sábado, janeiro 02, 2021

Mais 15 lp´s de 1970

A segunda leva de discos de longa duração publicados durante o ano de 1970 pode ser esta lista: 


 Da esquerda para a direita, os discos a solo dos Beatles,  faltando apenas Sentimental Journey de Ringo Starr. O primeiro a sair foi o de Paul McCartney, sem grandes músicas com a excepção de Maybe I´m amazed. Mas nem essa se compara em força expressiva a My Sweet Lord, de George Harrison ou a Mother, de John Lennon.

Os Moody Blues com A question of balance  equilibravam toda a sua qualidade artística num disco com todas as músicas que se ouvem do princípio ao fim numa sequência que ainda hoje é agradável. 

Este e os outros quatro discos anteriores dos Moody Blues só os ouvi integralmente nos anos oitenta, para grande surpresa pois muitas canções tornaram-se então pequenas maravilhas musicais que nunca tinha ouvido até então. 

Os Emerson Lake and Palmer estavam no mesmo clube dos grupos que ouvi muito mais tarde, relativamente à data em que saíram, com excepção de Lucky Man, em que a voz e guitarra acústica de Carl Palmer mais o sintetizador Moog fazem coro de sucesso na época. 


O disco de Elton John Tumblweed Connection não é dos que me agradam mais e tirando os temas Country Confort e Love Song pouco mais ouço. 

Dos Traffic, este  John Barleycorn must die é dos melhores do grupo com as vocalizações fantásticas de Stevie Winwood que me agradam mais ouvir agora do que nessa altura.  

Os Caravan de If i could do it all over again...são a mesma coisa: aprecio muito mais ouvi-los agora do que na época. 

E dos Van der Graaf Generator que lançaram estes dois discos nesse ano, apesar de os ter ouvido muitos anos mais tarde a verdade é que em meados da década de setenta eram o meu grupo preferido, por causa de Godbluff de 1975 e principalmente Still Life, do ano seguinte e um dos meus discos preferidos de sempre. 

O primeiro, H to He who am the only one tem Killer e A house with no door que levei anos para conhecer em modo auditivo porque só tinha lido nas revistas ( Rock & Folk) sobre tais temas, sem os conhecer; do segundo, The least we can do is wave to each other, saído antes, no início desse ano, de igual modo só conheci Refugees muito mais tarde, depois de ter lido que era uma grande canção. E é, tal como muitos outros temas do grupo, até 1977. 


Estes discos que restam são todos americanos. O dos Beach Boys, Sunflower talvez seja, para mim, o melhor do grupo. Tem Add some music to your day e outros Forever que me encantaram quando os ouvi já perto dos anos dois mil, provavelmente pela primeira vez porque os discos não estavam disponíveis até então e só nessa altura os consegui arranjar. Foi então que saiu ( em 1993)  uma compilação em caixa de 5 cd´s que tinham quase tudo o que valia a pena ouvir do grupo ( "Thirty years of the beach boys"- Good  Vibrations).

 Os Byrds de igual modo foram descobertos durante os anos setenta no programa de rádio de Jaime Fernandes, Dois pontos, mas no início dos anos noventa com a publicação de uma caixa com quatro cd´s de antologia e muitos inéditos fui conhecendo outras obras anteriores dos anos sessenta. Sendo essencialmente um grupo dessa época só muitos anos mais tarde os conheci integralmente e continuam a ser um grande grupo de música popular. Este Untitled  em dose dupla reserva um disco com gravações ao vivo e outro em estúdio, com temas como Chestnut Mare. Há quem o considere o melhor do grupo.

O primeiro disco dos Hot Tuna, um grupo formado com dois membros dos Jefferson Airplane, é uma gravação ao vivo e apreciei o disco, ouvido também anos mais tarde por causa da guitarra de Jorma Kaukonen, com grande incidência em temas de country-blues. Não falhei depois todos os discos seguintes do grupo, até 1978, com o disco ao vivo Doube Dose.

O James Taylor é um dos melhores do músico com o título tema, Sweet baby james, um êxito da época, tal como Fire and Rain e para mim, Anywhere like heaven

Finalmente um disco de jazz a fugir para o rock, de Miles Davies, duplo e que se ouve de uma assentada. Bitches brew é um mergulho musical num estilo que só muito mais tarde e com a introdução ao jazz rock apreciei devidamente. 

 

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