Santana Castilho, no Público de hoje, escreve uma crónica sobre o relatório do Ministério da Educação atribuído à OCDE e que afinal, é produto da casa, cujos gastos em estudos já são sobejamente conhecidos e de alto valor pedagógico. Por algumas horas, o tempo de se descobrir e denunciar publicamente a aldrabice, foi um "relatório da OCDE".
Ontem, a ministra, sempre tensa, jurava mais uma vez que nunca disse que era da OCDE. Nem o PM o dissera, também asseverou numa defesa inútil.
Qual quê! Ninguém ouviu o que o PM disse e o que esteve escrito no sítio oficial do PS, afinal nunca existiu.
As aldrabices, para esta gente, vão-se tornando quase uma natural forma de expressão
Portanto, a crónica de Santana Castilho merece ser lida, em passagens como esta:
" A cena macaca não surpreende. Estamos habituados. Mas a macacada da cena merece comentário, até porque a pagámos a bom preço [ segundo a ministra incrível e sempre tensa, custou qualquer coisa entre 40 e 50 mil euros. Pouca coisa para quem gere o dinheiro de todos]. A coisa não é um relatório de avaliação séria e credível. É um mero texto opinativo, de estilo duvidoso. Pouco me importa o currículo dos autores, quando as 93 páginas que produziram são de uma pobreza que dói."
Fica aqui a passagem como testemunho desta aldrabice que custou "entre 40 a 50 mil euros" ao erário público ( a ministra sempre tensa, não sabia bem. São minudências estas coisas dos honorários a peritos e custos de estudos e pareceres).
A ministra sempre tensa, ontem na AR, teve ainda o desplante de dizer que com estas críticas, no futuro, não teríamos peritos do gabarito daqueles que convidou, para elaborar seja o que for.
É preciso não ter noção do ridículo, para dizer uma coisa destas. Precisamente por isso é que a uma interpelação de Pedro Duarte (JSD) que falou em crimes cometidos, a ministra sempre tensa, ficou ainda mais tensa para lhe replicar, em tom de ameaça : "não me esqueci do que disse" .
Espero que não, porque aqui pode ter a certeza que também não esquece o que anda a dizer e principalmente a fazer: mal ao ensino e ao país. De modo criminoso, de facto. Porque não há crime socialmente mais penoso do que afundar a qualidade da Educação como o anda a fazer.