domingo, abril 07, 2013

O estado paralelo dos apaniguados políticos é o que nos afunda...

O articulista é insuspeito. Francisco Sarsfield Cabral, um autêntico comentador, há muitos anos, aliás, na R.R.:

Portugal precisa de reduzir a despesa pública. O Governo falhou ao não lançar uma verdadeira reforma do Estado logo quando iniciou funções. Agora terá de cortar onde puder e não onde seria mais razoável.

Foi ontem divulgado um manifesto de economistas e outras personalidades sobre este assunto vital. É uma contribuição positiva. Com certeza que a esmagadora maioria da despesa pública é mera transferência de dinheiro, com uma função redistributiva. A “máquina do Estado” não gasta com ela própria mais de 15% do total dessa despesa. Mas, por exemplo, existe um autêntico Estado paralelo, que consome muito dinheiro público de forma pouco transparente e sem utilidade comprovada. Ora, o Governo ainda não abanou sequer esse Estado paralelo, diz o manifesto.

O que se fez quanto às fundações foi curto e com muitos erros. O manifesto aponta 13 000 “estruturas sobrepostas” que vivem, pelo menos em parte, do Orçamento. E depois há inúmeros Observatórios, alguns inúteis. E gente a mais nos gabinetes dos ministros, etc. É urgente emagrecer a sério o Estado paralelo. 


A decisão do Tribunal Constitucional pode vir a revelar-se bem mais sensata do que parece... na medida em que alerte para o que ainda não foi feito, por motivos diversos. É exactamente por isso que escritos como este, ( o "este" é este palerma do ISCTE, um antro que já devia ter sido fechado como a Independente, embora por outras razões. Esse este é ainda comentador residente das anas lourenços que a Impresa alimenta pelas razões expostas) de um apaniguado político que deve andar desesperado por emprego com carro e motorista revelam mais do que expõem.

24 comentários:

Vivendi disse...

José,

As pessoas teimam em não perceber os números mais simples.

O que interessa agora é que o défice do Estado é de 10 mil milhões, e enquanto não o reduzirmos para zero, o endividamento não irá parar de crescer. É aritmética simples.

E para chegar a zero, a economia terá que ficar em cacos, porque baseou-se ao longo de décadas em empregos que não eram produtivos o suficiente para se pagarem a eles mesmos. Era preciso recorrer a crédito para continuar a andar.
Foi assim no Estado, nas famílias e nas empresas.

Em 1996:
PIB: 96 mil milhões
Dívida Estado: 54 mil milhões
Dívida Total: 90-100 mil milhões (aprox)

Em 2012:
PIB: 166 mil milhões
Dívida Estado: 200 mil milhões
Dívida Total: 700 mil milhões (é mais ainda mas não sei de cor)

Mas ainda há dúvidas de que gastámos mais do que podíamos?
É CLARO QUE VIVEMOS ACIMA DAS NOSSAS POSSIBILIDADES. MAS NÃO FOI MUITO NEM POUCO, FOI UMA BARBARIDADE!
Então o PIB cresceu pouco mais de metade e a dívida aumentou sete vezes. Mas está tudo maluco?

E o que é que fazíamos com todo esse crédito?
Comprávamos sobretudo coisas ao exterior, "que por azar", entra na fórmula do PIB com um sinal menos. O que ganhávamos nos consumos públicos e privados perdíamos nas importações, e pelo meio julgávamos que estávamos a enriquecer.

PIB = Consumo Privado + Consumo público + Investimento + Exportações - Importações

Era ver só carros novos, estradas, casas, prédios, centros comerciais cheios. Enfim, só podíamos estar a enriquecer certo? ERRADO.
Porque a dívida, essa sacana, ia crescendo pela calada, sem se mostrar.

E não foram só as PPP's, os submarinos, o BPN, e por aí fora que nos deixaram assim.
Esses epifenómenos foram um reflexo, uma consequência do modus vivendi instalado. E o modus vivendi era este:

Com crédito barato
se não usufruis
ou és tolo
ou és atrasado

A agricultura, o agro-florestal, a pecuária e a indústria de apoio ao setor primário, por muito que nos façam empobrecer (e farão, como referes), será a bitola que nos permitirá perceber que o que a terra nos dá é que definirá o grau de riqueza a que poderemos almejar.

E se quisermos mais, teremos que ser novamente navegadores, descobrir o que outros ainda não descobriram, sair daqui e procurar novos mundos. Mas tudo isto demora muito tempo.
Recorrer ao crédito para enriquecer não é ser navegador, é ser parolo.

Tiago Mestre
http://viriatosdaeconomia.blogspot.com/2013/04/bater-o-punho-parte-2.html

Floribundus disse...

os gajos do tc estavam a fugir envergonhados sem vontade de dar a cara. o outro coitado foi obrigado a falar e nada disse.

esta cambada não merece o dinheiro que recebe dos contribuintes.

interessa-me o país: os governos passam, os contribuintes sobrevivem apesar deles

é urgente defenestrar o 'MONSTRO': nacionalizar trnasportes, reduzir càmaras e deputados,
acabar com fundações, ppp, contribuição para partidos politicos, pareceres de advogados, .....

largar politicos e comentadores no alto mar numa balsa com comida para 24 h

Zé Luís disse...

Não tinha essa ideia, nem a presumia sequer, de o SC ser dos que desejam carro e motorista. E há muitos, muitos anos me lembro dele na TV, onde agora até aparece menos. A ligação à RR até sempre me pareceu uma carta de alforria.
Mas se puder concretizar mais e desmascarar o monstro eventual, gida o jose

Floribundus disse...

agora que já almoçaram recomendo a leitura do:
Financial Time
Wall Street Journal

o resto é 'conversa para boi dormir'

zazie disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
josé disse...

Zé Luís: tresleu. O que indiquei como estando faminto de carro e motorista é um palerma que assina como Pedro Adão e Silva, filho de maçónico antigo e que julga que o dinheiro nasce do chão por geração espontânea.

É seguir o "link". O Sarsfield Cabral é como diz: honesto e bom pensador ao longo dos anos. Desde os setenta, pelo menos e tenho provas disso aqui no blog porque juntei imagens antigas de O Jornal em que o mesmo já escrevia coisas acertadas nos anos setenta.

zazie disse...

Bem, eu não percebi o comentário do Zé Luís mas acho que ele também não sabe quem é o Pedro Adão e Silva.

Há muitos, muitos anos gatinhava.

zazie disse...

Exacto, estava a dizder isso mesmo agora.

O PAS é um cretino que anda ressabiado por falta de tacho.

aragonez disse...

Eu não percebo como não haverá maneira de dar mais mundo, ao mundo deste blogue.
Com os que pensam, à direita, ao centro ou à esquerda, mas pensam Portugal, a divulgação de ideias teria de ser sutentável!
Em vez de aturarmos a sovietização( nada a ver com União Soviética), das redacções e o quase unânime "pensamento" da intoxicação social.
AMDG!

Floribundus disse...

suponho que PAS será, neto do meu saudoso Amigo Dr.Armando, que foi GM do GOL, e filho da Dra Vera. a ser assim foi lawton da Loja Liberdade e Justiça do GOL. assisti à cerimónia.

nada nele se assemelha ao Avô, excelente criatura a quem a AD ficou muito a dever. assistia algumas das reuniões preparatórias.

conheci o Dr. Sarsfield num quarto de hospital quando ambos visitávamos o Prof Manuel Antunes (SJ), Amigo comum. fiquei com a melhor das impressões sobre ele.

quase posso contar pelos dedos as pessoas sérias que conheci

zazie disse...

Floribundos:

O padre Manuel Antunes pertenceu à maçonaria?

Mentat disse...

"O articulista é insuspeito."

Caro José

O único articulista/comentador que aparece nas televisões e é insuspeito chama-se Medina Carreira.
Por vezes não concordo com ele, mas por mim ele tem todo o direito de dizer o que lhe apetecer, porque é o único que nunca se calou, nem nunca se vergou.
Podem existir alguns que não sejam suspeitos, mas para mim, serem omissos durante 20 anos, e agora acharem que um governo com dois anos, já devia ter corrigido o que outros destruíram durante 30 anos, não lhes dá, aos meus olhos, nenhum valor especial.
Nem a esses “articulistas/comentadores”, nem a essas “eminências”, que só agora “descobriram” que o Estado está a abarrotar de estruturas inúteis, para servirem de “manjedoura” a uma manada de asnos.
Aliás, acho que já tem mais de 100 anos uma “sentença” que eu aplico a esses “vendedores de banha da cobra”:
“Já foi dito tudo o que é necessário para salvar Portugal, basta salvá-lo.”
(Deve ser mais ou menos assim e agora não me lembro o nome do Autor).
No século passado, efectivamente tivemos um Estadista que se sacrificou até à última na salvação e defesa de Portugal.
Chama-se Salazar, e nem admito que lhe chamem fascista nem ditador, porque basta ler meia-dúzia de artigos da constituição de 33, para se perceber que Ele fez questão que ficasse claro que o poder que exercia não estava na sua mão.
O Presidente podia-o demitir (como Humberto Delgado sabia) quando lhe apetecesse.
Aquilo que me parece, hoje em dia, é que o actual Primeiro-Ministro é vilmente atacado, não pelo que faz ou deixa de fazer, mas apenas porque, à semelhança de Salazar, não é de “boas famílias”.
Espero com algum nervosismo, que daqui a mais ou menos 2 horas, ele comprove o apreço que me merece e não me desiluda.
Vamos lá ver, se não se torna mais um, cuja minha vontade é defenestrar.
.

Floribundus disse...

Cara Zazie
o meu saudoso Amigo era apenas SG.
gostava de saber o que se passava no interior do GOL.
como trabalhava na Madragoa semanalmente convidava-o para almoçar num restaurante na
rua de Buenos Aires. ia buscá-lo e leva-lo a casa.
contava-lhe peripécias maçónicas que o deixavam divertido. faziamos projectos que terminaram com a sua morte (mataram-no de forma requintada). um dia no Porto em casa do Prof Carvalho Guerra contei a minha versão a Jesuítas seus amigos e deram-me razão.
publicou artigos meus na Brotéria sobre droga que depois sairam em livro.
contou-me histórias íntimas suas e do Prof Salazar.
estava muito próximo da posição do Papa Francisco. eu também

Zé Luís disse...

jose, não percebi, de facto, porque também nunca ouço a comentadeirice, sabendo quem são, incluso o PAS. O background deste desconheço, mas o falar redondo que lhe fui ouvindo deu para perceber ser um tipo da esquerda esquisita e indecifrável. Já o SS também ouço, e com gosto, desde há décadas.
Não percebi para onde quis passar a bola à distância.

Vivendi disse...

Chama-se Salazar, e nem admito que lhe chamem fascista nem ditador, porque basta ler meia-dúzia de artigos da constituição de 33, para se perceber que Ele fez questão que ficasse claro que o poder que exercia não estava na sua mão.

E a constituição de 33 foi referendada e não vivia acima das suas possibilidades.

josé disse...

Não quis passar bola alguma. Topei o escrito no Blasfémias e comentei. O tal PAS é um palerma que já tenho ouvido mais vezes na SIC-N. É obtuso.

zazie disse...

Floribundos: o que é SG?

É apenas por curiosidade que pergunto.

(foi meu prof e gostava muito dele)

Floribundus disse...

o Prof Salazar rodeou-se de diversos Maçons do GOLU (GOL em 85) como: Albino dos Reis, Caeiro da Mata e outros. os irmãos que ficaram no GOLU não o defenderam quando extinto em 35.
na década de 50 vi o gabinete do Eng (este era)Duarte Pacheco, Ministro das O.P. exposto num departamento da CML. pelos livros expostos num pequeno móvel deduzi que não era 'fassista'.

josé disse...

SJ em vez de SG...não? Sociedade de Jesus em vez de Secretário Geral...ahahahah!

Mentat disse...

Salazar escolhia as pessoas pelo seu valor, não pela sua ideologia.
O Engº Duarte Pacheco não comungava efectivamente da mesma ideologia de Salazar, mas da sua dedicação a Portugal.
Segundo Franco Nogueira (se bem me lembro) seria o sucessor escolhido por Salazar nas eleições pós Guerra, não fosse a tragédia que o vitimou.

Floribundus disse...

Cara Zazie
desculpe não saíu SJ por causa da minha distracção e não do desalinhamento das lentes progressivas,

sei que foi seu Prof. conheci-o através duma Prof da Fac de Letras. nasceu na Sertâ, vila que conheço desde garoto.

por várias referências creio termo-nos encontrado pelos anos 79-80. na altura andava a defender-me dos comunas como militante de base e ia muito pelo Campo Grande.

josé disse...

Passos Coelho acaba de dizer que vai tentar superar o problema reduzindo a despesa.

Vamos ver como vai fazer e desejo-lhe muito boa sorte, porque afinal não quer aumentar impostos.

Mentat disse...

Passos Coelho mostrou que é Homem.

hajapachorra disse...

SJ quer dizer Companhia de Jesus que é a tradução de Societas Iesus. O P. Manuel Antunes obviamente não era nem poderia ser aventalício. O grande respeito, ou medo?, de Salazar pela pedreirada viu-se quando mandou deitar abaixo a alta de Coimbra. Daquele crime inominável só uma casa se salvou, a do mestre-pedreiro Bissaya Barreto, que acabou por aderir à União Nacional e pertencer ao seu Comité Central, chegando mesmo a ser presidente da Junta Geral do Distrito e da Junta Provincial da Beira Litoral. Não se esqueçam que Salazar manteve a porcaria do regime republicano, ludibriando os monárquicos que o apoiaram.