quarta-feira, maio 01, 2013

Quem é que inventou o ensino que temos agora?

Sim..quem foi? Alguém há-de ter sido e é esse alguém que todos precisamos de saber quem seja. Quem fez os manuais, quem elaborou os programas, quem gizou planos de ensino e "aprendizagem", quem "implementou" esses planos; quem formou e onde, com quem e como. Quem ensinou quem, em suma.

Precisamos urgentemente de nomes para colocar na praça pública da vergonha nacional. Basta de anonimato porque precisamos de nomes para lhes atirar ovos podres. O crime continuado que cometeram é mais grave do que os bpp´s bpn´s e ppp´s todos juntos. E com uma agravante de monta: além de não se reconhecerem culpados ainda se ufanam da obra.

6 comentários:

JC disse...

Esta talvez saiba quem foi.

"Abril na Educação"

Maria de Lurdes Rodrigues

"A partir de um sistema de ensino herdado do Estado Novo, organizado para proporcionar a 4.ª classe, ou quatro anos de escolaridade para as crianças com seis a dez anos de idade, foi progressivamente construído o atual sistema de 12 anos de escolaridade, abrangendo todas as crianças e jovens entre os três e os 18 anos."

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/abril-na-educacao-1592831


josé disse...

Essa, saber? É exactamente o que lhe falta. Ela nem sabe distinguir a diferença porque o que aprendeu, se é que aprendeu, foi a lidar com números e estatística básica. Tipo, temos 100 mil e par ao ano queremos ter 120 mil.

josé disse...

Burros, como ela.

Floribundus disse...

antes dela houve os grácios e outras desgraças

no meu tempo do Bairro Latino 'eles trabalhavam nos bátimans e elas nos birús'

agora eles rebolam caixotes nos hipers e elas limpam cagadeiras nos centros comerciais, como pude verificar esta manhã

Mentat disse...

"...se é que aprendeu, foi a lidar com números e estatística básica."

Caro José

Mas foi exactamente por esse meio (e por essa razão) que se destruiu o ensino em Portugal.
Para mim o principal culpado chama-se Roberto Carneiro e o correspondente 1º ministro, Cavaco Silva.
Claro que os antecessores do PREC tiveram culpa e os sucessores, idem.
Era preciso mudar as estatísticas de sucesso escolar e eles conseguiram-no.
E nem é preciso saber muita matemática para saber como é que isso se faz.
Baixa-se o nível de exigência, acabam-se com os exames, acabam-se com as notas de 0 a 20, e pronto.
Além de se ter baixado o nível de prestigio da carreira de Professor.
Sempre frequentei o ensino público.
Na escola primária o meu Professor era do Magistério mas estava a estudar para Engenheiro.
Eu tive Professores no Liceu Camões que eram Doutores (não Drs).
Os culpados foram quem deixou que aquele montão de gentinha, que nunca conseguiria acabar o curso no Técnico (e de muitas outras faculdades), fosse dar aulas quando chegava às 22 cadeiras, baixou brutalmente e estupidamente o nível e o prestigio de ser Professor.
Os culpados foram quem os englobou nos quadros da função pública, com o mesmo nível daquelas pessoas que eram mesmo Professores.
Eu conheci Professores que se sentiram no mínimo magoados, com a situação.
Outros dois culpados chamam-se Ferreira Leite e Guterres, mas continuo a achar que os criadores do “monstro” foram Roberto Carneiro e Cavaco Silva.
.

josé disse...

Mentat:

Não discordo inteiramente de si. Acrescento porém que as ideias de Roberto Carneiro são peregrinas e é preciso saber de onde vieram.

Cavaco, esse, é um ignorante arrogante. Ainda hoje.Uma desgraça para o país. Uma tragédia, mesmo, porque todos os males fundamentais do país, nos últimos trinta anos tiveram a sua assinatura.

Vejamos: foi o responsável pela ascensão de medíocres que assentaram arraiais no PSD. Criminosos também porque não lhes pôs cobro quando poderia tê-lo feito. Encobriu-os, até, como no caso do ministério da Saúde e do BPN de Oliveira Costa um seu antigo secretário de Estado.

No capítulo do ensino é preciso não esquecer que Cavaco fez a escola técnica. Foi aluno "pobre" ou seja, não frequentou o liceu, que era para os filhos da burguesia como dizia o Rui Grácio que normalizou tudo, unificando o ensino.
Cavaco deve ter achado bem, claro.

Depois, nos anos oitenta, os fundos estruturais serviram para a parolice de que o mesmo era um expoente e continua a ser. Em vez de seriedade e pensamento estruturado, foi o bodo aos pobres.
O que diria um Caetano disto?

Como é que Cavaco privatizou o que foi expoliado em 1975?

Mal. Em vez de tentar assegurar uma saída honrosa para o Estado não ficar prejudicado mais do que fora com os comunistas e socialistas, deu em arranjos feitos por alguns dos seus apaniguados que depois disso se estabeleceram ( Proença de Carvalho, por exemplo) no sistema como referências inalteráveis. Um crime, isto.
Depois, não conseguiu reestruturar as indústrias e agricultura porque acreditou que a CEE era o maná que vinha do deserto para nos salvar de tudo.

Qual o ponto positivo de Cavaco, no meio desta desgraça? O cuidado com as contas não passarem de níveis de susto como aconteceu com Guterres e principalmente o Inenarrável, nos anos 2005 e por aí fora.



O Público activista e relapso