quinta-feira, março 28, 2019

A nossa pobreza é pior que isto...

Público de hoje, com chamada de capa:


Eis no que resulta a inveja nacional, possivelmente o maior defeito dos portugueses: somos mais pobres do que éramos há 50 anos e os ricos diminuíram, em Portugal. Há apenas 55 pessoas com uma fortuna acima de 55 milhões de euros. Alguns deles, são premiados no Euromilhões...

Que miséria de país em que nos tornamos por força da Esquerda da inveja e do marxismo.  Tenho por certo que  a inveja é o principal leit-motiv que anima eleitoralmente os que votam na Esquerda, do PS à Extrema-Esquerda radical do BE, passando pelos velhos comunas sempre contra o capitalismo.

Pior: parece que a OCDE concluiu que Portugal é o primeiro país europeu a exigir mais impostos sobre os ricos.

Esta mentalidade pirata que as filhas do pirata-mor, o velho Mortágua andam por aí a espalhar ainda predomina.

Que porca miseria!

REPARE-SE nesta confissão de um arrependido da esquerda socialista, José Manuel Fernandes. É muito instrutiva, desde logo porque deveria ser  intitulada "porque deixei de ser socialista"! :

Por outras palavras: não venho aqui dizer que não sou socialista apenas porque não tenho ou tive família no PS (até porque isso seria mentira), antes venho dizer precisamente o contrário. A primeira razão porque não sou socialista é porque aprendi a sua doutrina ainda na adolescência, época em que a sua lógica me enfeitiçou, tempo em que percorri os caminhos da ideologia até aos seus limites mais absurdos, tudo antes de compreender – felizmente ainda bem cedo – a mentira da ilusão e ter deixado de tentar justificar todas as tragédias associadas.

Para mim tudo começou muito cedo, aos 13, 14 anos, quando o meu pai me deu a ler um pequeno opúsculo de Léon Blum, o primeiro socialista a dirigir um governo em França, nos anos da Frente Popular. Nele se procurava explicar o que era o socialismo e, para além de todas as ideias de justiça social, pareceu-me de uma lógica inatacável a ideia de que a economia funcionaria muito melhor existindo planeamento central. Sendo eu então um miúdo com uma fé quase ilimitada no conhecimento científico, era para mim claro que assim se evitaria o desperdício e mais facilmente se garantiria que haveria bens que chegassem para todos. Conhecíamos as necessidades, só havia que organizar a sua produção e distribuição.

Hoje, quase 50 anos depois, sorrio da minha ingenuidade. Na verdade tudo no planeamento central contraria a natureza humana, limita a inovação, estimula a preguiça e conduz à servidão. Tudo no planeamento central leva, mesmo no mais eficiente dos regimes, à produção de Trabant’s, enquanto a “caótica” concorrência vai produzindo Mercedes, Audi’s e e BMW’s.

E não, não descartem já este exemplo por exagerado, pois sei bem que há uma enorme, uma gigantesca distância entre o socialismo democrático de Léon Blum – o ramo a que pertence o nosso PS – e as muitas variantes totalitárias filhas da Revolução Russa e do leninismo – o tronco de que brotou o PCP mas também o Bloco de Esquerda. Contudo não podemos descartar os ensinamentos de décadas de “socialismo real”, sem economia de mercado, até porque não é preciso acabar com as eleições para vermos onde nos leva uma economia onde o Estado trata de mandar em tudo – basta olhar para o que se está a passar na Venezuela.


Há cerca de 50 anos havia um governante e um governo em Portugal que não era socialista e tinha  o pensamento certo acerca do desenvolvimento do país. É a esse governante e a esse governo que pessoas, eventualmente como José Manuel Fernandes chamam fascista.

Pois então seria bom ler o que dizia Marcello Caetano em 8 de Janeiro de 1969 e a revista Vida Mundial reproduziu e comentou. Atente-se às considerações sobre o modelo económico, afinal o que José Manuel Fernandes agora também defende ( só agora!): 




A revista tinha esta capa, com um cripto-comunista...o que denota que a democracia actua é mais censória de ideias do que há 50 anos o tal fassismo...


Como é que se enganavam os tolos mesmo nesta revista e neste número? Assim:


Sem comentários:

O Público activista e relapso