Hoje, no programa da SIC-Notícias, Dia D, declarou à entrevistadora Ana Lourenço que conhece bem o tipo de campanhas que assola o actual PM, porque já foi vítima de uma, desse género. E era inocente e foi injustiçado e até hoje ainda não limpou a imagem.
De facto, parece que não.
Edmundo Pedro, anda há muitos anos com a sombra de contrabandista atrás da figura. Já por duas vezes, na tv, tentou afastar a sombra perniciosa, mas sem grande sucesso.
Porquê, esta sombra? Terá razão de ser?
Edmundo Pedro, em Janeiro de 1978 era presidente da RTP e foi preso pela PJ, em 12 de Janeiro de 1978, por causa de ter sido apanhado com 33 espingardas G3 que lhe tinham sido entregues em 25 de Novembro de 1975.
Segundo hoje declarou e já tinha declarado antes, as armas foram-lhe entregues por Ramalho Eanes ( outro que estes dias se manifestou sobre o medo), para a eventualidade de uma guerra civil com as facções da extrema-esquerda que tinham tomado conta da rua, durante o PREC, com apoio velado do PCP.
Muitos dos elementos dessa extrema-esquerda que na altura, seriam alvo dessas G3, andam por aí, feitos pigmeus, a papaguear os novos slogans.
Ainda assim, O Jornal de 13.1.1978, conta a história das G3 e também do contrabando de electrodomésticos de que Edmundo Pedro era suspeito. Por motivos que se podem ler, clicando nas imagens. Era o Expresso e era a sociedade de então, de Lisboa, a falar à boca cheia. E até um certo cronista da Gente, um tal MRS, escrevia e gozava com o assunto. É bom lembrar estas coisas, a quem parece esquecido. E não é por causa da idade.
O artigo de O Jornal não está assinado, portanto é da responsabilidade da direcção do jornal, na altura, de José Carlos de Vasconcelos. Anda por aí. Dirige o Jornal de Letras. De vez em quando vai à televisão. Porque não lhe perguntam porque escreveu o que escreveu? Porque não lhe perguntam se o jornalismo de então, assim escrito, era também de "campanha negra"?
Custa assim tanto, um telefonema?

