O Expresso de hoje continua a senda de cretinice com as "secretas". O assunto Silva Carvalho resume-se à cedência, por este, de uma informação sobre "cadastro criminal" relativamente a um indivíduo anódino, produtor de vinhos da Madeira. E para que era a tal informação sobre o "cadastro"? Para dar a um amigo de Silva Carvalho, a pedido do mesmo. O tal amigo, Paulo Santos, casara recentemente com a ex-mulher do produtor de vinhos e pretendia saber o tal "cadastro". Só isso porque o resto nem sequer é relevante para qualquer efeito.
Portanto, o pecado de Silva Carvalho foi ter informado o tal amigo Paulo Campos sobre o "cadastro criminal". Não exactamente sobre o conteúdo do cadastro, mas se tinha cadastro. Ao contrário do que o Expresso escreve, qualquer pessoa que nisso tenha particular interesse, pode aceder a essa informação por vários modos. O sistema de informação criminal, se alguém tiver cadastro não emite o respectivo documento a não ser com a informação que tem cadastro. O problema é sentido há muito pelos tribunais porque isso impede os julgamentos sumários em casos de haver "cadastro". Será isso ilegal e criminoso como refere o Expresso? Duvido muito.
No entanto, foi isto que serviu de motivo para lançar o petardo ao antigo chefe do SIED, prestes, segundo o jornal i de hoje, a assumir o cargo de secretario-geral do SIRP. Tal só não aconteceu porque o Expresso começou a publicar estas cretinices nas suas edições a partir de finais de Julho, tendo o jornalismo mediático cavalgado a onda cretina, sem perguntas sobre as toupeiras do Expresso e os seus motivos específicos. O SIED quanto muito pretendeu topar uma toupeira nos seus serviços. O Expresso, para além de revelar o nome da toupeira, cometendo um crime grave, anda nesta actividade subterrânea apenas com uma finalidade: minar uma empresa concorrente.
Note-se que o pretexto para estas notícias cretinas assenta apenas num objectivo: desestabilizar a tal empresa concorrente, a OnGoing, numa altura em que a Impresa está na falência. A guerra é comercial e o jornal serve de ponta de lança. Nada mais motiva este jornalismo. E os parceiros pensadores deste jornalismo alimentam as notícias com esta ração.
Não obstante, o jornal publica hoje uma notícia com interesse e pouco cretina: escreve que "as "secretas" têm toupeiras em duas operadoras". Se isto for verdadeiro, entenda-se...
Quer dizer, o Expresso, através das suas toupeiras ocultas no breu conseguiu saber que os serviços secretos também têm toupeiras nas operadoras telefónicas Optimus e TMN. E dá-se ao cuidado de explicar como essas toupeiras minaram o terreno no caso Simas, jornalista do Público.Para a explicação serviu-se de mais toupeiras ( "elementos das operadoras, do Ministério Público, da Polícia Judiciária) . A explicação em 18 pontos é de rir.
Começa por dizer que em 18 de Agosto de 2010, um dos agentes do SIED entregou uma lista em Excel ( tabelas gráficas) ao director Silva Carvalho, com a indicação das chamadas do jornalista Simas, entre 19 Julho e 12 Agosto de 2010. A lista destinava-se a determinar quem seria o chamador do SIED para o jornalista Simas. Curiosamente, só permitia saber quem seria o chamado. Apenas isso e nada mais. Portanto, o director do SIED queria saber quem era a toupeira no interior dos serviços e isso é-lhe assacado como um crime associado a uma malfeitoria como seja a de consultar os dados de tráfego do telemóvel do jornalista. O crime do Expresso, esse, está justificadíssimo com a liberdade de imprensa, vaca sagrada dos tempos modernos.
Portanto, o tal documento Excel nada tinha a ver com a facturação detalhada do telemóvel, tal como fornecida pela operadora. "A lista não refere qualquer número de origem de onde as chamadas foram feitas" . Portanto, uma das vertentes da devassa ficou esquecida. O que ficou na lista foram as chamadas feitas pelo jornalista em dois telemóveis- um Nokia com cartão TMN e outro Samsung com cartão Optimus.
Conclusão do Expresso: duas toupeiras. Uma na TMN e outra na Optimus. Brilhante! E mais: como a lista tem a indicação do início e do fim das chamadas, ao segundo, isso significa para as toupeiras do Expresso que foram efectuadas escutas. Duplamente brilhante. E como a rapidez na obtenção dos dados não se compadece com a lentidão processual, só podeiam ser toupeiras a topar o rasto. Triplamente brilhante.
Agora começam as dúvidas:
Lobo Xavier, como administrador da Optimus, esclareceu na Quadratura do Círculo, segundo o jornal i de hoje que " há muitas autoridades a pedirem informações aos operadores sem base legal". Lobo Xavier ainda garantiu que a listagem que apareceu no SIED não é da Optimus e apresenta várias hipóteses para tal ter sucedido. Uma delas é alguém do Público ter dado a listagem ao SIED; outra é alguém, à revelia da Optimus ter dadoao SIED as informações. E como há dezenas de pessoas com acesso a tais dados, com facturação detalhada dos clientes, o problema de saber quem foi afigura-se mais difícil do que saber quem anda a violar o segredo de justiça nos processos. Para Lobo Xavier e outros, estas violações são sempre da responsabilidade dos administradores do sistema, no caso o MºPº. Neste caso particular, o administrador Lobo Xavier não tem responsabilidade alguma, como é bom de ver...
Portanto, ficamos assim: para o Expresso, o SIED tem toupeiras na TMN e na Optimus. Como souberam disso? Por dedução, tipo sherlockeana ou de inspecor patilhas com ventoinha a girar. E como uma cretinice não paga imposto, colocaram-na na primeira página do jornal para vender papel e juntar o útil ao agradável: denegrir ainda mais uma empresa concorrente e fazer o jogo da Maçonaria.
Portanto, o pecado de Silva Carvalho foi ter informado o tal amigo Paulo Campos sobre o "cadastro criminal". Não exactamente sobre o conteúdo do cadastro, mas se tinha cadastro. Ao contrário do que o Expresso escreve, qualquer pessoa que nisso tenha particular interesse, pode aceder a essa informação por vários modos. O sistema de informação criminal, se alguém tiver cadastro não emite o respectivo documento a não ser com a informação que tem cadastro. O problema é sentido há muito pelos tribunais porque isso impede os julgamentos sumários em casos de haver "cadastro". Será isso ilegal e criminoso como refere o Expresso? Duvido muito.
No entanto, foi isto que serviu de motivo para lançar o petardo ao antigo chefe do SIED, prestes, segundo o jornal i de hoje, a assumir o cargo de secretario-geral do SIRP. Tal só não aconteceu porque o Expresso começou a publicar estas cretinices nas suas edições a partir de finais de Julho, tendo o jornalismo mediático cavalgado a onda cretina, sem perguntas sobre as toupeiras do Expresso e os seus motivos específicos. O SIED quanto muito pretendeu topar uma toupeira nos seus serviços. O Expresso, para além de revelar o nome da toupeira, cometendo um crime grave, anda nesta actividade subterrânea apenas com uma finalidade: minar uma empresa concorrente.
Note-se que o pretexto para estas notícias cretinas assenta apenas num objectivo: desestabilizar a tal empresa concorrente, a OnGoing, numa altura em que a Impresa está na falência. A guerra é comercial e o jornal serve de ponta de lança. Nada mais motiva este jornalismo. E os parceiros pensadores deste jornalismo alimentam as notícias com esta ração.
Não obstante, o jornal publica hoje uma notícia com interesse e pouco cretina: escreve que "as "secretas" têm toupeiras em duas operadoras". Se isto for verdadeiro, entenda-se...
Quer dizer, o Expresso, através das suas toupeiras ocultas no breu conseguiu saber que os serviços secretos também têm toupeiras nas operadoras telefónicas Optimus e TMN. E dá-se ao cuidado de explicar como essas toupeiras minaram o terreno no caso Simas, jornalista do Público.Para a explicação serviu-se de mais toupeiras ( "elementos das operadoras, do Ministério Público, da Polícia Judiciária) . A explicação em 18 pontos é de rir.
Começa por dizer que em 18 de Agosto de 2010, um dos agentes do SIED entregou uma lista em Excel ( tabelas gráficas) ao director Silva Carvalho, com a indicação das chamadas do jornalista Simas, entre 19 Julho e 12 Agosto de 2010. A lista destinava-se a determinar quem seria o chamador do SIED para o jornalista Simas. Curiosamente, só permitia saber quem seria o chamado. Apenas isso e nada mais. Portanto, o director do SIED queria saber quem era a toupeira no interior dos serviços e isso é-lhe assacado como um crime associado a uma malfeitoria como seja a de consultar os dados de tráfego do telemóvel do jornalista. O crime do Expresso, esse, está justificadíssimo com a liberdade de imprensa, vaca sagrada dos tempos modernos.
Portanto, o tal documento Excel nada tinha a ver com a facturação detalhada do telemóvel, tal como fornecida pela operadora. "A lista não refere qualquer número de origem de onde as chamadas foram feitas" . Portanto, uma das vertentes da devassa ficou esquecida. O que ficou na lista foram as chamadas feitas pelo jornalista em dois telemóveis- um Nokia com cartão TMN e outro Samsung com cartão Optimus.
Conclusão do Expresso: duas toupeiras. Uma na TMN e outra na Optimus. Brilhante! E mais: como a lista tem a indicação do início e do fim das chamadas, ao segundo, isso significa para as toupeiras do Expresso que foram efectuadas escutas. Duplamente brilhante. E como a rapidez na obtenção dos dados não se compadece com a lentidão processual, só podeiam ser toupeiras a topar o rasto. Triplamente brilhante.
Agora começam as dúvidas:
Lobo Xavier, como administrador da Optimus, esclareceu na Quadratura do Círculo, segundo o jornal i de hoje que " há muitas autoridades a pedirem informações aos operadores sem base legal". Lobo Xavier ainda garantiu que a listagem que apareceu no SIED não é da Optimus e apresenta várias hipóteses para tal ter sucedido. Uma delas é alguém do Público ter dado a listagem ao SIED; outra é alguém, à revelia da Optimus ter dadoao SIED as informações. E como há dezenas de pessoas com acesso a tais dados, com facturação detalhada dos clientes, o problema de saber quem foi afigura-se mais difícil do que saber quem anda a violar o segredo de justiça nos processos. Para Lobo Xavier e outros, estas violações são sempre da responsabilidade dos administradores do sistema, no caso o MºPº. Neste caso particular, o administrador Lobo Xavier não tem responsabilidade alguma, como é bom de ver...
Portanto, ficamos assim: para o Expresso, o SIED tem toupeiras na TMN e na Optimus. Como souberam disso? Por dedução, tipo sherlockeana ou de inspecor patilhas com ventoinha a girar. E como uma cretinice não paga imposto, colocaram-na na primeira página do jornal para vender papel e juntar o útil ao agradável: denegrir ainda mais uma empresa concorrente e fazer o jogo da Maçonaria.
27 comentários:
E para que é que alguem quer saber o cadastro do ex-marido da futura mulher? Afecta a qualidade das quecas?
Estás a ver a cretinice, não estás?
O problema das secretas em Portugal é o de todo o mundo ocidental e civilizado: o poder político serve-se das secretas por vezes em proveito próprio. Como tudo é segredo fica tudo secreto.
Isso só tem uma solução: escolher gente séria para os serviços. E mesmo assim...
Na verdade o que eu vejo é um tipo, ex-director duma secreta, que usa os seus conhecimentos no interior do serviço para que estes usem as suas redes/antenas/toupeiras para recolher informação que depois vai "oferecer" aos seus chefes actuais da empresa onde trabalha.
E o facto da informação pedida ser insignificante não desvaloriza os actos. Pelo contrário, demonstra um procedimento que se terá tornado vulgar para ele. Usou e abusou, em mote próprio e em favor de amigos, dos serviços dos quais tinha sido dirigente.
Incompreensível e imperdoável. Ele não podia desconhecer que estava a usar os serviços para saber algo (insignificante) sobre o ex da mulher de um dos amigos, em proveito deste, que por sinal é seu colega/chefe na empresa. Quis prestar um favor ao amigo (que pelos vistos também é irmão da mesma loja maçónica onde já foi o Venerável), para que ele lhe retribuísse quando necessitasse. Uma vergonha.
E tinha este tipo sido convidado para SG das secretas a fim de as reformar. Lindo.
Receio que a alternativa seja outro de que se fala, igualmente prepotente, arrogante, manipulador e permeável também à influência de solidariedades escuras. Melhor será que se mantenha a assessorar na politica externa.
Tudo isto se passou no tempo do senhor José Sócrates e suponho que o que ainda não se sabe, sobre este tipo de procedimentos deveria chegar para desvalorizar estes factos agora conhecidos. Por duas razões:
Estes factos sao nada de nada e os que ainda não se conhecem são muito mais graves, porventura.
José,
O que não é de aceitar é que instrumentos que são o minimo para que os SI's possam desenvolver as suas actividades no âmbito da segurança nacional, ainda que não previstos como meios autorizados a esse fim, e que por isso devem ser utilizados com muita parcimónia quando estritamente necessários, sejam usados e abusados por "nada de nada".
O que isso nos diz é: falta de profissionalismo, de sentido de Estado e de bom senso, por parte daqueles que o fazem e daqueles que o deixam fazer.
Sim, porque alguém mais nos serviços sabe o que se faz. Principalmente aqueles que por razões de formação e da sua original actividade profissional, nunca o deveriam permitir. É preciso não esquecer que aqueles lugares se exercem por comissão de serviço e que no fim regressamos às nossas carreiras de origem.
Chego à conclusão (que já tinha) que o SIS et al não passam de agências de detectives privados custeados pelos contribuintes para servir os mais variados interesses.
O Luís está mesmo a ser cretino ao assumir que (1) tudo o que o Expresso (ou, para o efeito, qualquer meio de comunicação social) publica corresponde a factos e (2) que os meios de comunicação social não são manipuláveis...
Nada me garante, muito pelo contrário, que quem está generosamente a passar a informação não esteja a manipular o Expresso e também nada me garante que o próprio Expresso não esteja a manipular a informação que obteve (sabe-se lá como) com objectivos menos claros!!!
Não entendo porque razão se faz toda esta feira à volta disto. O Expresso devia ter vergonha deste tipo de 'jornalismo' e aqueles que por aí andam a gritar como virgens ofendidas deviam olhar para o umbigo!!!
Parabéns ao Porta da Loja pelo que tem vindo a escrever sobre este assunto! É, de longe, o ponto de vista mais equilibrado que tenho visto.
Não será preciso um curso superior para se vir percebendo que isto é um ataque 'ad hominem' e também uma clara campanha contra a Ongoing.
Nunca julguei o sr. Balsemão e o seu 'homem de mão' Ricardo Costa capazes destas nojices!
José, aproveita e, atira o "barro à parede" (borra) e encontra os culpados nos "boys" de Sócrates...ainda lhe dá o fanico
Um bom "secreta" nunca conta tudo...está mais para ouvir.
Concordo com o que o Rui Manuel e o José Eduardo dizem. Era importante ir-se ao fundo da questão e saber quem é que anda a passar informação a jornalistas a partir do interior dos SI's. Também penso que o Ricardo Costa e o Expresso ao violarem, eles próprios, o segredo de estado através da divulgação de nomes de ex-funcionários dos SI's, deveriam responder judicialmente por tal facto e deixo a questão: será que o SIRP e/ou a PGR já mandaram abrir os respectivos inquéritos uma vez que se trata de crime público ou andam a assobiar para o ar à espera que arrefeça?
a mim o que chateia nisto tudo, para além do que atrás foi referido, é que toda esta "luta" é desigual: o Expresso publica o que muito bem lhe apetece e o(s) visado(s) não se conseguem, nem podem defender-se... e quando os processos chegarem ao fim nos tribunais (se algum dia houver conclusões), já o mal está feito e a vida e carreira das pessoas destruídas. Se existissem entre nós processos com indemnizações como nos EUA o Expresso abria falência e o Ricardo Costa ia dormir para debaixo de uma ponte ou ia ver o sol aos quadradinhos!
José Eduardo,
Agradeço o elogio. Às vezes apetece-me ser mesmo cretino... mas é com animálias iguais a si.
E a si, pelos vistos, nada lhe é garantido porque também nada sabe do que fala.
Mas continue a tentar e limpe-se ao avental.
Estes assuntos das secretas envolvendo actividades para-legais ou mesmo ilegais de agentes dos serviços não são novidade para ninguém e muito menos para o cretino do Expresso.
No tempo do sr. José Sócrates os serviços secretos presumivelmente fizeram o que nenhum serviço deveria fazer: espionagem política a favor do chefe. Constante. Permanente porque tinham uma ligação privilegiada no seio do Executivo. Isso foi denunciado por Rui Costa Pinto há uns anos e por isso foi julgado e...absolvido.
O nome do Olrik é preciso ser conhecido, divulgado e possivelmente julgado se ainda houver tempo para tal.
O que o indivíduo fez, comparado com este Silva Carvalho é coisa que o cretino do Expresso tem de saber porque os toupeiras que lhe passam a informação são os mesmos que fizeram aqueles trabalhos.
Logo, perante este cinismo semanal uma conclusão se impôe: este jogo interessa ao Balsemaia e é por isso que se joga, com as cartas todas marcadas.
Balsemaia era o nome que Portela Filho lhe dava na revista Opção, nos anos setenta.
"presumivelmente" - CÁ ESTÁ
Presumivelmente é uma presunçao. Para mim, juris et de jure. Apostava tudo o que tenho e ganhava.
A PT e a Vodafone também estão!
»Todos os homens acreditam que lhes é muito mais vantajosa, individualmente, a injustiça do que a justiça» .
( Platão )
( O José conhece a história do anel de Giges ? )
Quando se entra na filosofia está tudo estragado.
Perguntas e respostas sim.
S.T:
No fundo é isso mesmo. Só uma pessoa de carácter recto e com idiossincrasia avessa a batota poderia cumprir a função em compatibilidade com a ética e até a legalidade.
Portanto, os detentores desse poder, sabem que provavelmente se safam fazendo malfeitorias. E fazem-nas mesmo.
;-)
Pobre Luís! Quanto está apartado da realidade...
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