CM de hoje:
A Linklaters é um dos pesos-pesados da advocacia nacional de negócios. Tem a China no coração.
Apresentam-se assim:
Our clients want a law firm they can trust, one that stands out for a
commitment to investing in them and empowering our teams. We want to
stand out for our distinctive Linklaters mind-set so our clients want to
work with us above all others.
Delivering excellent client service and using our global capabilities
to help them pursue the right opportunities means they benefit from
long and lasting relationships.
To put clients at the heart of all we do, we recruit and develop
exceptional people empowering them to do and think differently. We serve
our clients as a team, with a common focus on innovation, efficiency
and agility.
Afinal tinham lá um advogado que é um totó. E a Ordem dos Advogados, com este Guilherme de Figueiredo que está a sair melhor que a encomenda, quer fazer de todos nós outros totós: a comunicação social e com ela nós todos que dependemos do Governo que nos deveria representar, pretende saber em que data o actual ministro adjunto Pedro Siza Vieira pediu a suspensão de inscrição na OA. Ou seja a data precisa, porque tal tem consequências, na medida em que tinha um prazo para o fazer.
O dado é factual, não é nominativo, como defende o manhoso bastonário que "não pode comentar factos nominativos protegidos”, porque o nome do totó que não sabia das incompatibilidades, já o conhecemos.
É aliás um facto que é comunicado e divulgado para que se saiba que determinado advogado não pode advogar e por isso proteger os incautos. O Bastonário acha que não e que é segredo...e o seu raciocínio poderia muito bem ser este: vem aí o Congresso do PS, este ministro está na berlinda e se se demitir por causa disto e da informação que der, estou tramado porque "quem se mete com o PS...já sabe, leva".
O "malhadinhas" está à espera da oportunidade...
A política em Portugal é isto. Os interesses corporativos são estes e a corrupção começa aqui, nestas atitudes. E às vezes acaba também ali, em lugares de eleição e escolha, onde se ganha muito bem a vidinha.
Quanto ao resto há sempre uma Lei Redentora que os protege e serve de arremesso para os adversários e inimigos. E quando perde tal função há sempre a escapatória da praxe: o desconhecimento que não se pode invocar para escapar aos seus efeitos mas se anula declarando-a "adormecida", ou seja, inaplicável a totós.
Como muito bem escreveu uma professora catedrática de Direito Penal, Fernanda Palma de seu nome sem direito a protecção de dados, e por isso casada com um antigo ministro do PS, de seu nome Rui Pereira que agora presta um serviço inestimável na CMTV ( sans blague) a propósito de um tal crime de Atentado ao Estado de Direito:
Como norma adormecida, a incriminação
do atentado contra o Estado de Direito só pode ser "acordada" por factos
muito graves que o justifiquem. Accionar normas deste tipo é, para o
bem e para o mal, mudar o curso da história. Essa é uma responsabilidade
primária dos magistrados que se reflecte em toda a comunidade.’
Como agora se vai sabendo publicamente e sem protecção nominativas o caso era de somenos. Uma bagatela, enfim. Ia-se lá instaurar um inquérito por causa de uma mesquinhice dessas...
Bem andou o antigo PGR, avisado como ainda anda...