quinta-feira, fevereiro 19, 2009

É Carnaval...ninguém leva a mal.

Uma notícia surreal no Diário Digital:

O Ministério Público (MP) enviou um fax à Câmara Municpal de Torres Vedras proibindo a inclusão de uma sátira ao computador portátil «Magalhães», disse o presidente da autarquia, Carlos Miguel, em declarações à Antena 1.

«Fomos surpreendidos agora cerca da uma hora com um fax do Ministério Público assinado pela senhora delegada do 1º juízo, a qual nos dá um prazo até às 15h30 para retirar o conteúdo do computador Magalhães», referiu o autarca.

«Achamos que pela primeira vez após o 25 de Abril temos um acto de censura aos conteúdos do Carnaval de Torres», acrescentou.

Segundo Carlos Miguel, «o que existe é uma sátira ao computador Magalhães com um autocolante que se pressupõe que seja o ecrã».

Adenda, às 21h e 20m:

No noticiário da SIC-Notícias, Mário Crespo glosa o assunto, com a presença do responsável pelo Carnaval de Torres Vedras, (advogado) e muito cuidadoso e diplomata. Pronuncia o nome da responsável pelo MP local, várias vezes ( Cristina Anjos), autora da intimação censória. Uma pessoa ainda jovem, diz o advogado diplomata.

O responsável lá vai repetindo que a "senhora procuradora-adjunta", até ficou admirada quando viu o "corpo de delito", nada parecendo aquilo que julgara antes e justificara a apreensão do "objecto pornográfico"...pelos vistos as imagens pouco ou nada terão de pornográfico.

Manhoso, Mário Crespo, pergunta qual a distância do tribunal ao local do crime: umas centenas de metros. Poucas.

Enfim.

ADITAMENTO, às 16h:

Do mal, o menos.

Público , última hora:

A sátira ao computador Magalhães, que tinha sido ontem censurada por conter “conteúdo pornográfico”, afinal vai estar presente do “Monumento” do Carnaval de Torres Vedras. O autarca Carlos Miguel pediu uma autorização para colocar uma nova imagem, igual à original, no local onde agora se lê “Conteúdo removido/censurado por ordem da senhora procuradora-adjunta da Primeira Delegação do Tribunal de Torres Vedras”. A procuradora-adjunta Cristina Anjos reconsiderou e deu luz verde.
(...)
Para a autarquia o recuo não é de estranhar, uma vez que ontem a procuradora, quando recebeu o autocolante no tribunal, admitiu que se baseou numa fotografia desfocada quando tomou a primeira decisão e que se se tivesse dirigido ao local teria considerado as imagens “inócuas”.

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