Pedro Marques, autor do livro dedicado a João Abel Manta, lançado pelo Público em 2016, na colecção de designers portugueses, escreveu este artigo no Público de hoje sobre o mesmo João Abel Manta.
JAM é um artista comunista cuja obra admiro. É um desenhador de eleição e um dos melhores de sempre, em Portugal.
Os temas são quase sempre o fassismo, Salazar, o antigo regime e o capitalismo que execra particularmente. Não importa porque os desenhos fazem esquecer a temática.
Em 2016, o autor do artigo publicou um pequeno portfolio da obra do artista:
Em 1975, com o aparecimento do primeiro número de O Jornal, em 2 de Maio desse ano, começou a publicação de desenhos e cartoons do artista nas páginas das publicações O Jornal.
Nesse ano O Jornal publicou um album de recolha de desenhos, caricaturas e cartoons antigos, de João Abel Manta, praticamente desde 1969 até essa data .
A obra está esgotada há muito.
Para perceber até onde chega o sectarismo político-ideológico, aqui irmanado com o génio artístico fica este exemplo de um livro que não tem falta deles. Praticamente cada desenho é uma ode ao sectarismo comunista.
Em 1976 os alemães tomaram em conta a mensagem e os desenhos e publicaram na terra deles este álbum que por cá nem apareceu e que tem na capa um dos mais célebres desenhos de JAM desse tempo:
Em 1978 as mesmas publicações O Jornal lançaram a obra que aquele Pedro Marques agora refere como sendo digna de republicação.
Esta recolha de 1978 é tão sectária quanto a anterior mas igualmente genial nos desenhos.
Vinha originalmente acondicionada num invólucro de cartão grosso de cor parda e chama-se Caricaturas Portuguesas dos Anos de Salazar. Pode ser visto como uma homenagem do vício à virtude...
5 comentários:
"os desenhos fazem esquecer a temática"
A mim não. Até sou um razoável adepto da separação entre obra e artista, mas neste caso ficam os dois juntinhos. Genial é uma palavra demasiado grande para tão pequena obra e menor temática. Não aprecio.
O.comentário do.porteiro da loja revela o tribslismo básico da genralidade dos comentadores do tasco.
Apreciam o engenho e a arte se não provierem do clã.
São os chamados pobres. De espírito.
Que aborrecido seria um mundo infestado por esta gente.
Rb
Ele é genial, sim. E tão sectário que acaba por mostrar precisamente esse facciosismo ideológico que outros ainda querem temperar.
Aqueles espectadores do mapa de Portugal resume tudo o que foi o PREC.
Os palhaços ideológicos é que não gostam, mas embrulhem que foi mesmo assim.
caiu-lhe o 'muro' sobre a cabeça
e ficou com a manta rota
como os 'malteses de pau e manta'
El País
Las cosas que confunden a los españoles cuando llegan a Portugal
Comer a las 12, besarse una vez, fumar en los restaurantes y la abundancia de 'doctores', entre las peculiaridades vecinales
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