Este senhor com sorriso de água lisa é um governante tão importante que é adjunto do primeiro-ministro. Também foi advogado-sócio da firma Linklaters, para onde eventualmente voltará quando sair do governo. Essa firma faz assessoria jurídica- que outra?!- à EDP, neste assunto. O antigo sócio, agora governante, negoceia - é um modo de dizer, no que ao governo respeita- na posição de quem tem de analisar o que antes proporia como interessado por conta da empresa que representaria. Uma evidente conflitualidade de interesses hipotéticos, patente e sem remissão.
Pouca gente liga a isto. As pessoas nem fazem qualquer ligação, nem entendem o modo como isto se processa e a maneira como é noticiado um assunto destes passa completamente despercebido quanto ao fundamental da questão.
Compete à comunicação social contar estas coisas, interpretar estes factos e levantar as questões pertinentes.
Quem o faz?
Veja-se o artigo de José António Saraiva no Sol de hoje. Se não houver toque de caixa dos partidos, particularmente do PS não há notícias sobre estes assuntos que mereçam destaque televisivo de relevo e portanto o assunto nem existe para a maioria das pessoas.
É com isto que os governos e particularmente o do PS, contam: com um silêncio geral dos inocentes.
O antigo governante Cravinho, um dos paladinos do combate à corrupção e que sempre viu passar combóios de corrupção, apitou algumas vezes e nada mais fez, encontrou-se num café qualquer ali no Mercado da Robeira com Margarida Balseiro Lopes, líder da JSD e uma das especialistas em PPP que temos.
Que diz Cravinho? Mais do mesmo. Que lhe pergunta a tal Margarida? Coisas anódinas, particularmente sobre o assunto que particularmente domina.
E que faz o DN de hoje, onde isto aparece? Atira para o Salazar, para não variar e já começa a enjoar. Nem o belo desenho de André Carrilho salva esta miséria informativa.
No mesmo DN, um dos históricos do PS, Manuel Alegre que acabou por ganhar a disputa penal contra um antigo combatente no Ultramar [que afinal não terá sido, vidè comentário] , Brandão Ferreira, também diz coisas sobre aquele assunto.
Por exemplo, tudo começou no tempo de Guterres ( e portanto dos tais cem nomes apontados abaixo...).
Portanto não faz sentido nenhum aquilo que Cravinho e Alegre andam a dizer. Que sentido faria questionar este Pereira sobre o facto de ter pedido a José Sócrates para lhe dar guarida em Paris a um filho estudante, quando o mesmo lá estava? Nenhum, como toda a gente percebe. A vergonha só se perde quando se tem.
Que sentido faz ter um irmão no CEJ cuja direcção aprovou a indicação de um professor de Direito que é altamente suspeito de ter escrito o livro de José Sócrates, para ser membro de júri de selecção de futuros magistrados? Nenhum, também. Nem deram por nada.
Este PS nunca se dá por achado, de tão perdido que está.
4 comentários:
« O cravinho da Índia é rico em nutrientes e óleos essenciais que auxiliam mente e corpo. O seu principal componente, responsável pelos seus efeitos e odor poderosos é uma substância chamada eugenol, importante ANESTÉSICO local e antisséptico. »
paladino do latim palatinus tem algo a ver como 'bói para palácio'
a baixeza passa com certeza por baixo da mesa
arrium porrium
Brandão Ferreira, «um antigo combatente no Ultramar»?!...
Será possível que, pela preocupação com a Verdade que aqui nos tem mostrado, que comprove as comissões de serviço no Ultramar que terá feito o TCor. Brandão Ferreira?
Note-se que não considero que o valor das opiniões do TCor. Brandão Ferreira deva sair afectado por não gozar do estatuto que lhe atribuiu, José. Mas convirá que não o graduem em excesso - tanto mais que nem creio que alguma vez tenha reivindicado tal estatuto.
Peço desculpa se me enaganei. Sempre pensei que o tinha sido...
Não tem por que pedir desculpa, José. As falsas ideias propagam-se e o que é preciso é corrigi-las. Nascido em 1953 e qualificado como PilAv em 1976, o TCor. Brandão Ferreira não participou nas guerras.
A verdade é que, à volta do TCor. Brandão Ferreira, quiçá por causa das causas que abraçou, se acabou por criar uma "personagem" recheada de "pergaminhos", que não têm nada a ver com a realidade e a pessoa.
Outro exemplo? Veja-se aqui um artigo da Sábado, de que uma redacção equívoca do título e subtítulo o dará como antigo aluno do Colégio Militar, quando o não foi.
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