“Enfrentamos uma crise social enorme que está a ser ainda pior devido à acção dos políticos. Ainda no outro dia ouvi um político na televisão a falar do capital como uns malandros que tudo estragam e nada estão a fazer.
Esquecem-se que 25 de Abril houve um, não dois. A iniciativa privada não tem que aturar isto e, se assim for, passem muito bem que nós temos para onde ir.”
A crise, diz também, é ainda agravada pela “demagogia intolerável do primeiro-ministro”, quando vem falar em como os ricos deveriam ajudar os pobres. José Sócrates anunciou no fim de semana que pretende aliviar a carga fiscal da classe média.
Também os sindicatos foram alvo da crítica de Alexandre Soares dos Santos. “É pena que tenhamos sindicatos que incentivam à greve numa altura em que as empresas estão mal. É uma atitude retrógrada e cretina e que mais que prejudicar o país prejudica os associados sindicais”, lamentou.
Por fim nem o Parlamento escapou à onda de críticas do empresário. “Temos um parlamento que nada discute, nada controla”.
A Jerónimo Martins tem mais de 200 anos de história, mais de 40 000 "colaboradores" e 1400 lojas, com mais de milhão e meio de clientes diários.
Vende coisas às pessoas e o dono do grupo, não está satisfeito com as políticas e acção deste governo e regime.
Vai ser trucidado pela Cooperativa do Sistema, se esta entrevista for difundida pelos media habituais.