Observador:
Ursula Haverbeck, a alemã de 89 anos que negava o Holocausto, foi detida esta segunda-feira. Também conhecida como a “avó nazi”,
a mulher defendia que Auschwitz não não tinha sido um campo de
extermínio, mas simplesmente um campo de trabalho. Haverbeck já tinha
sido condenada anteriormente mas nunca tinha cumprido qualquer pena,
devido aos recursos que foram apresentados.
No jornal de extrema-direita Stimme des Reich, a mulher chegou a escrever que “o Holocausto é a maior mentira da história”
e os advogados defendiam que a opinião de Haverbeck estava protegida
pela liberdade de expressão. No entanto, na Alemanha, o artigo 130 do
código penal estabelece que quem negar ou defender os atos cometidos
durante o regime nacional-socialista “será castigado com uma pena de
prisão até 5 anos”.
No passado mês de agosto, a justiça alemã tinha condenado a “avó nazi” a dois anos de prisão por oito crimes de incitamento ao ódio.
No dia 23 de abril, a mulher devia ter começado a cumprir a sua pena
mas não se apresentou às autoridades. No domingo, a procuradoria de
Verden, no norte do país, ordenou a sua detenção. Esta segunda-feira, a
polícia alemã deteve Ursula Haverbeck, na sua casa, em Vlotho, no
noroeste da Alemanha.
A mulher vai ficar ficar presa no estabelecimento prisional Bielefeld, no estado da Renânia do Norte-Vestfália.
Se a velhinha negasse o Holodomor ou os Gulags tinha direito a entrevistas na televisão e aplausos variados. Assim...vai de cana, como dizem os brasileiros.