quinta-feira, abril 18, 2013

Repare-se em mais esta pouca vergonha que nos enxundia

Sol:

O estudo aos 36 contratos de Parcerias Público-Privadas (PPP), encomendado pelo actual Governo, custou 210 mil euros, afirmou hoje José Gonzaga Rosa, 'partner' da consultora Ernst&Young que realizou o trabalho.

Na comissão parlamentar de inquérito às PPP, José Gonzaga Rosa disse que o estudo aos 36 contratos de parcerias rodoviárias, ferroviárias e da saúde custou 210 mil euros, adiantando que depois de pagar o tradutor e um perito internacional para fazer as previsões de tráfego os honorários para a consulta "foram cerca de metade dos 210 mil euros".

Na declaração inicial, o porta-voz da consultora, que venceu o concurso público lançado pelo Governo para realizar o estudo às PPP, explicou que o estudo envolveu uma equipa média de 30 pessoas, que se orientou por "um extenso caderno de encargos".

Segundo José Gonzaga Rosa, o estudo, que aponta várias críticas aos contratos, iniciou-se em Março de 2012 e a equipa teve "cerca de dois meses para executar o trabalho de campo até Maio" do ano passado.

Nessa altura, a E&Y emitiu 36 relatórios - um para cada PPP - que foram sujeitos a contraditório por parte de entidades e, um mês mais tarde, foram emitidos novos relatórios, "incorporando já o resultado do contraditório".

Lusa/SOL


Repare-se bem nisto: o Governo ( o anterior e este) não tinham à mão e nos gabinetes os elementos julgados necessários para aquilatar o que se passava com as PPP.  Não tinham assessores ( que recrutam a eito, por outro lado e a pagar-lhe vencimentos de topo dos corpos especiais da função pública e até mais) capazes de olhar para aqueles 36 contratos  que pelos vistos precisaram de traduzir (!!!). Traduzir e peritar por alguém que não fala português e por isso pagar a um tradutor e a um "perito", mais de 100 mil euros pelo serviço.
No fim, ficaram pouco mais dos outros cem mil para pagar o "estudo"...

Se isto não é um escândalo público a carecer de intervenção do DIAP não sei o que é. E não foi o Governo do inenarrável quem o fez. No fundo isto é a explicação cabal para o que sucedeu com as PPP e já com este governo o que permite aquilatar o grau de corrupção política que grassa no nosso país.

 Peçam agora uma opinião aos alemães e contem-lhes como é que fizeram o "estudo" e quanto pagaram por isso. Isto é demais. É demais.

10 comentários:

rita disse...

Nem mais!
É mesmo DEMAIS!!!
E não temos quem nos valha (?!!!)

Manuel de Castro disse...

Não faz falta o varapau?

Floribundus disse...

a bancarrota aproxima-se cada dia que passa
ajs deu hoje mais um empurrão
a banca pensa que é governo

hoje preparei o 'coelho quase à caçadora' para o almoço de amanhã

no Paquistão o General Musharaf abandonou o tribunal, com a ajuda de guarda-costas e o desinteresse da Polícia, perante um juiz que o mandou prender
em breve estaremos por aí

Manuel de Castro disse...

A propósito de vergonhas, José. O que acha da sondagem do JN de ontem que dava salvo erro 41% a Menezes? Já me disseram que era uma sondagem feita pelo PSD para enganar o pagode da Invicta.

josé disse...

Sobre o Porto, passo.

S.T. disse...


Acrescento à indignação , os outros 230 contratos PPP que têem vindo a ser sancionados a cada quatro anos , desde 1974 ...

Unknown disse...

por isso, coloquei por aqui algures um comentário sobre a necessidade do estado contratar fora, um técnico para gerir a Dívida Pública Portuguesa, a preços do outro mundo,,, não entendo, aliás, entendo, somos brandos e não temos coluna... portanto normal.

Kaiser Soze disse...

Sobre o Porto:
Não sei se a sondagem foi uma encomenda mas o que posso dizer é que, como portuense, jamais votaria em Menezes e jamais votaria em quem tivesse tido como apoio de campanha o Relvas.
Jamais!

José Domingos disse...

Será que não aparece ninguém, que ponha isto na ordem, e julgue os culpados.
Está bem, sou salazarento.....

Manuel de Castro disse...

Acho que há cada vez mais salazarentos e que daí não vem grande mal ao mundo ... especialmente vendo ao que isto chegou!

A obscenidade do jornalismo televisivo