terça-feira, janeiro 03, 2012

As maçonarias andam às turras

TVI24:

As ligações entre a política e a maçonaria foram colocadas em causa esta terça-feira pelas notícias dão conta da supressão de termos ligados à maçonaria «apagados» do relatório das secretas. O PSD já negou que tivesse apagado qualquer referência. A loja maçónica é a Mozart, uma das mais influentes do país.

A loja Mozart é uma das mais poderosas da maçonaria portuguesa. Terá cerca de 70 membros, entre eles estão várias figuras ligadas ao presente e passado dos serviços de informações portugueses como Jorge Silva Carvalho, actualmente quadro na empresa Ongoing.

A loja Mozart 49 integra a chamada maçonaria regular. Está ligada à grande loja legal de Portugal, a segunda corrente maçónica com mais seguidores no país.

A ela pertencem dezenas de membros, tendencialmente de orientação política mais à direita e é considerada uma das mais poderosas e influentes do país.

A Mozart foi criada em 2006 por Paulo Noguês e António Neto da Silva, ex-deputado do PSD.

Dela fazem parte Jorge Silva Carvalho, ex-director do serviço de informações estratégicas da defesa, João Alfaro, outro homem que já esteve ligado ao serviço de informações
Silva Carvalho e João Alfaro integram agora a Ongoing, de Nuno Vasconcellos, também ele membros da Mozart.

Luís Montenegro é outro dos nomes que marca presença na loja, uma presença que não desmentiu quando questionado pelos jornalistas hoje no Parlamento. Os restantes nomes são secretos, mas sabe-se que entre eles estarão mais políticos, juízes, empresários e jornalistas.

Os rituais da Mozart são pouco conhecidos. Apesar das luzes da ribalta aquando do caso Silva Carvalho e da fuga de informações para a Ongoing, a loja é considerada discreta, tanto que não se faz representar nas sessões colectivas da grande loja legal de Portugal.

Os encontros dos seus membros decorrerão em locais variados como hotéis de Lisboa, um edifício do Bairro Alto ou a sede no bairro de Alvalade da própria grande loja legal.

Por enquanto a notícia é a tal "Loja Mozart". Mas há outras, mais jacobinas e ansiosas pela hegemonia.
O Público de hoje já deu o mote: continua a ser jacobino dos quatro costados e por isso recebeu o documento confidencial vindo do Parlamento e publicou-o em facsimile, porque a guerra entre maçonarias está em curso e o Público já ocupou trincheira.
Outra coisa muito curiosa é a menção a "juízes" como fazendo parte da loja maçónica. O que procuram estes magistrados com estas obediências espúrias que escapam à consciência de independência que todo o magistrado deveria ter? O que procuram estas pessoas? Cargos? Benesses de alguém do poder? Privilégios em escolhas para ocuparem cargos de poder?
Seja o que for, é sempre alheio ao exercício da magistratura.
Um maçónico não deve ser magistrado porque abastarda a função.

Questuber! Mais um escândalo!