Daqui retirei esta imagem:
Esta revista tirou a sua primeira edição nacional em 1 de Maio de 1975. O director da publicação comunista pró-soviética era um tal Manuel Alberto Valente.
Sabem o que faz agora? É director editorial do grupo Porto Editora, grupo cuja história merecia ser contada pelo jornalismo luso. Não o do "país positivo" mas o que procura mostrar a verdade da nossa desgraça colectiva.
Ninguém, na Europa ocidental, passou por isto que nós passamos.
11 comentários:
a porto antifascista ou social-fascista editora tem livros de capa vermelha desmaiada.
a 8a edição que possuo tem uma gralha no alto da pag. 428 (caracomancia o 1º a devia ser o)
andam por aí todos bem instalados na vida
o país cada dia mais atrasado mentalmente não consegue seguramente recuperar da ditadura do proletariado.
aqui nunca mais cai o muro da vergonha
não dou muito menos vendo conselhos por falta de nicho de mercado
para entender o síndrome de Münchenhausen instalado no rectângulo
tem interesse ver o conjunto de sintomas que acompanham os problemas psiquiátricos que danificam a sociedade portuguesa, devido à presença das narrativas Barões Parlapatões da política.
hoje o telejornal (mesmo sem som) mostrava Rilhafoles em auto-gestão.
A catequese do Homem Novo e mulato vem nos livros...
Os nossos comunas ainda hoje vêem grandes virtudes naquele modelo. Tantos anos depois de a União Soviética ter acabado ainda sonham com o pesadelo, o que dá conta da actualidade do pensamento dessas cabeças sempre fervilhantes e expõe a qualidade destes visionários.
As editores recebem 200 milhões do Estado. Livros pagos aos alunos carenciados.
No Secundários os bons alunos são obrigados a comprar mais que um manual às discplinas específicas, pois há manuais incompletos. Fora os guias de acesso e os livros de exercícios. Há quem gaste mais de 500 euros no último ano do Secundário, em livros.
A Porta Editora tem comido, e bem, com o sistema, que espolia todos os anos o Estado e o bolso das famílias.
O Estado não põe ponto final à sangria porque não quer. Bastaria lançar um manual único por disciplina com todos os exercícios modelo possíveis de ser avaliados em exame. Em PDF no site do Ministério. Com a condição que seria apenas alvo de avaliação o que estava no manual do Ministério. Depois, ficaria ao critério dos professores, alunos e famílias complementar com outros manuais.
Nos tempos da telescola os livros eram baratos e feitos na Imprensa Nacional. Os testes vinham do Ministério, eram exigentes e apenas se avaliava o que estava no livro. O aluno sabia portanto por onde estudar para garantir nota máxima.
*editoras
A Porto Editora teve direito a uma PPP. E fica-nos muito cara.
Quem é o responsável por isso? Provavelmente o Cavaco. Ou o Guterres. Os seus ministros da Educação. Os nomes?
Isso é o mais fácil:
1987-1991- Roberto Carneiro, o maior. Aquele de discurso redondamente articulado com o Grilo falante.
Teve como ajudantes de campo, José Alarcão Troni, Alberto Ralha e Pedro Cunha e Menezes.
1991-1995- Ferreira Leite. Sim, essa mesmo que agora aparece a falar como se nada se passasse com ela. Teve como Secretários de Estado Manuel Castro Almeida, Pedro Lynce e Carlos Coelho. Qualquer um destes sabe o que aconteceu, mas desconfio que o que sabe melhor é o Castro Almeida.
Talvez nem seja preciso ir aos governos de Guterres, mas como democraticamente tal é aconselhável temos de 1995 a 1999:
Eduardo Marçal Grilo, o coleccionador de campainhas de bicicleta e que teve como secretários de Estado, Guilherme de Oliveira Martins, outro coleccionador de tintins e que agora é presidente do tribunal de Contas; Ana Maria Benavente que deve saber muitíssimo bem como isto sucedeu e Alfredo Jorge Silva.
Para terminar, de 1999 a 2002, mas talvez nem valha a pena porque o mal já estava feito:
Júlio Pedrosa que teve como secretários de Estado as luminárias João Marnoto Praia, Pedro Lourtie e Domingos Barros Fernandes.
Por mim se quisesse saber mais perguntaria a duas pessoas: Castro Almeida e Ana Benavente, com destaque para esta última...
Quando penso nestes nomes e nos seus assessores tremo. Porque foram eles que abandalharam isto tudo.
Que crime!
A algumas disciplinas em alguns anos lectivos nem são necessários manuais. Bastaria resumos, textos de apoio, fichas de exercícios. Tudo feito pelo professor. Em contrapartida, libertem os professores das burocracias da escola pública estalinista.
A Porto Editora, através de algumas personagens influentes da sua esfera, foi muito responsável pela promoção e divulgação do Novo Acordo Ortográfico. Basta fazer uma co-relação de factos para compreender as ramificações dos interesses.
"Basta fazer uma co-relação de factos para compreender as ramificações dos interesses."
Pois basta mas ninguém as faz. E muito menos no Porto.
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