quinta-feira, dezembro 10, 2020

A Visão agit-prop e activismo contra o Chega


 Na revista Visão desta semana há um artigo de uma dúzia de páginas assinado por Miguel Carvalho ( o jornalista habituado a "historiar" a "extrema-direita" ou o que toma por tal, em Portugal...e milita nesse activismo, como jornalista) que é um mimo de agitação política e propaganda esquerdista e de um costume muito antigo. 

Vamos por partes. Primeiro o artigo cuja leitura provoca alguma apreensão acerca do partido Chega. A quem ler é-lhe apresentado um partido formado por arrivistas, manhosos, desqualificados, falidos, polícias ressabiados, em carência de actividades violentas e personagens altamente duvidosas e de reputação estragada e sem lugar ao sol democrático desta esquerda sectária, de sempre. 

A capa é um primor da técnica e que é o contrário do jornalismo sério ou com pretensões a isso. Uma vergonha. Este tipo de imagens é reservado exclusivamente a trumps ou bolsonaros, com o lado sinistro da imagem monocromática a compor um ramalhete de intenções. 










Esta técnica de propaganda foi usada nos meses do PREC de 1974-75, pela extrema-esquerda para desqualificar os raros oponentes à política e revolução que se instalou em Portugal e conduziu aos acontecimentos de 25 de Novembro de 1975 e  posteriores. 

Durante mais de um ano que aliás continuou até ao julgamento das FP25, o ambiente mediático diário e de quiosque era este, no que se refere à agitação e propaganda da extrema-esquerda contra os partidos ou movimentos políticos que se atreviam a denunciar o esquerdismo comunista.

Começou logo em Setembro de 1974, aquando de uma manifestação convocada por apoiantes do general Spínola, escassos meses antes tido como um herói nacional e caído em desgraça logo que se opôs aos desígnios do PCP e extrema-esquerda, os be´s da altura. 


O cartaz acima exposto foi manipulado contra os próprios promotores, assim. A autoria está vista, neste caso armada: 


Spínola e apoiantes eram agentes da CIA e ostentavam ideias nazis...para além dos cifrões que sempre os acompanhavam no trajecto reaccionário, aliás devidamente corrido a pontapé pelos bravos do PCP e extrema-esquerda.


Em 1981 as forças "reaccionárias" tinham perdido um dos seus mais ilustres representantes nos media. Afinal o jornal fassista A Rua acabara...por falta de leitores. E quem fez o obituário? O actual presidente da República, sempre em cima do acontecimento do dia. 


Em Setembro de 1974 o fassismo estava vivo e actuante nos chegas da altura, como se mostra neste recorte do Sempre Fixe, capitaneado pelo director do Diário de Lisboa, provindo de uma família aristocrática de uma esquerda apostada em arruinar o país, objectivo aliás plenamente conseguido meses depois.  Seria interessante um artigo de revista como este da Visão, sobre tal personagem...mas nunca o iremos ler, infelizmente. 




Em 31 de Janeiro de 1975 o fascismo dos Chegas de então estava devidamente identificado e circunscrito por esta luminária que combatia em comum neste activismo semelhante ao de agora, na Visão. 

Em 23 de Março de 1976 o O Jornal mostrava que o espírito de inquisição e activismo esquerdista em tudo semelhante ao da Visão de agora não tinha desaparecido em 25 de Novembro do ano anterior. Antes pelo contrário, vicejava assim: 


Como era o ideal desta gente que aparecia então e agora, ressurge nos mesmos locais e com idênticos propósitos? 
Era este melhor apresentado em caricaturas de um deles, o artista João Abel Manta.













Este mundo é o imaginário do jornalista Miguel Carvalho. Ainda hoje...

Sem comentários:

O Público activista e relapso