Público de hoje:
CM de hoje:
Quem informa melhor? O Público informa o essencial: há um processo de inquérito em que se investiga a concessão de negócios no âmbito do projecto do hidrogénio que começou mal e arrisca acabar pior.
O processo está em segredo de justiça mas a partir deste momento acabou a importância de tal segredo a não ser guardar o que ainda lá está e não deve ser visto por enquanto pelas pessoas em geral.
Para além disso o Público explica que António Costa foi apanhado em conversas com um ministro que estava a ser escutado, a propósito do assunto e algumas conversas, segundo o entendimento do juiz de instrução privativo do primeiro-ministro, não interessavam para nada, tendo-as mandado destruir, eventualmente contra o entendimento do MºPº. O MºPº entendeu o contrário e desse modo recorreu para o tribunal que sindica as decisões deste juiz de instrução sui generis, ou seja, o STJ.
Agora sabe-se o que aconteceu e até o conteúdo das conversetas. Segredo de justiça violado, crime cometido, mas impune, mais uma vez. Vale o direito à informação.
No CM a informação é mais abrangente e espectacular, com fotos em profusão, caixinhas de texto com outras personagens e informações avulsas misturadas com fait-divers.
A informação, essencialmente, é a mesma com um pequeno primor: nota-se que o "consultor" do CM esclareceu os redactores que "o próprio juiz Conselheiro António Piçarra terá aceitado ( sempre o maldito particípio passado...) o recurso ( que ontem mesmo foi distribuído à secção criminal do Supremo) com efeitos meramente suspensivos ( é só ´efeitos suspensivos`, ó redactores! porque o tal "meramente" é para os de efeito devolutivo...enfim, trocaram o advérbio mas aprenderam qualquer coisa, se é que aprenderam. Por outro lado continuam a usar e abusar dos particípios passados).
E que resulta de tudo isto? Que o Expresso, fonte original da violação de segredo de justiça, ontem já publicara a notícia, pelo que soube do assunto quando o mesmo passou do gabinete do pSTJ para a secção criminal do STJ, para ser distribuído.
Uma coisa é certa: não foi a PJ quem divulgou o assunto ao Expresso...e as suspeitas recaem sobre gente do STJ, claro está.
Sobre o assunto propriamente dito: portantes, os indivíduos que andam a tratar dos negócios com o hidrogénio andam a ser escutados e investigados por causa de uma denúncia anónima. Como estas só se convertem em inquérito se tiverem factos suficientemente credíveis para tal efeito temos que sim, haverá factos a investigar.
E como as escutas já ocorreram haverá outras coisas que já se sabem e que estão em segredo de justiça que eventualmente não será divulgado. Por enquanto.
Esperemos para ver em que param as modas e o que é que esta investigação em tempo real deu ou poderá dar.
Uma coisa parece certa e a informação importante vem no Público e não no CM: António Costa falou com o ministro Matos Fernandes ( filho de um juiz) sobre a "necessidade de se reunirem para falarem da política energética" e tal ocorreu em data recente de algumas semanas.
O que é que isto quer dizer? Que António Costa delegou o assunto no ministro e se calhar no ajudante, o tal Galamba que deve ter carta branca para lidar com os lobbies.
Veremos o que disse, nas escutas, um dia destes...
Sem comentários:
Enviar um comentário