Os obituários de hoje são todos iguais, podendo ser escritos por um robot adequado ao assunto e que pelos vistos está já em mente dos inteligentes da artificialidade. Estes que agora escrevem nos jornais, obituários como estes, são apenas os precursores dessa inteligência.
Aqui estão eles:
Em primeiro lugar o Público, o mais pedante de todos estes robots que cataloga numa página os lugares comuns da escrita codificada na internet.
Em segundo lugar o Diário de Notícias, um pouco mais sofisticado na medida em que associa politicamente o falecido a uma das "bestas" no neo-liberalismo e faz disso uma trocadilho, com foto a condizer. De resto quem escreve Wired Magazine, de Louis Rossetto, como se fosse o título da revista, nem a revista conhece bem.
A seguir o i, com duas páginas também muito bem apedantadas em que até tentam explicar o que são as "técnicas" do "novo jornalismo", eventualmente com recurso a sebentas dos cursilhos de comunicação social existentes.
O que me irrita mais neste pseudo-jornalismo de cópia integral e remisturada é o modo de escrita, diacronizando os tempos dos verbos. Ora, no presente situado, ora num passado que nunca visitaram, nem sequer em sonhos. Tudo copiado, portanto. E sem qualquer menção da fonte, para além das citações que aparecem aspadas.
Este jornalismo de cópia em segunda mão é uma desgraça nacional nestes jornais ditos de referência.
Por isso podem bem limpar as mãos à parede e ler o que escreveu o Correio da Manhã, sem peneiras, sintético, embora tudo copiado, também.
Evidentemente o obituário real e adequado vem ao lado, assinado por Francisco José Viegas que acredito tenha lido pelo menos A Fogueira das Vaidades. Quanto a conhecer os artigos da Rolling Stone ou da Esquire isso é que tenho quase a certeza: nunca os topou. Precisava de ter mais cinco anos para tal...
Estas pessoas não têm vergonha? Acham que isto é que é ser jornalista?
Resta dizer quanto a estes obituários, que acabei de os recortar e arquivar. Para memória futura.
18 comentários:
RIP Tom Wolfe.
A última frase é demais :) … os auto-intitulados jornalistas da praça deviam colocar os olhos neste blogue. A ver se aprendem alguma coisa. Daqui a uns anos estão a fazer as mesmas figuras tristinhas de sempre.
Foro do tópico: Onde anda o Muja?
Estive a ler o comunicado da Coreia do Norte sobre as negociações com os EUA e achei duro, sem papas na língua e principalmente de grande dignidade. De facto algo está muito mal no planeta quando a maior democracia ocidental está entregue a um bando de cangaceiros ao ponto de eu, um anti-comunista primário, ter de dar razão ao little rocket man.
E isto: "We shed light on the quality of Bolton already in the past, and we do not hide our feelings of repugnance towards him." Ouch.
É evidente que só erra quem faz alguma coisa. Quem não faz coisa alguma dedica-se a encontrar defeitos no trabalho alheio.
São os velhotes mirones das obras nos centros das cidades. Uma chusma deles a botar abaixo a obra por isto ou por aquilo. Não tem nada propor, excepto dizer mal de quem faz alguma coisa.
Estes meninos nunca erram. São perfeitos. Nao erram porque não fazem. Limitam-se a tirar fotocópias dos trabalhos dos outros.
Rb
SIMPLESMENTE MARAVILHOSO, NINGUÉM FAZ ESTE TRABALHO INTELECTUAL, SEMPRE A APRENDER. CONHEÇO MAS NÃO COM ESTES PORMENORES. desculpe a letra maiúscula mas estou a escrever na tablet de meu pequeno sobrinho e as teclas são minúsculas. a tecnologia está a matar o ser humano adulto.
Ando por aqui, JRF; mas, por ora, a correr e sem vagar pois... vou-me casar!
Eh lá! Isso merece um brinde da casa.
Saia um Tocqueville à pressão...
Ahahahah!
dá vontade de dizer ao jornalixos
“Arranjo-lhes um lugar no desemprego e dessincronizo-lhes as trombas!”,
como no 'Pátio das Cantigas'
Ahahah! Muja… tem de me prometer uma coisa mesmo assim, porque eu só quero a sua felicidade: Antes as Cataratas do Niágara que o Ryugyong Hotel de Pyongyang… ouça… não faça isso à sua mulher.
E mais um brinde!… Abraço!
no próximo mês os bipolares têm os santos populares
É noite de São João, refilão
Ninguém quer calar o bico
Com o cochicho na mão, pois então
Um vaso de manjerico
Pega a march’ó filambó, trolaró
Com archotes e balões
Aos encontrões, os rufiões
A dançar o sólido batem mais os corações.
Olha o cochicho
Que se farta d’apitar
Re pi pi pi pi pi pi!
E nunca mais desafina.
Rapaziada,
Quem é que quer assoprar
Re pi pi pi pi pi pi!
No cochicho da menina?
Um papo-seco, liru, capiru
Por mal da dó, por capricho
Ao ver-me na rua só, o pató
Quis agarrar-me o cochicho.
Mas quando um soco lambeu,
O judeu, até gritou pela mãe
E sem parar, pôs-se a gritar.
O cochicho é muito meu
Não o dou a mais ninguém.»
judeu foi sempre mal visto
Ah, que engraçado- o muja encontrou uma mujinha
":O))
Muitas felicidades!
JRF, já tinha tentado para a passagem de ano - sem sucesso...
Agora tenho de me contentar com Moçambique...
Obrigado a todos!
É lá, Muja, que grande novidade! Que a menina que escolheu para marido e ela a si, o saiba a apreciar como o enorme ser humano e grande português que é. Muitas felicidades a ambos.
E não se esqueça! Continue a vir a este excelente espaço deixar as suas imperdíveis opiniões.
Parabéns e felicidades, Muja!
para ZAZI, também pode ser minha amiga, para si boa noite e bons sonhos.
http://viticodevagamundo.blogspot.pt/2018/05/old-france-by-emmanuel-lansyer.html
eu não escrevo a coberto dum perfil falso eu sou mesmo eu. e consulto este blog para ver publicações antigas. e não sou. olha o robot.
Muitos parabéns Muja!
Quem pensou que não havia Portugueses no Indico enganou-se! :-)
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