas perfeitamente idiotas e idológicas como esta treta da legislação do politicamente correcto)

zazie disse...

“Se a esposa de um cidadão foi surpreendida dormindo com outro homem, eles os amarrarão e os lançarão n’água. Se o esposo deixar viver sua esposa, o rei, também, deixará viver seu servo.” (Art.129) Código de Hammurabi

O palerma do marrano fantástico da literatura nem sabe que a Thora copiou as leis da Suméria.

zazie disse...

Engraçado que a judiaria agravou logo a sentença:

“Se um homem adulterar com a mulher de seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera” (Lv 20:10). Neste caso, a morte dos adúlteros era por apedrejamento ( Jo 8:4-7).

Já no de Hammurabi o aborto era condenado e a judiaria achou que tempo é dinheiro e gravidez aliviada é mais uma a trabalhar. Legalizaram o abortício.

Ricciardi disse...

A comentadoria sem o passos coelho não tem piada. Mas vou ter de me habituar. Ou talvez não:

- aloa, aqui estou eu amigo passos, viste a devastação que fiz para ti em resposta a tua invocação? Foi lindo não foi?
- Oh diabo, mas era suposto agires antes de eu me demitir. Agora que me demiti não me vale de nada.
- Demitiste-te porque és um homem de pouca fé. Não arranjes desculpas para te baldares com o penhor da alma.
- Mas, oh diabo, oh Lucy, eu invoquei a tua vinda salvitica para, lá está, me salvar deste frenesim de boas notícias e poder desse modo afastar os maus do poder e abrir, finalmente, novo caminho para a minha glória.
- Then again, não tiveste suficiente fé no teu senhor e mestre.
- Caramba, até parece que fizeste de propósito. Mal eu dei de frosques tu enviaste o inferno. Não podias ter antecipado um bocadinho para um dia antes de eu me demitir?
- Podia, mas não antecipei a tua demissão.
- E agora Lucy?
- Pá, agora podes sempre tornar revogável a decisão. Dás o dito pelo não dito e recandidatas-te novamente.
- Não parece bem.
- Deixa-te disso. Em política podes fazer uma coisa e o seu contrário facilmente. Põe a cara de pau número sete.
- Ahh não sei e depois vão dizer que sou como o portas e...
- Isso não importa. Nem ao menino Jesus. Eu vou dar-te uns ensinamentos para dares a volta à situação.
- boa
- então é assim. Tu vais dizer que te recandidatas por um imperativo de consciência e para fazer triunfar o bem para os portugueses. Recandidatas-te alegando que a gravidade da manisfesta conduta criminosa do governo (que eu provoquei -hihihi) não te deixa outra alternativa. Recandidatas-te finalmente porque recebeste inúmeros e incessantes pedidos da população anónima. Dentro e fora do partido.
- hummm
- hummm?
- Quer dizer, oh Lucy, não sei. Imagina que as boas notícias continuam. A porra dos juros já estão baixos. O desemprego não para de diminuir. O PIB teima em crescer o dobro dos verificados no meu reinado. As exportações... ah... quer dizer, e depois ainda tenho que levar com o Santana e com o Rio.
- Estás um bocado lixado amigo. Lá isso estás. Mas já que tens a alma penhorada mais vale arriscar tudo.
- Quero revogar o penhor Lucinho.
- E o que dás em troca?
- Olha daqui a 6 anos candidato-me a presidente da republica e, nessa altura, ofereco-te o caos no país para tu poderes penhorar as almas mais aflitas que se deixam corromper em tempos de aflição.
- Tens de ser mais concreto.
- faz uma proposta Lucy...
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Rb

zazie disse...

A Igreja cai porque os palermas têm complexos. Passam a vida a pedir desculpa por serem católicos.

E depois nem lêem. Querem é ficar bem no retrato. Como o Papa Francisco que vive para os media.

josé disse...

Estes bispos são uma miséria moral. Tenho pena que seja assim, mas é.

Ricciardi disse...

Ahahahahah

adelinoferreira disse...

O "artista" ainda vai dar peça de teatro cómico :)

Ricciardi disse...

Estes juízes são uma miséria moral. Os bispos têm pena que seja assim, mas é.
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Rb

altaia disse...

https://www.youtube.com/watch?v=ZmowljRqICY&app=desktop

Floribundus disse...

Camilo estava preso na cadeia da Relação donde assistiu ao levantamento desastroso do 31.I

a Asae fiscaliza produtos adulterados

a DGS deixa
'meninas à solta' a transmitirem virus causadores de custos humanos e sociais

muitas irão desfilar contra o Juiz

'ao dar da meia-volta
ó pistautira, ó pistautira'

Apache disse...

“Dizer que a evolução dos costumes não é assim tão rápida quanto a das leis é mero bom senso e fazer depender destas a alteração daqueles é simplesmente estultícia jacobina.” [José]

Muito bem! Como se dizia na tropa – “simples, para militar perceber” – mas alguns, nem com um desenho.


“Até mesmo os bispos portugueses sentiram necessidade em comentar o acórdão que não leram. Se tivessem lido não fariam estas tristes figuras.” [José]

Infelizmente não sou tão optimista.

Uma pequena história (da área das Ciências, como não podia deixar de ser, que não sei se já contei aqui):
Os primeiros frigoríficos e aparelhos de refrigeração, tinham como gás de arrefecimento, o dióxido de carbono. Uns anos mais tarde, sintetizaram-se para o efeito vários gases idênticos que receberam o nome de família CFC (clorofluorcarbonetos) mais eficazes (mas mais caros, porque protegidos da concorrência pelos direitos da patente) e que foram paulatinamente substituindo o dióxido de carbono.
Nos anos 80 esses direitos iam terminar e qualquer empresa poderia produzir CFC baixando-lhes o preço. A Dupont (uma gigante da indústria Química, “ameaçada” pela concorrência com o fim da patente) desenvolve e patenteia uma família de gases substitutos, os HFC (hidrofluorcarbonetos) enquanto encomenda um estudo, a uma pequena equipa de cientistas (liderada por um senhor de nome Mário Molina) que conclua que os CFC são prejudiciais ao ambiente e devem ser internacionalmente proibidos.
Mário Molina constrói uma teoria na qual os CFC são os responsáveis pela menor concentração de Ozono na estratosfera da Antártida, no final do Inverno Austral (vulgo Buraco do Ozono).
Em 1987 (depois de várias pressões internacionais) a generalidade dos países assina o Protocolo de Montreal, que proíbe a utilização de CFC, impondo o uso de HFC (sob patente e, portanto, não sujeitos à livre concorrência).
Em 1995, pela teoria em causa (que contém vários erros científicos crassos) Mário Molina (conjuntamente com dois dos seus companheiros de aldrabice) recebe o Prémio Nobel da Química.
Em 2000, o Papa João Paulo II nomeia Mário Molina para a Pontifícia Academia das Ciências (em tempos, uma das mais prestigiadas academias do mundo). Molina não é o primeiro não católico (aldrabão e corrupto) a ser nomeado para esta instituição, pelo contrário, entre os cerca de 80 membros da academia conta-se já mais de uma dezena de não católicos, e alguns ateus “fanáticos”, como Stephen Hawking, nomeado pelo mesmo Papa em 1986.


P.S. Em Junho de 2015, o Papa Francisco publica a Encíclica “Laudato Si” dedicada à Ecologia, na qual (talvez por desconhecimento, fica o benefício da dúvida) repete uma série de mentiras (e na opinião de alguns, heresias) usadas por ambientalistas (mas não só) fanáticos das Alterações Climáticas Antropogénicas.

A Igreja, das bases à cúpula, está minada de jacobinos.

Ricciardi disse...

Que grande contributo deu à humanidade o papa Francisco com o laudato si. Um documento certeiro acerca do ambiente. Com colaboração dos maiores e mais renomados cientistas da área.
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Ficaram isolados, claro, os mentecaptos que negavam com insistente tolice e, sobretudo, com falta de cientificidade, as óbvias alterações climáticas.
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Subsistem os maluquinhos, quais carneiros acéfalos rumo ao abismo, orientados por gente de poucos escrúpulos, encabeçados por trumps, interesses de negócios ligados às indústrias poluentes, e os ideologos libertários extremistas.
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Ainda, os problemas que o santo papa Francisco tem tido para expurgar os demônios do Vaticano e das estruturas de poder da igreja. Mas tem conseguido, embora com o terreno minado pelos lobbies das marionetes do demónio ligados à pedofilia e finanças.
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Aliás, o verdadeiro motivo pelo qual o anterior papa resignou foi ter percebido que já não tinha capacidade para lidar com essa gente maléfica.
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É claro, aqueles que tem Cristo na boca e o diabo no coração detestam o papa Francisco. Não perdem uma oportunidade para o maldizer.
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Até por aqui e por ali podemos vê-los. Qualquer problematica serve para saírem da toca.
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Rua.
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Rb

contra-baixo disse...

O que se terá passado?
"Há quem pense que podem ter sido
acontecimentos da sua vida pessoal
a fazê-lo enveredar por um rumo diferente
do que seguiu a vida inteira,
recordando que esteve de baixa no
ano passado.
Casado com uma procuradora, ainda
no Verão passado era visto a passear
na rua com ela de mão dada em
Lisboa, cidade em que mora e onde
fez Direito."

Nojento mesmo é o que o Público de hoje conta. O juiz é um idiota, confundiu a sua avaliação da decisão do tribunal de Felgueiras (para mim correcta) avaliando-a em função de uma punição pela quadrialha que a adultera seria merecedora, como atenuante. Confundiu alhos com bugalhos e estragou tudo, mesmo assim, é apenas no âmbito do Direito que a sentença deve ser discutida e não do da vida pessoal do magistrado.

Floribundus disse...

Net
« Mario José Molina (Cidade do México, 19 de março de 1943) é um químico mexicano.
Durante os anos 1960 estudou na faculdade de química da Universidade Nacional Autônoma do México. Realizou seus estudos de pós-graduação nos Estados Unidos, e se doutorou no Instituto Tecnológico de Massachusetts. Logo incorporou-se a essa instituição como professor, obtendo a cidadania norte-americana.
Realizou diversas pesquisas no âmbito da química ambiental sobre os problemas do meio ambiente.
Foi um dos primeiros cientistas a alertar sobre o perigo que representam para a camada de ozônio os clorofluorcarbonetos empregados em aerossóis tanto industriais quanto domésticos.
Recebeu o Nobel de Química de 1995. Mario Molina, Andrés Manuel del Río e Luis Ernesto Miramontes são três químicos mexicanos de destaque. Integra a Pontifícia Academia das Ciências desde 2000. »

esqueceram-se de contar o resto

esta academia perdeu qualidade e o Xico seguiu as pisadas

a ciência encontra-se dominada pelos poderosos

antónio das mortes recebeu ontem a extrema-unção por parte da esquerda

adelinoferreira disse...

"Em 1987 (depois de várias pressões internacionais) a generalidade dos países assina o Protocolo de Montreal, que proíbe a utilização de CFC, impondo o uso de HFC (sob patente e, portanto, não sujeitos à livre concorrência"

Omitiu aquilo que foi mais importante para os indústriais do frio - a queda brutal do preço.

naoseiquenome usar disse...

https://www.tsf.pt/sociedade/justica/interior/aberto-inquerito-disciplinar-ao-juiz-neto-de-moura-8872746.html

Apache disse...

“Um documento certeiro acerca do ambiente.”

Boa argumentação e vastos conhecimentos de Química.

Ricciardi, camarada, perdes o teu tempo, pá. Há uns dias colocaste aqui, num comentário, como exemplos de mudança, os movimentos perpétuos de rotação e de translação da Terra, ainda por cima com velocidades mil vezes inferiores às reais. És o gajo ideal para uma boa troca de ideias, mas só nos dias em que fecham o hospício.

Apache disse...

“Omitiu aquilo que foi mais importante para os indústriais do frio - a queda brutal do preço.” [Adelino Ferreira]

Industriais, não tem acento.

Qual queda de preço, Adelino?

“… Aqui há um bom par de anos fui obrigado, como todos os fabricantes, a fazer largos investimentos para deixar de utilizar um gás frigorífico tradicional e passar a usar outro, moderníssimo, que não contribuía para o buraco do ozono. Os meus colegas chineses, que tinham grandes quantidades de gases antigos para escoar, resolveram o problema de uma forma que me pareceu muitíssimo esclarecida, mudando as etiquetas dos aparelhos frigoríficos para as novas designações, e exportaram-nos para cá enquanto na Europa a produção e comercialização dos gases antigos, mais baratos, foi proibida.” [Daqui: http://gremlin-literario.blogs.sapo.pt/pacote-explosivo-196237 e se procurar encontra muito mais.]

Apache disse...

“a ciência encontra-se dominada pelos poderosos” e corruptos; adjectivos que cada vez mais parecem sinónimos.

adelinoferreira disse...

Já persebi que persebe de assentos mas de gazes persebe pouco

zazie disse...

"persebeste pois", grande analfa que só papagueia chavões.

adelinoferreira disse...

Só viste esse erro?! Ainda és mais burra do que eu pensava! O ódio, a inveja e a exposição ao chumbo da canalização cegam-te!

P.S. zazi, apesar de alguma amizade que ainda tenho por ti; são uns anos largos de saudável convivência "internetica" não posso deixar passar em claro o teu comentário.
Um xi, deste que vai continuar a andar por aí (o menino guerreiro deixou marcas)

A obscenidade do jornalismo televisivo