Até ao dia 25 de Abril de 1974 ensinavam-se nos antigos liceus, no sétimo ano ( actual 11º) rudimentos bem desenvolvidos e bem explicados sobre a organização do nosso Estado, então dito Corporativo. O tal que os comunistas, socialistas e compagnons de route para os amanhãs a cantar insistem em classificar como "fascista". Ainda hoje. E com alguma razão porque a Constituição da República Portuguesa aprovada em 1976 ( publicada em 10 de Abril de 1976) tinha um preâmbulo surrealista. Assim:
Não foi mudada uma vírgula sequer, nas revisões de 1982, 1989, 1992, 1997, 2001, 2004 e 2005. Querem ver? Aqui fica o preâmbulo da última revisão constitucional de 2005:
Não admira por isso que agora se questione se vale a pena ensinar direito constitucional ( a Constituição) aos alunos do actual secundário. Ensinar o quê, afinal? Balelas? A história da tomada de poder ideológico pela esquerda comunista e socialista, sem oposição válida dos que não aceitam esse programa e tem contemporizado ao longo de décadas com essas balelas sem as denunciar explicitamente?
No dia 25 de Abril de 1974, mais precisamente no dia seguinte, 26 de Abril, uma Sexta-Feira, costumava ter no Liceu que então frequentava, aula de OPAN. Pois foi essa a primeira vítima da Revolução cultural que se seguiu: acabou logo ali, para gáudio dos alunos que achavam aquilo e o modo como era ensinada, uma "seca", como agora se diz. Nesse dia, o professor apareceu na aula para explicar que não valia a pena ensinar nada mais daquilo porque em Abril o programa já abrangia o estudo de matérias que provavelmente iriam ser alteradas. E assim foi. Acabou a OPAN que ficou como símbolo cultural do "fassismo" dito por um sibilante Domingos Abrantes de dentes raros.
No entanto, com o recuo do tempo de décadas é possível verificar que o estudo dessa matéria nos dias que correm não fazia nada mal aos alunos do secundário e tirando os textos fundamentais de então ( Constituição Política de 1933, Estatuto do Trabalho Nacional, Código Administrativo ( este menos), Lei Orgânica do Ultramar e Acordo Missionário) as "noções fundamentais" continuam a ser as mesmas.
Ora verifique-se o índice do manual...
E nestas duas páginas ( mais duas que acrescentei para que se possa ler o que já não se lê, agora, em lado nenhum) de texto percebe-se que os alunos de então eram expostos mais cedo a certas realidades cívicas e políticas que actualmente nem cheiram, sequer nas faculdades. E dizem que o Estado Corporativo de Marcello Caetano era "fassista", "obscurantista" e outros istas...