sexta-feira, junho 12, 2020

Mimetismo antifa: destruição da cultura nacional

O jornal Público de hoje, a propósito dos acontecimentos de ontem centrados na vandalização da estátua do Pe António Vieira tem um editorial ( de uma tal Ana Sá Lopes que tem um filho humorista com cara de alface, de Lisboa certamente) e mais três páginas e ainda uma outra assinada por uma tal Suzana Peralta ( doutorada na Bélgica em Economia e portante sabe-tudo como é apanágio dos economistas).

A temática e o modo como é "tratada" é um pequeno compêndio actual do que se passa na sociedade antifa...

O artigo da Peralta, inacreditável mas corrente no politicamente correcto,  transpira ideologia modernizada sobre o "anti-racismo". Toda importada é bem capaz de ter sido endoutrinada na Bélgica...um nojo, obviamente.


O artigo de "fundo" é da autoria de outra jornalista sabe-tudo- Isabel Coutinho com curso de Filosofia e experiência jornalística- e ainda de um especialista em "anti-racismo"- um tal António Saraiva Lima  que estudou direito e formou-se em Relações Internacionais, o curso mais inútil que existe e uma  sequência de semestres de banalidades teóricas sobre tudo e nada.
Os artigos são exemplares da "cultura" do jornal e estilo de tratamento de temas: exposição opinativa, consulta a "peritos", conclusões implícitas, manipulação informativa e estenderete redigido. A antítese do jornalismo e um compêndio de proselitismo político encapotado. Um exemplo concreto entre muitos do "marxismo cultural", entidade inexistente para tais mentalidades.

No texto da filósofa-jornalista ao modo habitual desse jornal, a dita foi buscar um historiador- Miguel Bandeira Jerónimo, um historiador residente do jornal e já enformado, enfim, no CES de Coimbra, do celebérrimo e ilustrérrimo professor Buonaventura- para lhe fazer perguntas sobre o que não sabe e o mesmo diz algo que evidencia a contradição do escrito filosofeiro: que é preciso estudar a história e saber quem são as personagens das estátuas derrubadas...

O Público poderia ter feito tal trabalho de sapa numa página. Bastava querer e se soubesse, claro...mas preferiu lutar pela causa dos antifas porque é isso que lhe está nos genes editoriais.


Por outro lado, estes neófitos da filosofeirice caseira certamente foram educados já nos novos tempos em que a Educação se tornou paixão nacional por obra e graça do pio engenheiro que foi para a loca infecta da ONU, sempre acolitado pelos políticos correctos.

Se tivessem sido educados como deve ser saberiam e diriam claramente, não deixando espraiar mais esta obscenidade no jornal subsididado pela SONAE que o Pe António Vieira nunca poderia merecer o tratamento antifa que lhe foi aplicado.
Por uma simples razão: foi anti-colonialista quando era perigoso sê-lo e foi mesmo anti-racista porque é da natureza cristã que assim seja. Para um ateu, como devem ser todos os figurantes desta farsa, isso é simplesmente incompreensível. Para os mamadus será antes uma fantasia inexistente.

E isso é sabido deste os tempos da educação primária dos anos anteriores ao 25 de Abril de 1974, altura em que estes bastardos começaram a adulterar os saberes e a cultura nacionais, perante a passividade geral e em nome da "revolução permanente" e da luta de classes, o pano de fundo para estas farsas que redundarão em tragédias.

Nos boletins da Fundação Gulbenkian havia estudos de cultura para todos e eram claros sobre a figura do Pe António Vieira ele próprio um "arraçado" principal cultor da nossa língua a quem devemos muito da nossa cultura básica linguística.

Em 1968:



Em 1970:






O Pe António Vieira, jesuíta formado no Brasil onde ensinou e escreveu a sua obra, era estudado nos anos anteriores a 25 de Abril de 1974 nos cursos gerais dos liceus e num livro oficial, intitulado sem qualquer preconceito Alma Pátria, Pátria Alma, o respectivo "verbete" era assim:


Pergunte-se a qualquer um daqueles peralvilhos do saber infuso nas madrassas habituais o que significa a imagem do Pelicano e quem a usou como símbolo de reinado...aposto que nenhum deles o saberá dizer e muito menos contextualizar.

No livro aparecem dois extractos exemplares do modo de pensar, escrever e expôr do Pe António Vieira, precisamente sobre o tema em causa: o colonialismo e a escravatura.

Se lessem isto a ignorância desapareceria, mas isso será sempre pedir demais a um jornal de causas políticas de esquerda, mesmo antifa, como o Público subsidiado pela SONAE.


Dantes, este sermão do Pe Vieira sabia-se de cor..."arranca o estatuário uma pedra dessas montanhas"...



 No CM de hoje, apesar de um pequeno apontamento de Francisco José Viegas a dizer o mais ou menos o mesmo que isto que agora escrevi, no que se refere à ignorância geral destes peralvilhos do politicamente correcto, a notícia sobre o assunto é sumida, reduzida a um quadradinho minúsculo e remetida à "outra banda" pelo excelentíssimo director que disto saberá o que aprendeu...ou seja, nada. A cultura do dito é feita de pequenos nadas e isso reflecte-se no jornal, naturalmente.


Mais: ao folhear o Alma Pátria, de 1971, do tempo do 5º ano de Liceu, actual nono ano, deparei com estes sonetos, sublimes, de Camões.
Exemplificam bem a estupidez desta canalha ignorante. O primeiro refere-se à perda trágica de alguém que se amou apaixonadamente.
Na altura escrevi a lápis " dedicado a Dinamene escrava que ele amou e trouxe para Portugal mas que morreu na viagem devido a naufrágio".
Na altura em que o li e escrevi tal referência, o soneto era apenas um exemplo que continha logo no primeiro verso a cacofonia das cacofonias..."alma minha". Mal sabia eu...


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