sexta-feira, maio 04, 2018

A revolta provisória do PS...

Sapo24:

Em declarações à imprensa esta manhã, Carlos César confirmou o pedido de desfiliação de José Sócrates do partido, uma decisão "assumida de forma responsável" e um "direito" que cabe ao antigo primeiro-ministro.
Nesta comunicação, que não teve direito a perguntas, o líder da bancada parlamentar do PS, salientou que o PS se orgulha do contributo do partido ao longo de toda a história democrática do país e salientou que José Sócrates deixou "uma marca muito positiva como primeiro-ministro, num período em que o país alcançou progressos e resultados assinaláveis".
Sobre a alegada mudança de atitude do partido relativamente a José Sócrates, principal arguido da Operação Marquês, Carlos César salienta que o PS "não mudou a sua avaliação numa questão fundamental: a separação do que é da justiça e do que é da política".
Todavia, reiterou uma ideia já transmitida ontem de que "se se confirmarem as suspeitas e acusações" que envolvem representantes políticos, o sentimento dos portugueses é "compreensivamente" de "entristecimento" e "revolta".

 
O truque deste PS é sempre o mesmo: iludir as pessoas em geral que votam porque a alternativa é sempre apresentada como sendo pior. Afinal a austeridade é culpa de quem a aplica e para simplórios será sempre assim. Para tal, basta ao PS acenar com a ideia de esquerda, dos pobres e desvalidos que a direita quer prejudicar mais e está no papo, o resultado eleitoral.

Enquanto este truque durar, o PS será uma excepção à escala europeia onde as pessoas já perceberam o logro de um partido de oportunistas, essencialmente.

Portanto, se estes factos se vierem a comprovar, com trânsito em julgado, claro está e por isso daqui a alguns anos, a revolta passa a efectiva, mas esquecida.

Para já é provisória, mas eficaz. Dá uma imagem de seriedade e com papas e bolos se enganam tolos.

Entretanto hoje no Jornal de Notícias aparece o anúncio de uma carta de  desvinculação, enviada ontem ao PS ( por correio electrónico?).
A publicação é no jornal do prussiano Camões, sempre às ordens e que não sente qualquer espécie de vergonha . Para quê? A vergonha não dá de comer...


É pena que o actual director do Diário de Notícias, Ferreira Fernandes,  já não escreva editoriais. Sempre poderíamos saber se sente alguma vergonha. Por exemplo, do último editorial, sei lá! 

9 comentários:

Ricciardi disse...

Muito boa a clarificação.

O homem agora julgado na praça pública é imensamente melhor do que aquele que governou o país entre 2005 e 2011.

Rb

Ricciardi disse...

Se Pinho estiver inocente não deve falar acerca do assunto até o MP o acusar formalmente. Jamais.

A pior coisa que um inocente pode fazer em Portugal é falar para se defender.

Os diabos usam a boa fé de quem é inocente para o prejudicar. Isso viu-se claramente no caso Sócrates. Foi burro em ter colaborado com o MP. Com isso só se prejudicou. Com isso ajudou o MP a encontre caminhos. Quando o Sócrates percebeu que o mp esta á marimbar-se para a verdade, já foi tarde. Deu-lhes demasiados rumos para eles inventarem esturietas.

Quando um tipo percebe que há marosca por trás, provavelmente corrupção judicial, não deve colaborar. É isso que os diabos querem. Usar as palavras ditas em boa fé para prejudicar.

Eu não tenho grandes duvidas que o.Zezinho vai ganhar em tribunal.

Os advogados parisienses que fizeram o contrato de arrendamento do apartamento de Paris dizem que.nunca foram.contactado pela.justiça portuguesa mas que podem provar que a data do contrato de arrendamento é verdadeira.

O arquiteto francês que fez as obras de remodelação quando foi pergintado de quem era o apartamento respondeu prontamente: do Carlinhos. Não disse do zezinho, disse do Carlinhos.

Este tipo de provas indiretas não constam no processo. Porque?

Porque ilibam o Zezinho?

Rb

Loureiro disse...

O primeiro parágrafo é brilhante, porque nele o animal consegue condensar as patranhas fundamentais, à mistura com um raciocínio aberrante de fonte perigosa para as democracias: o jornalismo deve servir quase exclusivamente temas como a jardinagem e bem estar social sugeridos pelo querido líder; o suspeito (provavelmente também as testemunhas amigas), perante a justiça, deve apenas ouvir e não dar qualquer esclarecimento, só se pronunciando se vir que está lixado porque as provas são evidentes; a realidade dos factos tem um valor relativo que é atestado pela fonte, cujo expoente máximo é ele próprio. Imagino que tenha ficado furioso com a reportagem ontem passada na nossa televisão, que foi buscar um excerto de um programa norte-americano onde o entrevistado explicava que o senhor Donald Trump usa as fugas de informação para depois, quando confrontado com a sua audição, discorrer sobre a falta de credibilidade do sistema que o julga, que nem as fugas consegue conter.

Floribundus disse...

o 44 pode dizer o que entender de tudo e de todos

o mais que lhe pode acontecer é acabar numa esquina

alegre diz que o ps abriu a 'caixa de Pandora'
a esperança ficou retida no fundo da caixa de rufo

Floribundus disse...

Dalai Lima

Alerta Rosa

Ameaça de engenheiro
explosivo no Largo do Rato.

Floribundus disse...

«Na cama sempre feita deste país com
sono, um dia acordou-se em reboliço. As tropas puseram-se a escutar, vindos
do alto, os sagrados deveres do mecenato e da revolução. Vai um tirinho,
freguês? Pois é nesta feita que iremos colocar o produto» (pg. 32). É inequívoca
a intenção esquizo-histórica-satírica e o produto Portuguex que
Alviela (o protagonista?) quer colocar, destina-se «assim para nove milhões
mais coisa, menos coisa» (pg. 56); o Memorandum para imagem proposta
refere as viagens dos portugueses e o dinheiro emprestado (pg. 107) pelos
banqueiros alemães e italianos«

tudo provisório
emprestimos
divida

Hugo disse...

Quem entregou a carta foi o Perna, ia dobradinha num envelope...

joserui disse...

Afinal o inefável Ferreira Fernandes sempre está às ordens do patrão. Está a decorrer uma manobra digna de entrar num futuro curso de politiquice da U. Independente.

joserui disse...

O comentador Loureiro, Prunus lusitanica, com um nome desses, tem alguma coisa contra a jardinagem? Faz muita falta uma página de jardinagem nos jornais, a ver se começo a viver entre menos brutos. O que não faz falta são as páginas do 44, nem para papel higiénico. São boas para colar na parede do quarto dos brinquedos.

O Público activista e relapso