segunda-feira, outubro 30, 2017

Os juízes depauperados

CM de hoje:



O que é que isto significa, dizer que "os juízes não se revêem no acórdão"?  Nas "considerações desajustadas" ou na decisão do acórdão?  A juíza que preside ao sindicato dos juízes, antiga professora primária,  diz que "não se revê no texto".  No todo ou só naquela parte? E nessa parte, a que parte se refere? À citação da Bíblia, algo despropositada mas sem mais ou na aparente consideração misógina sobre o adultério?
Se foi nesta parte, deveria conter-se um pouco mais e lembrar-se que iria provocar confusão e alinhar na deturpação geral que se gerou. 

Afinal o juiz em causa terá outra decisão em que desmente a misoginia, uma vez que atenuou a pena relativamente a... um adúltero.

Porque é que os juízes insistem em dar tiros nos pés, uns dos outros?

8 comentários:

Floribundus disse...

negó-cio PAUPÉRRIMO
para proteger o zombie antónio das mortes

as elites do rectângulo são uma bósnia

Jorge Marques de Tocqueville disse...

A Ilustre Preside (o P com que Preside é grande por vários motivos, onde o presuntivo vem antes do abonatório) ao sindicato dos Juízes e isso levanta a velha questão: será este o sindicato de todo e qualquer Juiz ou representa o Juiz médio, que tal como o homem médio estatístico não existe organicamente e não representa, em absoluto, qualquer um deles, e a todos lembra a sua insuficiência pela distância do médio que não há em si. Deste e neste dilema se conclui que, se os representa a todos e a cada um, então mau serviço presta a pelo menos dois deles, doutro modo e se representa nenhum de todos e a cada um, lembra que o sindicato dos juízes representa apenas e só quem o titula. Num caso e noutro é este sindicato o airoso verso do Juiz em si mesmo, porque entre o verso e o reverso o Juiz visado a cada momento deverá ser aquilo que lhe faltará sempre.

Esta coisa de defender a classe aludindo a uma quimera colectiva e espezinhar o concreto a bem do devir e em detrimento do concreto, é mais que a quadratura do círculo pela anatomia da estupidez que é e se consuma.

Já agora, será o adultério questão de somenos quando o divórcio não se amiga, quero dizer quando a tese da "pobre vítima" é acolhida em juízo no repúdio do misantropo macho traidor? Quantos acórdãos estarão por ler e rever dos quais apenas transparece o acinte resultante do adultério masculino.

Dito de modo mais simples: onde estão os indignados que não leram este acórdão http://www.dgsi.pt/jtrg.nsf/c3fb530030ea1c61802568d9005cd5bb/30fc7fd014bbd640802579e20052e1d4?OpenDocument onde o adultério faz da mulher vítima e, suponho, a menoriza por isso?

Hipócritas! Ou não será o problema o adultério mas as citações da Bíblia? Mas serão os casamentos, e por maioria de razão os concelebrados religiosamente, meros actos contratuais pífios? Ou será que o problema não é o código social que ainda prevalece, e cuja primeira fonte é a Bíblia, mas sim a citação do código penal anterior quando o actual dita "Não sendo o único instrumento de combate à criminalidade, o Código Penal deve constituir o repositório dos valores fundamentais da comunidade." Já não existe dimensão interpretativa da lei?

Qual é o problema para além da hipocrisia que obriga 99,99% dos intervenientes públicos a oscilar entre a ignorância desinformada e a militância pedante?

Já sei: o problema é tudo junto sem nada em concreto que resista a um esmiuçar, e aí voltamos ao início e ao dilema - a critica em modo vox populi visa um todo, mas a que nada objecta comprovadamente no concreto.

Disse.

josé disse...

E disse bem, Tocqueville.

Floribundus disse...

a engenharia genética através do algoritmo
vai criar um carimbo para resolver os problemas de lana caprina

os bodes vão deixar de ser 20 ou 50 por rebanho

vão ser 50 cabras a escolher o bode

há sempre um bode explicatório

cantava-se em Coimbra em 50
'o bode velho
pai dos bodinhos
vai de V8
chapéu alto e cularinho'

lusitânea disse...

No meio da multidão sentem-se bem.Multidão dirigida como um rebanho claro.Quem será o carneiro mestre?

josé disse...

Leviatã, um bode místico e mítico que nos vigia há mais de 40 anos.

Kaiser Soze disse...

Ontem, vi pela primeira vez num telejornal uma notícia a respeito.
Suponho ser o problema daquela notícia o cerne do problema que vejo por aqui.

A notícia dizia que a Relação "desculpava" o agressor e nem palavra quanto ao facto de apenas ter sido confirmada a Sentença.
Ao dizer esta parvoíce simplista, alimenta a defesa do teor de um Acórdão que é indefensável.

Parece um jogo de futebol em que apenas interessa a vitória da equipa e não a qualidade do jogo em si.

Ps. analogia que nasceu do facto de, para mim, apenas interessa quanto o Porto vence e interessa-me menos se jogou bem ou mal.

name disse...

Juixes nao estao depauperados, estao de pau parado

A obscenidade do jornalismo televisivo