sábado, dezembro 11, 2010

A evolução da economia portuguesa pelos jornais

Continuando a tentar perceber como chegamos ao buraco económico e moral em que caímos, continuo a publicar notícias de época sobre os políticos e empresários que fomos tendo.

Em 8 de Setembro de 1973, o Expresso, aparecido nesse ano, em Janeiro, organizou uma "mesa-redonda" com as figuras abaixo retratadas. Algumas já falecidas. É ler o que diziam da nossa economia de então, na parte que respeita aos empresários de então e ao modelo económico.



Em Agosto de 1974, logo após a revolução, algumas figuras do capitalismo português, reuniam um projecto de repensar a economia portuguesa em época de inflação e fuga de capitais que se seguiria. É ler o que dizem do papel do Estado...e das medidas concretas que figuram na página abaixo ( não reproduzida). Incrível como tínhamos potencial que esbanjamos! A notícia é do Sempre Fixe de 31 de Agosto de 1974

Em 28.5.1976, após a Constituição e as nacionalizações, Francisco Sarfsfield de Cabral fazia uma análise económica do país como consta de O Jornal dessa época: já estávamos perdidos.



Não obstante, o PS que votou a Constituição e acabou por guardar o socialismo na gaveta, pensava assim resolver o problema " nos próximos dez anos":
Em vez da resolução do problema tivemos disto, logo em 1977. Nesse anos já estávamos completamente na penúria como estamos hoje. Tenho por aí uma entrevista de Medina Carreira, ministro desta personagem que aparece a baixo em que dizia, na mesma altura, 1977 que andávamos a viver acima das nossas possibilidades desde 1974. Agora continua a dizer o mesmo... e por isso a conclusão é lógica: a crise que temos vem de longe e sempre e sempre mais agravada e com os mesmos protagonistas. De quem a responsabilidade? É preciso um desenho?!


2 comentários:

joserui disse...

O texto de Sarsfield Cabral podia ser publicado hoje. A diferença é que deixamos de ter sectores motores da economia. É turismo e "eventos", umas ilhas tipo Autoeuropa que se um dia fecha o pib e as exportações afundam-se como pregos. Quem anda a ler sobre o assunto, não percebe muito bem onde vamos buscar a riqueza e o crescimento para sustentar este estado ladrão.
Também achei piada ao "pagar caiu em desuso". Que dirá hoje o homem, um tempo em que o Estado é o pior pagador de todos e não pagar mais que em uso, está na moda. -- JRF

Floribundus disse...

precisa de dois cintos
um para as calças
outro para as boxexas

«inventor do 'pelintrão':
elemento quimico sem peso nem 'massa'. valeu-lhe um nobel.

no tempo das 'tranches' do grande empréstimo
pedinte: -uma esmolinha
boxexas: -meta por baixo da porta»