quinta-feira, fevereiro 19, 2009

A normalidade ilga

D. José Saraiva Martins, citado pelo Público:

"A homossexualidade não é normal, temos que dizê-lo (...) Não é normal no sentido de que a Bíblia diz que quando Deus criou o ser humano, criou o homem e a mulher. É o texto literal da Bíblia, portanto esse é o princípio sempre professado pela igreja".

Ontem de manhã, os noticiários de rádio ( Antena 1 e TSF, dirigidas pelo politicamente correcto soprado pela esquerda), não acharam normal que o cardeal entendesse a homosexualidade como não normal. As notícias traziam comentário depreciativo dependurado. Todas a toda a hora. Quase imperceptível, mas revelador das tendências noticiarísticas da terra.

A associação de homossexuais e lésbicas, com o acrónimo ILGA, revirou-se do avesso e vituperou a anormalidade do comentário.

Estamos num domínio semiótico em que o uso do adjectivo não corresponde aos sujeitos mas às práticas.
Em suma, a homosexualidade, conforme refere o cardeal, não é a forma normal para a procriação.
O que é evidente, menos para a tal ILGA que tem em Portugal membros conhecidos como uma jornalista que dá pelo nome de Fernanda Câncio e que de vez em quando é vista e fotografada na companhia do PM deste país. Daí lhe vem a notoriedade pública.

Mas se os homosexuais e lésbicas não são anormais, mas simples seres humanos como os outros ( é também o que diz a Igreja, para quem anda distraído de propósito) que dizer da sua associação ILGA?
A ILGA da senhora dona Câncio e outros, formou-se internacionalmente, no final dos anos setenta do século que passou. Em meados dos noventa, ainda andava às turrinhas, com outra associação que lhe pertencera, a NAMBLA.
Esta Nambla é uma associação de pedófilos e pederastas. Claramente. Sem vergonha alguma. Certo, a ILGA demarcou-se, porque senão nem recebria tusto como ONG.
Mas a verdade é que as suspeitas que os namblas a frequentam, são mais que muitas.

Será a NAMBLA normal? Serão os pedófilos normais?

Se são ( e não confundamos a coisa com os aspectos criminais que isso agora "não interessa nada"), então porque não são?

12 comentários:

Leonor Nascimento disse...

Claro que são normais, hoje em dia, tudo é normal. A começar pelo que acontece nas cúpulas do país.

Tino disse...

Segundo o autor do blogue Portugal dos Pequeninos, pessoa muito conhecedora do círculo homo- e muito interessado nestes assuntos, a ministra da saúde faz farte da seita:

http://portugaldospequeninos.blogspot.com/2008/09/de-fugir-2.html

Depois do casamento e da adopção, só faltará a esta corja de doentes e/ou pervertidos proclamar um édito declarando os heterossexuais como anormais.

Admirem-se!...

zazie disse...

Eles andam a insistir na inseminação artificial.

Se já têm ministra da saúde, não faltará muito para facilidade de PMA.

andre disse...

Em primeiro lugar os meus parabéns por este blog, sendo certo que, se tornou para mim uma companhia diária. Quanto ao tema direi o seguinte, os homosexuais sejam diferentes, doentes ou anormais já têm os seus direitos consagrados constitucionalmente e legalmente, incluido as relações estabelecidas entre si. Postergada ab initio este questão, o debate deverá fazer em torno da redifinição do conceito casamento e familia. Ora, saber o que é o casamento e familia, e a função milenar de pilar da sociedade é que será dificil discutir. Assim o debate publico não passará pela afirmação dos direitos dos homosexuais porque este já lhe estão reconhecidos, o debate deve fazer em torno do casamento e de que tipo de sociedade queremos para o futuro. Em suma, estou farto de ser acusado de homofobico por ter opinião diferente, cansado de ouvir argumentos como liberdade, igualdede (já reconhecidos) e não haver debate o nucleo essencial da questão. Concluindo tudo não passa de um capricho e um grupo minoritário que precisa de se impor pela falta de debate e pela desinformação (influências colhidas junto do pinoquio macho -PM-)

alexandre o médio disse...

José,

Post muito mauzinho...

E Nambla?? What the fuck??

Olha, é ler isto (e eu q sou o primeiro a torcer o nariz ao joao gonçalves):

http://portugaldospequeninos.blogspot.com/2009/02/apenas-homens.html

Unknown disse...

O comentário tolerante e democrático do porta-voz da ILGA a propósito das palavras do Cardeal:

"o que é fundamental, mais uma vez, é vincar que este tipo de posições não pode ter eco num estado de direito democrático" (Jornal GLOBAL, 19-2-2009)

Acho que ele anda a aprender com o nosso Governo umas quantas lições sobre liberdade de expressão!...

Já dizia o Pinheiro Torres no Prós e Contras (não é literal), que os que discordamos destes senhores vamos ter que nos preparar para as represálias judiciais que, mais cedo do que imaginamos, começarão a ser aplicadas em nome do crime de homofobia.

Francisco Brito

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Há uma coisa que não entendo. Se para estes senhores o casamento homossexual é normal e é um direito elementar de pessoas no exercício da sua liberdade, que o Estado não deve cercear, o que impede de chamar casamento a outras formas de união livre de pessoas, como
a) entre irmãos?
b) entre pai e filha?
c) entre avó e neto?
d) entre um homem e três mulheres?
e) entre quatro mulheres?

Afinal, não é só uma questão de liberdade versus preconceitos?

josé disse...

alexandre médio:

Não gosto de ler o Portugal dos Pequeninos. Não sei bem porquê.

Portanto, será com dificuldade que lá poderei ir...mas vou e já comento.

josé disse...

Já li. É um postalzito razoável. Nada de especial.

A homosexualidade na nossa sociedade portuguesa actual, não pode considerar-se uma perfeita normalidade em termos correntes.

Por isso mesmo é que as pessoas que o são, na sua maioria, se escondem e até dissimulam com casamentos fictícios ou ligações do mesmo género.

Basta isso, sem qualquer juízo de valor, para se poder dizer que isso não é a normalidade.

De resto, concordo com o teor do tal postal do Portugal dos Pequeninos.

zazie disse...

Ele diz lá uma coisa com a qual nunca poderia concordar: que entre portas ninguém tem nada a ver com o que as pessoas fazem- se querem procriar que procriem.

Aqui é que está a inevitabilidade desse casamento homossexual nunca poder ser um casamento igual ao hetero.
Porque terá sempre de usar alguém fora dele para se constituir como família.

E é claro que as crianças não são propriedade privada de ninguém. Não fazem parte do que em privado se passa sexualmente entre duas pessoas.

zazie disse...

De qualquer forma também não comento lá nada e é raro lá ir.

E deu-me vontade de rir, a não explicação do José. Eu também não sei, mas não gosto.
ehehe
Há-de ser do tom (o que quer que isso seja).

Megaprocessos...quem os quer?