
Estes dois ex-governantes deviam servir de exemplo da hipocrisia, do destempero orçamental, do malabarismo palavroso e da pouca-vergonha.
Durante o consulado de José Sócrates tiveram nas mãos a pasta da Justiça. Tudo fizeram para desacreditar a magistratura que perseguiram profissionalmente, cortando-lhes no vencimento mais do que seria razoável e de modo iníquo em virtude de uma sanha pessoal e particular inexplicáveis. Particularmente o da esquerda, José Magalhães que mostrou à saciedade o pendor execrável de uma personalidade política .
Pois bem. No auge da sanha persecutória, a associação profissional dos juízes quis saber os gastos dos ministérios em pequenos perks, tipo telemóveis, ajudas de custo para almoçaradas etc.
Primeiro, negaram ilegitimamente o acesso à informação, mostrando de que categoria é a democracia que apregoam. Agora sabe-se porquê:
Dispunham ambos de um cartão de crédito com um "palfond", cada um deles, superior ao que cada magistrado ganha, em líquido ( o cartão também era líquido). Acresce que nem eram sequer os únicos titulares desses cartões de crédito pagos por todos nós. Também os seus chefes de gabinete gozavam desse privilégio soviético, de casta . Por mês, só naquele ministério, em cartões de crédito, a despesa potencial ( seria bom saber com que justificação legal) era de cerca de 16 mil euros, pagos por todos nós. A par desses cartões vergonhosos tinham ainda, como escreve o Correio da Manhã, "uma espécie de saco azul para almoços e jantares de ministros, secretários de Estado e chefes de gabinete."
Em Junho, altura de eleições, aquele José Magalhães, em almoçaradas e jantaradas torrou mais de 3 500 euros à nossa custa.
A responsabilização criminal destes indivíduos para quando fica? É que o crime de peculato tem algo que se lhe diga.
Ah! E já me esquecia: estes dois têm fama de pertencerem a lojas maçónicas. Como não serão da Mozart nem do Salieri nem consta que sejam músicos de câmara, o Expresso e o Público não se indignam pela promiscuidade. São da boa maçonaria...