quinta-feira, abril 11, 2013

Laboratórios, medicamentos e delegados de propaganda política

Em França a polémica à volta do dr. Cahuzac continua de vento em popa, soprado pelo sítio Mediapart.  

A revista Marianne desta semana segue-lhe no encalço, com várias páginas e a habitual, excelente, de Jacques Julliard ( deve ser leitura de Carrilho e Amado). "O dinheiro não tem cheiro nem partido e é por isso que uma imprensa livre e uma justiça independente são garantias indispensáveis da democracia.", escreve Julliard.

Sobre o dr. Cahuzac esta página da revista é bem elucidativa dos problemas relacionados com conflitos de interesses e do simples tráfico de influências, motivos que determinaram uma investigação criminal ao mesmo. Em França, claro.
"Em resumo, o dr. Cahuzac é suspeito de ter tocado em dinheiro em troca de conselhos avisados e serviços prestados a alguns nomes graúdos da indústria farmacêutica."

Sabendo o que sabemos sobre o caso Octapharma é motivo mais que suficiente para nos interrogarmos sobre o que se passou no tempo dos governos de José Sócrates, com alguma da sua "entourage" ( estamos nos francesismos)  e só um inquérito criminal o conseguirá apurar devidamente. Em França não foi preciso tanto.

E a revista tem um costume bem francês ( é uma terra de desenhadores) de publicar cartoons a eito. Este que sai no mesmo número desta semana mostra um Sarkozy típico ( sempre com mosquedo à volta) e perante a confissão de Cahuzac comenta: "este gajo não tem tomates"...


2 comentários:

Floribundus disse...

há muito que se diz à boca pequena que o sr segolène e esta ex-mulher tinham contas na Suiça.
não sei, não vi.
nem a conta do 'sôzé' no Santander

Manuel de Castro disse...

Vale a pena perder uns minutos a ouvir este germânico que não tem Merkel nem os comissários de Bruxelas em boa conta. Algo que nunca se fala por cá.



http://www.youtube.com/watch_popup?v=VFJsicKGho0


O Público activista e relapso