sexta-feira, janeiro 27, 2012

O democrata que não o era já o é

LinkEsta imagem é do jornal Sol de hoje. Dispensa comentários, a ternura daquele olhar de olho maroto.
O que já não dispensará comentários é este texto com um pouco mais de 10 anos, escrito pelo ternuroso da direita a propósito do ternurento da esquerda, com passagens como esta:

"Em minha opinião, Mário Soares nunca foi um verdadeiro democrata. Ou melhor é muito democrata se for ele a mandar. Quando não, acaba-se imediatamente a democracia. À sua volta não tem amigos, e ele sabe-o; tem pessoas que não pensam pela própria cabeça e que apenas fazem o que ele manda e quando ele manda. Só é amigo de quem lhe obedece. Quem ousar ter ideias próprias é triturado sem quaisquer contemplações.
Algumas das suas mais sólidas e antigas amizades ficaram pelo caminho quando ousaram pôr em causa os seus interesses ou ambições pessoais.Soares é um homem de ódios pessoais sem limites, os quais sempre colocou acima dos interesses políticos do partido e do próprio país."

Para além deste requisitório muito pessoalizado, o ternuroso da direita ainda assesta uns mimos na honorabilidade pessoal do ternurento da esquerda imputando-lhe negócios escuros em Angola à sombra de diamantes de sangue.
Fantástico! Em pouco mais de dez anos, tudo se perdoa, com um olhar assim ternurento e de olho maroto.

4 comentários:

zazie disse...

ehehhe

Estão bem um para o outro.

Pedro Marcos disse...

Porquê a insistência na denúncia de incongruências em advogados?
Isso não faz parte da essência dessa espécie?

Não se lhes deve dar tempo de antena. E que lhes seja vedado o exercício do poder.

Portas e Travessas.sa disse...

O Banco de Portugal comprou, por ajuste directo, equipamento de golfe avaliado em 5 mil euros, numa aquisição que fez a 9 de Setembro de 2010, já Carlos Costa era governador da entidade reguladora. A aquisição foi feita à Yamaha Motor Portugal e envolveu um carrinho de golfe. Esta aquisição consta do Base, portal de governo onde são divulgados todos os ajustes directos feitos por entidades públicas.

Desconhece-se se há mais entidades reguladoras da zona euro a adquirir equipamento de golfe para os seus quadros. Recorde-se que a entidade supervisora da banca nacional não cortou nos subsídios de férias e de Natal dos seus funcionários, dado que se rege pelas regras dos seus congéneres, segundo explicou o primeiro-ministro esta semana.

O processo está identificado com o número 183336 e a compra, lê-se, teve um prazo de execução de dez dias, o que deverá ser interpretado como prazo de entrega. O documento não especifica, porém, que tipo de equipamento foi adquirido pelo Banco de Portugal, no valor de 5115,70 euros. Sabe-se que a empresa que fez a venda por adjudicação directa tem dois tipos de veículos para este desporto em Portugal: o pessoal ou o utilitário.

A Yamaha Portugal tem dois tipos de modelo para venda no país. Dentro do transporte pessoal oferece dois carros. Um, o G29 E 48 Volt, é “silencioso, forte, bonito e divertido”. E há o G29A 4 – stroke, que promete, “como os melhores golfistas do mundo, dominar as técnicas mais requintadas”. O texto promocional do modelo pergunta ainda: “Porquê acreditar em tudo isto? A experiência pessoal é o melhor conselheiro.” Já o modelo utilitário, o YTF2, é descrito como “um parceiro perfeito para um dia de trabalho duro”.

Retirei do "In Verbis" - ao autor, apresento as minhas desculpas,- não escrevia melhor

hajapachorra disse...

Este blogue começa a parecer uma galeria de horrores.

A obscenidade do jornalismo televisivo