segunda-feira, novembro 10, 2008

A esperança na Justiça

No Prós & Contras de hoje, na RTP1, fala-se do BPN.

Um accionista do banco, Alberto Figueiredo, acabou de contar histórias mirabolantes de roubos, ( palavra usada pelo mesmo), e de desvio de dinheiro, superior a mil milhões de euros. Que foram parar aos bolsos de uma "teia" que nada tem a ver com partidos, mas com pessoas. Algumas, que foram administradores, agora, dizem nada saber, o que espanta sobremaneira o accionista Alberto Figueiredo.

A animadora do programa, pergunta-lhe então se tem esperança que se venha a fazer justiça. Resposta lapidar: "Eu não tenho esperança".

Porquê, pode perguntar-se?

Pela razão que anima as reformas dos códigos penais, voilà! E cujos resultados estão à vista, nos recentes julgamentos.

É perguntar ao Bloco Central que tem assinado os Pactos para a Justiça e outras maravilhas, e principalmente aos seus teóricos mais notórios, como é que pensam garantir os direitos de todos a ver Justiça, nestes casos.

Entretanto, Jorge Lacão, secretário de Estado e um sempiterno figurão do PS histórico, negou o depósito de 500 milhões de euros, do fundo de estabilização da Segurança Social, nesse banco. Apenas assume depósitos desde 1999 e que a Segurança Social tem noutros bancos. O BPN é só o sexto em ordem decrescente...

Jorga Lacão, é um histórico.

Torna-se sumamente interessante, ouvir, mesmo a Jorge Lacão, reclamar a penalização exemplar e efectiva dos responsáveis, pela administração danosa no banco. Penas efectivas, exemplares, ouve-se á generalidade dos intervenientes, todos membros activos de uma União Cooperativa nacional.
Doa a quem doer, ouve-se Paulo Mota Pinto, dizer.

Isto lembra-me qualquer coisa, já com alguns anos, esta história do "doa a quem doer", da "exemplaridade das penas", dos "inquéritos até ás últimas consquências" e expressões grandiloquentes da Justiça prática dos comentadores, responsáveis directos, alguns deles, pelas leis que temos e interpretação constitucional das mesmas.

Uma justiça virtual, portanto, em que o administrador, Oliveira e Costa, já foi investigado, julgado e condenado, sem apelo, a pena de prisão efectiva durante muitos anos...no tempo de um programa de tv.
Exemplar, de facto.



Questuber! Mais um escândalo!