sexta-feira, novembro 21, 2008

A quota

"Somos de uma independência e de uma objectividade a toda a prova",

...disse o director de informação da Lusa ( citado pelo Público de hoje), Luís Miguel Viana, depois de ter sido acusado de censura interna na agência de notícias. Pelos elementos do conselho de redacção, note-se.
Luís Miguel Viana, quem é? Fui saber. Ao Google. E o Google nada me diz, para além de ter sido jornalista no jornal regimental, Diário de Notícias. Perguntei ao vento que passa e as notícias, são as do meu país.
Coloquei um substantivo e um verbo e saiu-me um artigo, antigo, de 2005 e que define um sócio de peso, na Cooperativa. Aqui vai a quota, para avaliação:
Um sinal de que é intolerável mandar prender preventivamente alguém sem razões e fundamentos técnicos adequados, como sucedeu, escandalosamente, no processo Casa Pia não se percebe, ainda hoje, se aqueles cavalheiros são culpados ou inocentes, mas que estavam mal presos foi uma evidência (técnica) desde a primeira hora. O restabelecimento da legalidade pelos tribunais superiores, como sucedeu, não basta para a reparação do dano causado: é legítimo que o Estado indemnize o cidadão prejudicado e - como o Governo deseja - que a pessoa concreta do decisor participe nesse mea culpa.

4 comentários:

Anónimo disse...

Digamos que foi uma escolha "Independente" para a Lusa, com a farinha do amparo que dá a consistência certa aos neurónios e aos pensamentos que de lá saem.

pedro frederico disse...

boa tarde Sr josé, já o leio há muito e gosto bastante da forma como vê o país e especialmente da forma como expõe essa visão...comento pela primeira vez na sua "loja" porque este post é duma mordacidade irresistível; mas melhor que isso; revela mais uma vez aquilo que o Srº , eu e muitos já sabemos....abraço

André Campos disse...

Estou em linha com os anteriores ouvintes. Assim me ajuntando, fazemos 4. Talvez que fossemos mais, acaso outros, talvez já enfastiados d´ impotência e repetição, se não mantivessem calados. Mas talvez estejamos todos errados.
Deve ser isso.

lusitânea disse...

É o primeiro ministro em 30 anos de democracia que não hesita, que não tem medo, perante o poder letal das corporações da justiça.
É que o lambe botas disse.Justiça independente longe para poderem fazer o que lhes apetece nas barbas dos analfabetos que os elegem...

A obscenidade do jornalismo televisivo