quarta-feira, outubro 11, 2017

Um poster em que as moscas já pousaram

Nos anos setenta do século passado a malta nova gostava de "posters" que se publicavam em revistas e jornais e que serviam para forrar paredes de quartos.

No início da década havia uma revista alemã, de música popular,  chamada Pop e que se vendia em Portugal provavelmente por causa disso: costumava trazer um poster gigante, desdobrável e dos artistas em voga. Esta é de Novembro de 1971:



Na Inglaterra o jornal Disc de 15 de Julho de 1972 trazia uma página a anunciar os posters disponíveis:


Um deles era do inevitável Che que agora efemerizou os 50 anos da sua morte na Bolívia, executado sumariamente por aqueles a quem perseguia em modo terrorista.
Che foi um assassino comunista que se tornou símbolo da "Revolução" e ainda hoje é  exaltado e lembrado por isso.

Em 1975, por cá, apareceu este poster que comprei e coloquei também a forrar parede, junto a uma janela e iluminado por uma luz directa, coada com papel de celofane vermelho para realçar o efeito. Era empolgante e terá sido isso que conduziu muita gente a um logro do qual muitos também ainda se não libertaram.

Este poster tem por isso 42 anos e está já estragado pelo tempo e pelas moscas que nele pousaram. 

Questuber! Mais um escândalo!