Paulo Morais no D.N.:
(...)
Como exemplo da gestão danosa dos dinheiros públicos, Paulo Morais referiu uma fórmula de cálculo inserida no contrato de uma PPP, numa auto-estrada em Viana do Castelo, em que o concessionário paga multas, ou recebe prémios do Estado, em função da taxa de sinistralidade.
"Se a sinistralidade aumentar 10%, o concessionário tem de pagar uma multa de 600 mil euros, mas, se houver uma redução de 10% na sinistralidade, o Estado tem de pagar à empresa 30 milhões de euros", disse.
"Quem assinou o contrato, só por isso, devia estar preso", sentenciou.
Referindo-se à nacionalização do BPN, Paulo Morais lembrou que o anterior governo socialista nacionalizou apenas os prejuízos, que estão a ser pagos pelo povo português, e permitiu que os accionistas da SLN - Sociedade Lusa de Negócios (agora com o nome Galilei), detentora do banco, ficasse com os activos e com todas as empresas lucrativas.
Paulo Morais garantiu, no entanto, que "se houver vontade política e se a justiça atuar como deve, o Estado ainda pode recuperar três ou quatro mil milhões de euros, através dos activos do grupo Galilei e das contas bancárias dos principais accionistas".
A aquisição de dois submarinos à Alemanha é, segundo Paulo Morais, mais uma caso de "corrupção comprovada", não pelos tribunais portugueses, mas pelos tribunais da Alemanha.
"Na Alemanha há pessoas [acusadas de corrupção] a dormirem todos os dias na cadeia", disse.
Nestes assuntos, a RTP e outras tv´s fazem como as avestruzes do país positivo: no pasa nada que possam ver e relatar. Se o fizessem, os ferreiras, carvalhos e lourenços perdiam as rendas das suas ppp´s , as parcerias politico-partidárias que ajudam a construir a imagem de um país positivo paralelo.
12 comentários:
hehehe...
Desde que se foi Salazar este país ficou completamente à "solta"!
Um país cheio de loucuras travestisdas sobre o manto da liberdade.
Caro José
Essa entrevista pode ser vista aqui;
http://portugalglorioso.blogspot.pt/2013/04/paulo-morais-poe-boca-no-trombone.html
Cumprimentos
F Tavares
nada adianta falar se a magistratura (não confundir com justiça) ficar parada a assobiar para o lado, como se tem verificado
Balsemão esteve em todas, desde a morte de Sá Carneiro.
E continua porque a Impresa é a actual agência de informação do regime.
Isto, se não mudar não muda nada em Portugal.
a Ongoing, com todos os defeitos, poderia ter sido a mudança.Por alguma razão aconteceu o que aconteceu.
Balsemão, Ricardo Salgado, Macau e Stanley Ho e o soarismo mais os escritórios de advocacia ( dois ou três) mais o devorismo de alguns psd, foram os responsáveis por isto que temos.
Os símbolos máximos desta tragédia' Dois mais um: Proença de Carvalho e Dias Loureiro e Jorge Coelho.
São compadres.
fui o militante 29 do PPD.
nunca vi a criatura embalsamada ou 'múmia paralítica'.
na noite de 25 de setembro apenas 10 militantes acompanharam Sá Carneiro na sede da av 'do quilólé'.
os seus negócios estiveram sempre em primeiro lugar.
a título definitivo deixei o partido ou caco em 1985, depois do 'sucesso balsâmico'
hoje tenho vergonha de dizer que me interessei pela política antes e depois da revolução socialista de 25.iv
vem aí seguramente mais uma fatura
Macau passou em grande medida pela Fundação Oriente e Grande Oriente, com melâncias e outros frutos do ps: canas, o amigo de JA Barreiros...
o Jorge preferiu adquirir a naturalidade Chinesa a continuar nesta ...
« O desvio ( nas PPP Rodoviárias ) em 2011 - contas feitas e pagas - foi de quase 900 milhões . Ou seja , em 2011 , a redução salarial que houve na função pública e o aumento de impostos , foram direitinhos para o bolso do Sr. António Mota - da Mota Engil - e associados »
O Paulo Morais e a forma como denuncia (ainda que pareça que ninguém ouve) é mais uma demonstração de um país de brandos costumes que, muitas das vezes, me irrita.
Num país "normal" as denúncias e a forma sustentada como as faz levariam a que ou houvesse pessoal engavetado ou que já tivessem tratado de o engavetar, de uma forma ou de outra, a ele.
Sucede que Portugal não é um país normal...
« Num país "normal" as denúncias e a forma sustentada como as faz levariam a que ou houvesse pessoal engavetado »
Sintoma por demais evidente de que a Justiça que temos , se não é conivente é pelo menos refém do poder político . Vamos esperar para ver , na especialidade , como vão ser aplicadas - aos juízes , como aos deputados - os agora anunciados cortes na função pública .
Por acaso eu até tinha uma ideia para a aplicação de determinadas leis.
Por exemplo, gostaria que a lei para limitação de mandatos de autarcas fosse aplicada aos deputados.
"Por exemplo, gostaria que a lei para limitação de mandatos de autarcas fosse aplicada aos deputados."
Caro Kaiser Soze
Esse, é mesmo o único caso, em que eu acho alguma lógica à limitação de mandatos.
Pelo menos, até que a eleição fosse feita por círculos uninominais.
A que propósito, já que se fala tanto de “equidade”, “democracia”, etc., podem existir pessoas eleitas, durante dezenas de anos, sem que ninguém saiba quem são?
Quando digo ninguém, refiro-me aos eleitores.
Como é que, alguma vez, aquela histérica dos “verdes melancia” seria eleita?
E já lá está, há mais duma dezena de anos.
A que propósito se limita o direito duma comunidade de escolher o seu líder local, pelos mandatos que lhes apetecer?
Essa limitação de mandatos, só aplicável a autarcas, é apenas o comprovativo que vivemos numa república das bananas.
Como os eméritos, eminentes e honestíssimos actores da “justiça” de Portugal assumem claramente que não conseguem controlar e condenar a corrupção autárquica, então o melhor mesmo (para eles), é limitar o tempo em que esse pessoal pode roubar.
Além disso, como é que alimentam as máquinas partidárias?
Aumenta-se a oferta de “jobs for the boys”.
E a discussão do “de” e do “da”, é tão patética, que eu espero que fora de fronteiras, não lhe prestem atenção, porque o assunto envergonha-me como Português.
Mas são os Deputados que aprovam as leis que mais afectam o todo nacional.
Eu estou-me nas tintas, para que o Povo residente na “Porcalhota de Baixo”, lhes dê na veneta elegerem, pelo tempo que quiserem, o presidente da Câmara ou da Freguesia.
É lá com eles, não me diz respeito.
Só temos que os vigiar, para se ter a certeza que esses eleitos não estão, ou não vão roubar o erário público.
Bolas!
Nos EUA o Governador do Estado donde o Obama era senador, foi preso, nem o Obama ainda tinha tomado posse, por ter tentado “vender” o lugar vago de senador.
Mas com esse tipo de celeridade na aplicação da justiça, nem me atrevo a sonhar.
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