quarta-feira, setembro 28, 2011

A que propósito?!

Correio da Manhã:

Para além dos 50 mil euros anuais que "o Município está obrigado" a dar como "apoio financeiro" à fundação de Soares, acrescem mais 14.825 euros, propostos pela vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto – e que vão hoje a discussão e votação em reunião de Câmara.

O CM teve acesso ao contrato-programa, entre a CML e a Fundação Mário Soares, em que se adianta "a atribuição de apoio financeiro para o prolongamento, até ao dia 31 de Dezembro de 2011, da exposição ‘A Voz das Vítimas’, organizada pela Associação Movimento Cívico Não Apaguem a Memória" e pela fundação de Soares.

O protocolo entre o município de Lisboa e a Fundação Mário Soares, que obrigava a um apoio anual entre 30 e cerca de 44.000 euros, foi assinado a 07 de Novembro de 1995, pelo presidente da Câmara, Jorge Sampaio, vigorando durante 10 anos, ou seja, até 2015.

Foi actualizado para 50 mil euros em Julho de 2010, pela vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, como "reconhecimento do trabalho levado a cabo pela Fundação".


Catarina Vaz Pinto, mulher de Guterres, parece ser pessoa generosa com os amigos políticos. Vai daí, propôs mais uns pós à maquia que sustenta parcialmente a Fundação de Mário Soares, a qual recebeu logo umas centenas de milhar ( 500 mil salvo o erro) no início da fundação e quando terminou o governo Guterres arranjaram-se mais umas centenas ( 300 mil salvo o erro). Desde então, a Fundação cujo escopo parece justificar todos os subsídios e mais alguns, não conhece a palavra crise.
Ao contrário do que juridicamente deve ser qualquer fundação, cujo património deve ser do fundador, a Fundação Mário Soares vive a expensas do Estado. Como outras, aliás.
É apenas uma vergonha deste Estado democrático, a somar a muitas outras. O ex-presidente, além destas benesses tem ainda direito a um polícia de carro à porta ( é passar no Campo Grande, junto ao Colégio Moderno e verificar...e desconhece-se se no Algarve ou em Nafarros o privilégio se replica) e, claro, não paga telefone. O Estado paga.

Entretanto, soube-se hoje que o prémio de mérito escolar concedido a vários alunos do secundário, no valor de 500 euros e que a senhora dona Lurdes tinha instituido, foi suspenso. Alguns alunos premiados já contavam com o prémio, mas ficam sem ele, porque o actual ministro da Educação, um rescapado da UDP, acha que deve ser para os mais necessitados...

Questuber! Mais um escândalo!