O jornal citou um telegrama "confidencial" da embaixada dos Estados Unidos em Lisboa, enviado para Washington a 11 de Fevereiro deste ano e que integra o lote de 250 mil documentos que o «site» Wikileaks tem estado a divulgar.
Segundo o jornal espanhol, Carlos Santos Ferreira propôs "fazer trabalho de espionagem ao serviço dos Estados Unidos" tendo "proposto ir ao Irão e, em troca, oferecer a Washington informação das actividades financeiras da República Islâmica".
A operação, segundo um telegrama remetido em Fevereiro deste ano pela embaixada norte-americana em Lisboa, conta com o "conhecimento do primeiro-ministro português, José Sócrates, e de membros do seu Governo", referiu o jornal.
Ora vamos lá a ver: o mentor da Wikileaks é acusado pelos EUA de...espionagem e por isso querem processá-lo.
Por cá, o excelso director do BCP que já esteve na Caixa e cujo papel em tandem com este primeiro-ministro, na manobra de "take-over" sobre o BCP ainda está por contar, vai ser acusado de quê? Colaboração com um país amigo a troco de negócios bancários?
No tempo da guerra fria as grandes firmas americanas zelavam pelo interesse estratégico dos EUA ao ponto de a GM dizer que o que era bom para a firma era bom para o país.
Por cá, hoje em dia, o que é bom para certas pessoas é bom para certos países estrangeiros. Traição, isto? Só com alguma imaginação.
E ainda mais: cá em Portugal quem se atreveria a publicar esta notícia em primeira mão? É que a Wikileaks apena fornece informações que depois podem ou não ser publicadas pelos media tradicionais...