O jornal Público de hoje consagra seis páginas, a primeira página e um editorial ( Amílcar Correia) ao tema da violência doméstica.
Os artigos nas páginas são assinados por Rita Marques Costa, Ana Henriques ( que volta a vilipendiar Neto de Moura), a artsy Bárbara Reis, Ana Dias Cordeiro e Natália Faria.
Para além disso, nas referias páginas, a entrevistada é uma mulher- Mariana Vieira da Silva a endógama filha do ministro- e em epígrafe referenciam-se 163 mulheres que subscreveram uma "carta aberta" não sei a quem, "pelo fim da violência doméstica".
No apontamento de reportagem acerca de uma reunião que ocorreu ontem, aparece a PGR Lucília Gago a explicar o que o MºPº irá fazer. O MºPº tem hoje mais mulheres magistradas do que homens.
No artigo sobre estatísticas aparece uma demógrafa, Maria João Valente Rosa.
Os homens em geral não existem para o Público, nestas matérias. A misandria, o horror aos homens em geral, parece-me evidente, neste caso.
Nem mesmo o dia internacional que hoje se celebra desculpa esta misandria.
O único homem visível em efígie e nome destas seis páginas? António Costa, primeiro-ministro a quem é oferecida a oportunidade mediática de cavalgar politicamente um evento. Um frete evidente.
Numa das citações escritas na pedra, apresenta-se o dito de Dostoievski " compara-se muitas vezes a crueldade do homem à das feras. mas isso é injuriar estas últimas". Suponho que aqui, "homem" será entendido como tal, no género e desacompanhado da mulher.
Estaria tentado a escrever "mais palavras para quê?", mas adianto apenas isto: se o Público entende que o problema da violência doméstica é caso para análise exclusiva de mulheres; se o Público entende que o problema da violência doméstica e assuntos correlativos dizem respeito aos homens como únicos agressores; se o Público entende que a palavra "doméstica" é por isso mesmo extravagante que passe a escrever violência masculina. É isso que os artigos comportam na sua essência.
Para o Público a violência feminina não existe. São sempre os homens que matam as mulheres. E os que se matam a seguir nem contam para a estatística, nem isso é violência alguma. Será uma variante do seppuku, costume japonês de antanho.
E por isso mesmo estas notícias são falsas. E muito falsas porque tentam passar uma percepção da realidade que exclui componentes essenciais para o seu entendimento cabal. È um jornalismo de Causa, evidentemente. Uma grande, grande vergonha.
Para além disso os artigos e entrevistas àquelas mulheres não acrescentam nada de nada à compreensão do problema. São apenas relatos de casos isolados e pessoais que a maior parte das pessoas conhece por experiência própria. Experimente cada um tentar lembrar-se de casos deste género e tentar perceber a respectiva génese ou etilogia de tais fenómenos e compare com os artigos do Público. Adiantam alguma coisa para tal percepção correcta da realidade ou são apenas verbo de encher páginas com propaganda a uma causa?
O Público anda doente. De misandria e misologia. De horror aos homens e ao raciocínio, à ciência e às palavras.
Daí mais esta feiquenius:
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