Hoje o Correio da Manhã, trata dos fait-divers habituais que englobam notícias relativas a pelo menos três mortes na primeira página. Nas interiores dá-se notícia de pelo menos mais dois homicídios, mais assaltos, pancadas e facada e em quatro páginas soltas retrata-se assim o país de Novembro de 2014:
A capa dá-nos um lampejo do país que temos: sangue, escândalos, futebol e mais escândalos.
Na página da política uma notícia que se repete há muitos anos: o Governo reserva sempre no Orçamento de Estado verbas opíparas para pagar pareceres de advogados. Este ano são 580 milhões. O ano passado foram 414 milhões e nos anos anteriores a mesma coisa, mais ou menos. Ninguém se dará ao cuidado de indagar e investigar devidamente em que foram realmete gastos os 400 milhões do ano passado e para quem foram exactamente, mas devia. A tal "verdade que liberta" de que falava o director do jornal i teria aqui muito pano para mangas de alpaca.
Depois um escândalo. Menezes tem uma quinta, segundo conta o jornal, mas está em nome dos pais. Lá saberá porquê. O jornal desconfia e escreve factos. Esperesmos que se se esclareçam.
Numa página de opinião que ameaça fazer história, à semelhança dos artigos de há mais de uma década no jornal do Centro, Marinho e Pinto diz de sua justiça e diz bem. Vale a pena ler porque o populista desta vez não masca as palavras e põe a boca no trombone. Já sou fã da leitura... mas desconfio que irá amansar, não tarda nada.
Espero que um dia destes escreva sobre José Sócrates. E conte o que fizeram no dia 8 de Setembro de 2009, na sede da Ordem dos Advogados, quatro indivíduos reunidos que o mesmo sabe quem são. Um deles, ele próprio...e dispenso o relato do almoço no Gambrinus pago pelos advogados.
Comparando este panorama com o de 1971, no tempo do "fassismo", Marinho e Pinto que diria?