sexta-feira, janeiro 06, 2012

O assalto ao BCP e o atentado ao Estado de Direito


Jardim Gonçalves, ex-presidente do BCP concedeu uma entrevista à revista Tabu do jornal Sol de hoje ( imagem supra, para clicar e ler).

Na parte que interessa explica para quem quiser entender, o que sucedeu entre 2006 e 2008 com o BCP que passou para as mãos de um grupo diverso daquele que o fundou. A Maçonaria do GOL, neste caso, teria muito a explicar porque os segredos sendo, como são, a alma dos negócios, ainda não foram desvendados. Os bons maçons correram com os maus da opus dei e fizeram o que está à vista: a quase destruição de um banco que corre o risco de passar a ser chinês, depois de ter sido o maior banco privado em Portugal.
Jardim Gonçalves diz em meias palavras, o seguinte:

"Era preciso que o engenheiro Jardim, o dr. Paulo Teixeira Pinto e o dr. Pinhal saíssem. Não houve mais nada. (...) Era preciso descredibilizar as pessoas para que estas saíssem. E depressa. "
Quando o Sol pergunta "para que entrasse quem"?, a resposta é sucinta e para bom entendedor só falta apontar certos nomes agora na ribalta:

"Para que entrasse alguém que fosse dócil para quem governa e para determinados interesses. Hoje não estamos a discutir quem manda no país, se é o PS ou o PSD, se é o Bloco...o problema que se analisa é que rede de pessoas é que está a tomar conta de determinadas coisas."

Quando a Tabu lhe pergunta se "concorda com Filipe Pinhal, que o Governo de Sócrates tomou de assalto o BCP", Jardim responde assim:

"Não há três administradores da CGD a saírem que o primeiro-ministro não saiba...Não há! Não sai um que o primeiro-ministro não saiba, quanto mais três!"

Estas declarações são a denúncia de um crime público em que o suspeito é o mesmo Inenarrável de sempre: José Sócrates. Um crime de atentado ao Estado de Direito como o foi a tentativa, parcialmente conseguida, de controlar órgãos de informação de massa, o que se encontra amplamente documentado nas escutas do processo Face Oculta.

O Ministério Público deste país, com o PGR Pinto Monteiro e o presidente do STJ, encolheram os ombros e fizeram de conta que os indícios de tal crime não existiram. Como o crime é público e a Justiça significa dar a cada um aquilo que lhe pertence, ainda não perdi as esperanças de tal suceder um dia destes.

1 comentário:

Floribundus disse...

porto da ovelha e o outro continuam de pedra e cal
a gozarem os contribuintes

O Público activista e relapso